Editorial

A LIÇÃO DA ÁGUIA

Pr. Marcos Amazonas Portugal

Brasileiro, pastor, missionário e articulista

"Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão"(Isaías 40.31). A águia é uma ave extraordinária. Tem uma beleza única e uma longevidade que faz inveja. É interessante que o nosso texto compara as pessoas que esperam no Senhor com as águias. Sendo assim, precisamos ver quais são as lições que as águias nos ensinam. As águias não temem as tempestades. Elas enfrentam a tormenta. A águia segue em direcção as nuvens escuras, enfrenta a tormenta, pois sabe que para além das nuvens escuras, o sol brilha radiante e elas podem voar em paz. Sendo assim, a lição que temos é não fuja dos problemas, enfrente-os, vença-os e desfrute da verdadeira paz. Falei sobre a longevidade da águia. Elas vivem aproximadamente 70 anos. Contudo, aos quarenta anos ela precisa passar por um processo de renovação. Suas unhas estão grandes, flexíveis, por isso não há condições de agarrar mais suas presas. O bico está curvo, direccionado para o seu peito e as suas asas pesadas por causa da grossura das penas. Diante de um quadro tão caótico pensamos que ela desiste. Contudo, a águia decide renovar-se. Ela passa por um processo de 150 dias. Ela voa para um montanha muito alta e ali, recolhida num ninho próximo a um paredão dá início ao processo renovador. Ela bate com o seu bico na parede até conseguir arrancá-lo. Fica ali à espera que nasça um novo bico que irá arrancar as unhas crescidas e flexíveis. As novas unhas servirão para arrancar as velhas penas. Passado cinco meses, ela está no céu novamente voando renovada, preparada para mais trinta anos. Aprendemos que não devemos temer a mudança. Não devemos recear das coisas novas, pois elas são a oportunidade para prosseguirmos voando alto. Outro aspecto interessante, a águia sente quando vai morrer. Ela não teme a morte. Ele procura o pico mais alto e nas suas últimas forças e vai até o pico mais alto e espera resignadamente o seu momento final. A lição para nossas vidas é que não devemos ter medo da partida. Devemos compreender quando chega o momento da partida. Sem medo, quando este chegar, é hora de olhar para o alto e subir até as alturas. Muitas vezes, nós ficamos com medo das tempestades da vida. Nos escondemos como galinhas. Entretanto, precisamos ter a coragem da águia de seguir adiante, enfrentado a tormenta, pois prá lá da tormenta o sol brilha com bastante intensidade. Não fuja, não se esconda. Enfrente as tempestades da vida como a águia. Tenha coragem de mudar. Tenha a coragem de renovar-se. Não pare no tempo. Há muita coisa ainda para ser feita.

Glossário

E S T A Ç Ã O

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos.

Israel é um país concorrido na esfera política, social, religiosa e arqueológica; sendo palco de várias guerras, conquistas e descobertas durante os séculos, por vários impérios e reinados. Uma nação riquíssima em suas tradições, cultura e história. Os escritores da Bíblia tinham noção geográfica e cultural de sua terra, e por isso a aplicaram aos escritos sagrados. As parábolas ditas pelo próprio Jesus espelham seu conhecimento da terra, dos costumes e do povo, as quais são exemplos da rica diversificação, beleza e aspectos geográficos de Israel. Existem cinco importantes fatores que identificam a nação: ela é uma terra cercada; uma terra pequena; uma terra escassa de recursos naturais e água; é uma terra diversificada; e devido as suas limitações, é uma terra que inspira fé e dependência em Deus. O país apesar de pequeno (96 km de extensão e 240 km de largura), possui cinco diferentes zonas longitudionais que marcam diferenças drásticas em sua vegetação, altitude e fauna. Na primeira zona, ao oeste, está localizada a planície costeira, a qual é banhada pelo Mar Mediterrâneo, ou Mar Grande, em toda sua extensão. Em seguida, a cordilheira central, onde se encontra a maior altitude do país. Ao centro, está a depressão do vale do Jordão, a qual é a mais baixa da terra, a 426m abaixo do nivel do mar. Logo, o planalto central ou transjordânia com altas montanhas, e finalmente o deserto, que compõe 50% do território. Existem também enormes diferenças de altitude em curtas distâncias. Esses contrastes formam o árido Arabá, na extremidade do deserto da Judéia, com suas escarpas irregulares. Essas variações de terreno e clima deram lugar a padrões extremamente diversos de povoados na Palestina. Em Israel, não somente a água é escassa, mas ela é também utilizada com muita diligência. Modernamente, se pode apreciar plantações em meio ao deserto, devido a irrigação subterrânea computarizada, em que cada gota é precisamente lançada à terra. As principais fontes de abastecimento no país provêm das chuvas (precipitação de 50 dias durante o inverno), dos rios e das fontes, as quais são dirigidas às muitas cisternas e tanques dentro do país. Israel tem duas estações durante o ano: a estação de chuva, que vai de outubro até abril; e a estação seca, que vai de junho até setembro (Dt 11.14; Jr 5.24; Os 6.3). Devido a grande altitude da cadeia montanhosa, que se estende desde Berseba até o Líbano, as chuvas em Israel se acumulam nas zonas da planície e da cordilheira central. Isso faz com que o norte do país seja verdejante e abundante no cultivo de frutas; enquanto a região sul do Mar Morto, árida pela escassez das chuvas que atingem no máximo 20cm anualmente. Toda essa diferenciação da terra, fazia com que o povo de Deus vivesse em obediência ao Senhor. A promessa de Jeová foi que, “se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao SENHOR vosso Deus, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão, e o vosso mosto e o vosso azeite. E darei erva no teu campo aos teus animais, e comerás, e fartar-te-ás” (Dt 11.13-15). Entretanto, a desobediência traria graves consequências sobre o povo e sobre a terra. “Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles; e a ira do SENHOR se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê o seu fruto, e cedo pereçais da boa terra que o SENHOR vos dá” (Dt 11.16-17). As Festas Judaicas faziam parte do culto e agradecimento ao Senhor, quando o povo trazia suas primícias, rogando a Deus sua bênção sobre os demais meses que restavam para a colheita. O culto à Baal em Israel, estabelecido por Acabe e Jezabel, veio transtornar o estabelecido por Deus; levando o povo a apelar aos deuses dos sidônios, a prosperidade e bênção em suas plantações. Entretanto, Deus usa ao profeta Elias, dizendo que não haveria chuva nem orvalho sobre a terra, manifestando assim, sua soberania e poder sobre os deuses falsos, os quais Israel agora servia. Após três anos e meio, sob a palavra enviada por Deus ao profeta, os céus se abrem e chuva cai sobre a terra, mostrando que céus e terra estão baixo o domínio do Deus Todo-Poderoso. Salomão declara com propriedade o poder do Deus Adonai: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Ec 3.1).

Esboço

O TEMPO PARA TODAS AS COISAS

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente Região Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA.



Texto de Memorização
"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu." (Eclesiastes 3.1).
Texto da Lição

Eclesiastes 3.1-8 (ARC)
1 - Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. 2 - Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; 3 - tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; 4 - tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; 5 - tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; 6 - tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; 7 - tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; 8 - tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
    1. DISCERNINDO OS TEMPOS
  1. A transitoriedade da vida: Ec 1.3
  2. A limitação da vida: Sl 90.10
  3. A eternidade da vida: Ec 3.11
    2. O TEMPO E AS PESSOAS
  1. O tempo e a família: Ec 9.7-9
  2. O tempo e a sociedade: Sl 104.15
  3. O tempo e o trabalho: Ec 5.18
    3. ADMINISTRANDO O TEMPO
  1. Evitando o intelectualismo: Ec 1.17, 18
  2. Evitando a pseudo-prosperidade: Ec 2.4-11
  3. Evitando o hedonismo: Ec 2.1-3