A partir dos anos 70, surgiu um movimento considerado como neopentecostalísmo. Este movimento se originou a partir de denominações históricas, tais como: a Igreja Presbiteriana Renovada, em 1975; as Igrejas Pentecostais Livres: Sinais e Prodígios, fundados em 1970, e Socorrista, em 1973; as Igrejas com pouca estrutura eclesiástica, como a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada em 1977; e os Pentecostais Carismáticos, Renovação Carismática, originária da Igreja Católica Romana, fundadas em 1967. Ultimamente, com essas doutrinas neopentecostais têm surgido muitas doutrinas paralelas, como a chamada Confissão Positiva; pregada por avivalistas em acampamentos cristãos, em congressos, em escolas bíblicas de férias e na televisão; e por mentores católicos carismáticos no exercício do Toque do Tom, da Cura Diferencial e do Exorcismo. Jesus rotulou essa multidão que andava a vândala de um lado para o outro, em busca de uma experiência e algo novo e diferente, de multidão incrédula — "Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu, e disse: uma geração má e adúltera pede um sinal" (Mt 12:38,39). Por anos, combateu-se a ideia de que os fins justificavam os meios, porque essa premissa justificava comportamentos aéticos. Hoje, não se sabe mais o que é meio e o que é fim. Não se sabe mais se a igreja existe para levantar dinheiro ou se o dinheiro existe para dar continuidade à igreja. Canta-se para louvar a Deus ou para entretenimento do povo? Publicam-se livros como negócio ou para divulgar uma ideia? A obsessão por dinheiro, a corrida desenfreada por fama e prestígio, a paixão por títulos, revelam que muitas igrejas e ministérios, qualquer meio, bom ou escuso, pode justificar o fim! A confusão de meios e fins matará igrejas por asfixia. A primeira vez que ouvi esta terminologia foi numa reunião do World Evangelism, em Chicago, no inverno de 1976, onde seu presidente invocava que tinha recebido uma Nova Unção, por chamado de Deus. Este termo e prática já vinham sendo utilizados desde os dias de Kathryn Kuhlman, de cujo ministério e experiências, tanto ele como Benny Hinn afirmam terem recebido algo extraordinário e novo! Ao meu entendimento, não existe unção nova ou velha, somente a unção permanente — "E a unção, que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis" (1 João 2:27). Obviamente, sem nos determos em nenhuma perspectiva teológica, o que tem acontecido em nosso meio pentecostal atual são um abuso e distorção perigosa da fraseologia bíblica ou jargões carismáticos, como: “uma nova unção”, “penso e logo existo”, “incorpore a sua fé”, “exercite o poder das suas palavras”. Em outras palavras, o que está faltando mesmo é temor de Deus, obediência e conhecimento da Palavra e, sobre maneira, uma vida submissa, humilde e verdadeiramente no altar. Se nós, leigos ou ministros do Evangelho, tivéssemos o discernimento de espírito, como Paulo teve no caso de Elimas, como Pedro teve com Ananias e Safira, com certeza estas especulações e manipulações nunca teriam lugar em nosso meio! Foram dez séculos passados dentro de uma obscuridade, nas quais as cinzas santas da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo ficaram pregadas nas solas das negras sandálias do fradalhada; foram mais três séculos que o Espírito, à revelia dos interesses pessoais dos protestantes políticos de gabinetes, retomou as rédeas da igreja, e a levou aos pastos verdes e aos ribeiros de muitas águas! Sim, ainda hoje existem vidas para serem libertas; vidas para serem curadas e protegidas de toda sorte de celeumas; vidas que receberão maiores e profusas bênçãos do alto para adorarem a Deus, fora de uma liturgia morta, que nem aos céus alcança, porque de lá não saíram! Por isso não será o neopentecostalíssimo comprometido com tudo e com todos, nem muito menos o criogênico tradicionalismo que impedirá a Igreja do Senhor de ser o que, com muita honra e dignidade ela é: agente único cumpridor dos destinos que a Divindade graciosamente outorgou ao ser mortal! O falar em línguas, o ser curado, o cair debaixo do poder de Deus, o cantar hinos espirituais, o chorar e bater palmas na presença saturada do legítimo poder do Espírito de Deus é indubitavelmente um efeito, e nunca uma causa. Somos, e fomos, porque o Espírito Santo operou, e tem operado entre nós — "Foi o Senhor que fez isto, e é cousa maravilhosa aos nossos olhos” (Sl 118:23); "E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13:2). O dente de ouro, o desmaio em massa, a mutação de olhos, os arrebatamentos, os transplantes de órgãos, as histerias, são na maioria dos casos, fenômenos paracientíficos. Deus opera, faz milagres, e anelamos que sempre aconteça para que o seu nome seja glorificado na vida da Igreja.
Maturidade é o estado adulto da vida do ser humano, que chegou ao seu completo desenvolvimento emocional e intelectual. Este está interligado com conhecimento e experiência de vida. Os estágios da vida humana são: bebê, criança, adolescente, jovem e adulto. A idade adulta é o auge da maturidade. No entanto, alguns chegam à idade adulta mas não amadurecidos, continuam infantis. Um pessoa madura vê a vida de uma maneira real e dá valor as coisas que têm valor. Em paralelo, a maturidade cristã é atinginda através do crescimento espiritual. A vida cristã é uma vida de crescimento. Esta começa com o "novo nascimento" do qual Jesus falou a Nicodemos (Jo 3.3-7). Uma vez, nova criatura, o crente começa a crescer, alimentando-se da Palavra de Deus e tendo uma vida devocional de oração.
"Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor." Para um crente ser maduro, ele precisa trilhar o caminho do Senhor com fé e aprender também através das experiências más e boas. Jesus falou aos seus discípulos:
"no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". Eles precisaram amadurecer para enfrentar, agora "sozinhos" o mundo espiritual. Não estariam só, mas o Espírito Santo eastaria sempre com eles. Os apóstolos alcançaram maturidade cristã, por isso, passaram por perseguições, mas permaneceram fiéis a Deus até ao fim de suas vidas. Paulo foi um crente maduro, sabia viver em abundância, passar necessidade, enfrentar o abandono, a traição, e continuava a sua caminhada cristã. Em sua carta à Igreja de Filipos, ele expressa a fidelidade dos filipenses para com o Reino de Deus, o seu amor para com ele, Paulo, e agradece a seus membros, reconhecendo assim a maturidade cristã daquela igreja. Um crente maduro sabe que a sua morada permanente será no céu e que é peregrino neste mundo. Um crente imaturo se incomoda com as lutas, reclama da provas, critica os irmãos em Cristo. O apóstolo Tiago diz em sua carta
"bem-aventurado aquele que sofre a tentação..." As aflições fazem parte do amadurecimento cristão. A maturidade cristã não esta ligada à idade biológica humana, mas sim, à vida espiritual do crente. Alguns atingem-na mais rápido que outros, não obstante terem começado a carreira cristã depois. A maturidade cristã é medida num crente, pela maneira que este enfrenta as situações no Reino de Deus, pelos conselhos bíblicos dados, por suas ações diárias, e seu comportamento como testemunho. Maturidade cristã é uma vida de fé, amor, oração, Palavra de Deus, compreensão, sofrimentos e vitórias. Um crente maduro não foge dos problemas, mas enfrenta-os no poder do precioso nome de Jesus.
A SUPREMA ASPIRAÇÃO DO CRENTE
Pedro Marques Pereira Estados Unidos
Sul-Africano, diretor do Youth Alive, músico, professor da EBD
Filipenses 3.12-17
(ARC)
12 - Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.
13 - Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim,
14 - Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
15 - Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará.
16 - Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo.
17 - Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.
1. A META DO APÓSTOLO PAULO
2. A MATURIDADE ESPIRITUAL DOS SALVOS
3. OS PROPÓSITOS CRISTÃOS