Editorial

O NEOPENTECOSTALISMO

Rev. Eronides DaSilva Brasil

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente Região Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA.

A partir dos anos 70, surgiu um movimento considerado como neopentecostalísmo. Este movimento se originou a partir de denominações históricas, tais como: a Igreja Presbiteriana Renovada, em 1975; as Igrejas Pentecostais Livres: Sinais e Prodígios, fundados em 1970, e Socorrista, em 1973; as Igrejas com pouca estrutura eclesiástica, como a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada em 1977; e os Pentecostais Carismáticos, Renovação Carismática, originária da Igreja Católica Romana, fundadas em 1967. Ultimamente, com essas doutrinas neopentecostais têm surgido muitas doutrinas paralelas, como a chamada Confissão Positiva; pregada por avivalistas em acampamentos cristãos, em congressos, em escolas bíblicas de férias e na televisão; e por mentores católicos carismáticos no exercício do Toque do Tom, da Cura Diferencial e do Exorcismo. Jesus rotulou essa multidão que andava a vândala de um lado para o outro, em busca de uma experiência e algo novo e diferente, de multidão incrédula — "Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu, e disse: uma geração má e adúltera pede um sinal" (Mt 12:38,39). Por anos, combateu-se a ideia de que os fins justificavam os meios, porque essa premissa justificava comportamentos aéticos. Hoje, não se sabe mais o que é meio e o que é fim. Não se sabe mais se a igreja existe para levantar dinheiro ou se o dinheiro existe para dar continuidade à igreja. Canta-se para louvar a Deus ou para entretenimento do povo? Publicam-se livros como negócio ou para divulgar uma ideia? A obsessão por dinheiro, a corrida desenfreada por fama e prestígio, a paixão por títulos, revelam que muitas igrejas e ministérios, qualquer meio, bom ou escuso, pode justificar o fim! A confusão de meios e fins matará igrejas por asfixia. A primeira vez que ouvi esta terminologia foi numa reunião do World Evangelism, em Chicago, no inverno de 1976, onde seu presidente invocava que tinha recebido uma Nova Unção, por chamado de Deus. Este termo e prática já vinham sendo utilizados desde os dias de Kathryn Kuhlman, de cujo ministério e experiências, tanto ele como Benny Hinn afirmam terem recebido algo extraordinário e novo! Ao meu entendimento, não existe unção nova ou velha, somente a unção permanente — "E a unção, que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis" (1 João 2:27). Obviamente, sem nos determos em nenhuma perspectiva teológica, o que tem acontecido em nosso meio pentecostal atual são um abuso e distorção perigosa da fraseologia bíblica ou jargões carismáticos, como: “uma nova unção”, “penso e logo existo”, “incorpore a sua fé”, “exercite o poder das suas palavras”. Em outras palavras, o que está faltando mesmo é temor de Deus, obediência e conhecimento da Palavra e, sobre maneira, uma vida submissa, humilde e verdadeiramente no altar. Se nós, leigos ou ministros do Evangelho, tivéssemos o discernimento de espírito, como Paulo teve no caso de Elimas, como Pedro teve com Ananias e Safira, com certeza estas especulações e manipulações nunca teriam lugar em nosso meio! Foram dez séculos passados dentro de uma obscuridade, nas quais as cinzas santas da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo ficaram pregadas nas solas das negras sandálias do fradalhada; foram mais três séculos que o Espírito, à revelia dos interesses pessoais dos protestantes políticos de gabinetes, retomou as rédeas da igreja, e a levou aos pastos verdes e aos ribeiros de muitas águas! Sim, ainda hoje existem vidas para serem libertas; vidas para serem curadas e protegidas de toda sorte de celeumas; vidas que receberão maiores e profusas bênçãos do alto para adorarem a Deus, fora de uma liturgia morta, que nem aos céus alcança, porque de lá não saíram! Por isso não será o neopentecostalíssimo comprometido com tudo e com todos, nem muito menos o criogênico tradicionalismo que impedirá a Igreja do Senhor de ser o que, com muita honra e dignidade ela é: agente único cumpridor dos destinos que a Divindade graciosamente outorgou ao ser mortal! O falar em línguas, o ser curado, o cair debaixo do poder de Deus, o cantar hinos espirituais, o chorar e bater palmas na presença saturada do legítimo poder do Espírito de Deus é indubitavelmente um efeito, e nunca uma causa. Somos, e fomos, porque o Espírito Santo operou, e tem operado entre nós — "Foi o Senhor que fez isto, e é cousa maravilhosa aos nossos olhos” (Sl 118:23); "E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13:2). O dente de ouro, o desmaio em massa, a mutação de olhos, os arrebatamentos, os transplantes de órgãos, as histerias, são na maioria dos casos, fenômenos paracientíficos. Deus opera, faz milagres, e anelamos que sempre aconteça para que o seu nome seja glorificado na vida da Igreja.

Glossário

COMPANHEIROS DE PAULO

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos.

Durante sua trajetória apostolar, Paulo recrutou e discipulou companheiros, para junto com ele propagar o evangelho e expandir o Reino de Deus através das missões entre os gentios. Muitos desses obreiros viajaram para regiões onde o próprio apóstolo não teve oportunidade de visitar; e muitos deles, como Paulo, sofreram martírios por amor à Cristo. Quando Paulo ainda era recém-convertido, Barnabé, levita natural de Chipre, foi quem apresentou Paulo aos apóstolos, quando estes temiam e duvidavam de sua conversão. Quando Barnabé é enviado à Antioquia, este chamou a Paulo para cooperar com ele naquela igreja. Logo cedo, Paulo e Barnabé saíram juntos na primeira jornada missionária, onde Deus obrou poderosamente (At 4.36, 11.24; 13 e 14). Outro companheiro importante no ministério de Paulo foi Lucas. Era grego, médico, historiador e foi o autor de dois livros da Bíblia. Lucas juntou-se a Paulo em sua segunda viagem missionária, e permaneceu com ele até sua prisão em Roma. Não só Lucas serviu de companheiro e médico, mas quando Paulo escreve sua última carta antes de sua morte, ele declara: “só Lucas está comigo” (2 Tm 4.11; Cl 4.14; At 16.10-17). O jovem Timóteo, filho de pai grego e mãe judia, foi recrutado por Paulo quando ao passar em Listra, recebe a recomendação de toda a Igreja. Ele é chamado por Paulo de filho na fé, do qual recebeu a imposição de mãos para o ministério. Timóteo não só foi um acompanhante de viagem, mas foi enviado às igrejas estabelecidas por Paulo (Corinto, Filipos, Éfeso e Macedônia), com missões cruciais, a fim de estabelecer, fortalecer, exortar, corrigir e representar o apóstolo. Timóteo foi pastor da Igreja de Éfeso e durante um período de sua vida foi também preso (At 14.6-23; 1 Tm 4.12; Hb 13.23). Silas foi um notável membro e líder da Igreja em Jerusalém, o qual também era profeta. Após o Concilio de Jerusalém, Silas viajou com Paulo e Barnabé para Antioquia. Quando o apóstolo determinou não levar João Marcos em sua segunda viagem missionária, Silas foi escolhido como companheiro, e sua primeira missão foi em Filipos. Paulo e Silas eram cidadãos romanos, e juntos pregaram e confirmaram as igrejas pela Síria, Ásia Menor, Macedônia e Tessalônica (At 15.22-32; 16 e 17). Outro companheiro de descendência grega foi Tito. Paulo o circuncidou para não causar escândalo entre os judeus. Como Timóteo, Tito era um companheiro de viagem, mas também deu assistência à igreja de Corinto e pastoreou a igreja de Creta. Tito acompanhou Paulo em parte de sua segunda prisão em Roma, e sua presença confortava o apóstolo, que o chamava de “meu verdadeiro filho” (Gl 2.3; Tt 1.4; 2 Co 2.12; 2 Tm 4.10). Aquila e Priscila eram um casal muito ativo na obra do Senhor na cidade de Corinto e Éfeso, onde havia uma igreja em sua casa. Juntos, o casal e Paulo trabalhavam no ofício de fabricar tendas e na expansão do evangelho (At 18; Rm 16.1-5; 1 Co 16). Tíquico juntou-se a Paulo em sua terceira viagem missionária. Após receber notícias da igreja de Colossos, ao estar em Roma, o apóstolo envia-o juntamente com Onésimo, como portadores de três de suas cartas (Efésios, Colossenses e Filemom). Tíquico também era responsável de informar às igrejas sobre o estado do apóstolo e consolar aos irmãos (At 20.4,5; Ef 6.21; Cl 4.7). Outros obreiros que tiveram participação no ministério e vida do apóstolo foram: Epafras, o qual esteve preso junto com Paulo em Roma (Fm 23); Epafrodito, um crente macedônio, que trouxe um presente da igreja de Filipos para Paulo em Roma (Fp 2.25-30); Tércio, cooperador que ajudou Paulo escrevendo a carta aos Romanos (Rm 16.22); Demas, natural de Tessalônica, que colaborou com Paulo em sua prisão em Roma, mas que depois o abandonou, amando o presente século (Cl 4.14; 2 Tm 4.10); Gaio, nome dado a três diferentes companheiros de Paulo. Um deles que junto com Aristarco foi levado ao teatro após o tumulto sobre a deusa Diana em Éfeso (At 19.29); o segundo procedente de Derbe, que viajou com Paulo em sua segunda viagem (At 20.4); e o terceiro, um dos únicos crentes batizados por Paulo, natural de Corinto, que hospedou Paulo em sua casa (1 Co 1.14; Rm 16.23); Aristarco, procedente de Macedônia, acompanhou Paulo de Grécia à Jerusalém, quando voltava de sua terceira viagem. Ele juntamente com Lucas acompanharam Paulo em sua viagem a Roma, enfrentando o naufrágio que teve término em Malta. Ambos Lucas e Aristarco se voluntariaram a estarem presos em Roma, a fim de acompanhar Paulo (At 20.4; 27.2; Cl 4.10); Erasto foi enviado por Paulo desde Éfeso, juntamente com Timóteo às igrejas da Macedônia, em sua terceira viagem missionária (At 19.22). Fora estes, houve uma multidão de discípulos como Filemon, João Marcos, Arquipo, Crescente, Trófimo, e irmãs como Febe, Lídia, Cláudia, Junia e tantas outras, que serviram a Deus e ao apóstolo durante sua trajetória, hospedando não só a ele e seus companheiros, mas em cujas casas haviam igrejas estabelecidas.

Esboço

A ATUALIDADE DOS CONSELHOS PAULINOS

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos.



Texto de Memorização
Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor." (Filipenses 3.1a).
Texto da Lição

Filipenses 3.1-10   (ARC)
1 - Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós. 2 - Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão; 3 - Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. 4 - Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: 5 - Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; 6 - Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. 7 - Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. 8 - E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, 9 - E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; 10 - Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte.
    1. CONSELHOS SOBRE A ALEGRIA CRISTÃ
  1. Regozijai-vos no Senhor: Sl 32.11; Is 61.10; Fp 4.4,10; 1 Ts 5.16
  2. Regozijai-vos com os irmãos : Rm 12.15; Fp 1.4; Lc 15.6,23,32
  3. Regozijai-vos nas provações: At 5.41; Mt 5.11,12; Rm 5.3
    2. ADVERTÊNCIAS SOBRE OS INIMIGOS  
  1. Guardai-vos dos cãesapóstatas: Fp 3.2; Mt 7.6; Ap 22.15
  2. Guardai-vos dos maus obreiros — pós-modernos: 2 Pe 2.1-3; Gl 2.3,4
  3. Guardai-vos da circuncisão judaizantes: Gl 5.1-4,6; Mt 23.1-7; Tt 1.10,11
    3. A CIRCUNCISÃO DO CORAÇÃO  
  1. Despojados do velho homem: Dt 10.16; Jr 4.4; Cl 2.11; 2 Co 5.17
  2. Regenerados pelo Espírito: 1 Pe 1.23,24; Jo 1.12,13; Tt 3.5
  3. Libertos para servir: Rm 6.14-18; 7.6; Fp 3.3; 1 Ts 1.9