Amizade é um sentimento excepcional que une a duas pessoas. Fiel é ser leal, honesto
e próprio. É ser honrado, transparente, que se exprime sem artifício, que cumpre seu dever sem intenção de enganar ou disfarçar seu procedimento. Sobre tudo, amigos fiéis são aquelas pessoas sinceras, hospitaleiras, que consolam, que confortam e que exortam; são aquelas que com amor e verdade dizem que estão erradas, que não deixam cair ao abismo, mas pelo contrário, sempre estendem as mãos para ajudar a levantar
— "Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro" (Ec 4.10). Amigos fiéis são aqueles que em todo tempo amam a seu amigo (Pv 17.17), que aconselham, que fazem o bem sem interesse próprio, que oram pelos outros, mesmo sendo injustiçados ou incompreendidos pelos próprios amigos (Jó 42.10). As Sagradas Escrituras revelam o exemplo de uma amizade pura, como a de Davi e Jônatas (1 Sm 18.1); de uma amizade que leva a carga e sofre pelo seu próximo, como a de Paulo e Silas, e seus demais companheiros, que o apoiaram em suas prisões, em sua escassez, em suas viagens missionárias e em suas tribulações (Cl 4.9,10; Rm 16.7; Fl 23; At 15.40; 16.25). Acima de tudo, o maior exemplo recai sobre a pessoa do Senhor Jesus Cristo, o Amigo Fiel, que fortalece (Fp 4.13); que salva e cura (Is 53.4,5); que protege,
que guia (Ef 6.22; Cl 2.2), que consola os corações abatidos (Sl 71.21; 2 Co 7.6); e ensina a sua igreja a experimentar e ter o mesmo sentimento que O levou a suportar a cruz (Fp 2.2; Rm 15.5); a amar uns aos outros (1 Jo 4.11) com esse amor que excede todo entendimento e que cresce cada dia (Ef 3.19).
"O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão" (Pv 18.24); e o maior desses amigos, certamente, é a pessoa do Senhor Jesus Cristo.
Do grego apoluo que significa deixar ir livre. O divórcio é a dissolução do vínculo matrimonial, também chamado na Bíblia de repúdio (Dt 22.19,29; 24.1-4). Anterior a Lei Mosaica, a esposa poderia ser posta fora de casa ao belprazer do esposo. Entretanto, posterior a Lei, o homem ficara obrigado a escrever uma carta de repúdio à sua mulher, provando que ele a divorciara, dando assim alguma dignidade e proteção a mulher. No tempo do Novo Testamento, os doutores da Lei estavam divididos quanto as bases para o divórcio. Os mais conservadores defendiam que só se poderia divorciar a esposa em caso de adultério; outros, baseando-se em Deuteronômio 24.1, davam margem para muitas interpretações. Entre os judeus, somente o homem tinha direito de ratificar o divórcio. A mulher poderia deixar o seu esposo, mas não poderia divorciá-lo. Entretanto, no mundo gentílico, especialmente os romanos, a mulher tinha direitos iguais como o homem quanto ao divórcio. Quando os fariseus questionaram Jesus quanto a polêmica do divórcio (Mt 19.3-9; Mc 10.2-12), ele respondeu que o intento do Pai desde o princípio não era para que o homem deixasse sua esposa ou tivesse múltiplas esposas (Gn 1.27; 2.24); mas por causa da dureza de seus corações, Deus permitiu que o homem desse carta de divórcio, a fim de proteger as vítimas. Jesus demostra as consequências do divórcio na vida das pessoas e estabelece os termos para o divórcio, o qual é o adultério (Mt 5.31-32). Na Palestina, a mulher divorciada tinha poucas alternativas. Ela poderia recasar ou vir ser uma prostituta; em ambos casos ela seria culpada de adultério. Algumas vezes, a mulher divorciada optava voltar para a casa de seus pais. Hoje, infelizmente, o divórcio se tornou a primeira alternativa para aqueles que não querem exercer responsabilidade para com seu cônjuge e família; ou na maior parte das vezes, para desvencilhar-se da aliança matrimonial presente e abraçar o próximo relacionamento. Esse mal destrutivo não somente se encontra no mundo, mas tem chegado às praias da congregação dos santos. As pessoas por casarem-se por interesse próprio e não por amor, entregam-se ao divórcio sem se quer lutar para chegarem a um consenso no relacionamento. O resultado são famílias que se rendem ao fracasso, descrentes da instituição do matrimônio, sem fé que Deus pode operar um milagre, inflexíveis na defesa de seus próprios direitos, esgassando-se pelos bens materiais que possa levar nessa dissolução; e sem falar dos filhos sem pais e mães, revoltados contra tudo e todos, e que facilmente repetirão o mesmo ciclo em sua idade adulta. Por isso Jesus reafirmou: “No princípio não era assim...” Que a Igreja desperte e volte aos princípios da sua fé, a fim de que seja em tudo um exemplo para o mundo. Para que os homens vejam que não existe casal perfeito na Igreja, mas homens e mulheres perdoados, que lutam para manter a aliança um dia prometida diante de Deus, da Igreja e da sociedade.