Editorial

PARÁBOLA: CEIA DAS BODAS

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente Região Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA

Após os insistentes apelos de Jesus aos líderes e a nação, através de várias outras parábolas e confrontações, ele chegou a conclusão irreversível, que aos céus muito custou: “Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos” (Mt 21.43). O projeto milenar do Reino Messiânico por um hiato foi posto de lado; a comunicação não mais foram abertas e sim por parábolas e enigmas; os líderes abertamente se tornaram seus inimigos, e ninguém mais o encarava com a doçura de antes. A pesada hora chegou da prorrogação da oferta do Reino, sua transferência para outro povo e, mais uma vez, o pesado julgamento sobre os descendentes de Israel. A fim de ilustrar o trauma e frustração ocorridos pelo desdém dos convidados — Israel, Jesus propôs a parábola da Ceia das Bodas. Nela, os convidados após insistentes apelos, partiram para seus afazeres no campo, no negócio, na família e na cidade, deixando não somente o banquete preparado a se perder, mas a honra do rei em jogo. Se os filhos legítimos rejeitaram, que seria dos enteados? Jesus afirmou incólume: “o reino de Deus vos será tirado”! Jesus está a apenas dois dias para subir ao Monte Caveira. Dois enormes desafios pairam a sua frente: a suspenção da eleição temporária de Israel ao Reino Messiânico, e a sua respectiva substituição por outra nação, que pouca experiência tinha com ela. Depois da frustrante rejeição pela primeira, será que a segunda, menos favorecida aceitaria o convite das bodas? Caso de pensar, com certeza! Nesse torvelinho emocional, Jesus se lembra de um casamento na cultura oriental, e bombardeia a multidão com essa cativante símile! Nesse costume, o convite para as bodas de um determinado nubente, era enviado doze meses antes de sua realização. O que significava bastante tempo para os convidados se prepararem. E, além disso, era costumário do dono da festa, o pai do filho, fornecer vestes especiais para todos os convidados. O último, e o mais cheio de gala, era enviado aos já convidados com todos os detalhes da festa, inclusive o cardápio! Para esse grande banquete, a ter lugar na inauguração do Reino Messiânico — Reino dos Céus, os profetas que vieram antes de Cristo, inclusive João Batista, tinha esforçadamente feito o convite à Israel e aos seus líderes: “E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” (Ap 19.9). Passados os doze meses, como de costume, o segundo convite foi promulgado, iniciando pelo próprio Jesus e os demais apóstolos — “...e ser-me-eis testemunhas, tanto em [primeiro] Jerusalém como em toda a Judéia e [segundo] Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8); "...não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 10.5-6). Infelizmente, eles não somente recusaram ao convite, mas mataram a muitos dos que foram enviados à eles, inclusive João, o primo de Jesus! Uma crueldade e insanidade que o Pai não pôde suportar! Trocaram o Filho — o Noivo, por um ladrão; por 30 moedas de prata; por um lugar ao lado do Governador da Judéia; e uma mirada delirante no dedo fétido e em ristes de Herodes, o Tertraca! Por outro lado, não somente o caminho agora se tornou estreito, mas a punição dos criminosos dos anunciadores de Boas Novas foi inevitável — “E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.” (Mt 22.7); “e nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvaçäo, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim” (1 Ts 2.16). Quarenta anos depois, no ano 70 a.D., Jerusalém foi pulverizada, e mais de um milhão e meio tiveram suas vidas ceifadas pela cavalaria do generalíssimo Tito. O ouro do templo, liquefeito, escorreu pela Porta do Monturo em direção ao Vale da Gehenna! Sim, o caminho e a porta do banquete ficaram estreitos, e o Rei ao adentrar no salão nobre do banquete, vislumbrou um convidado que não estava vestindo as roupas a ele oferecidas, e disse: “e disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores [Hades]; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 22.12-13). Hoje, a graça de Deus já se estende por mais de dois mil anos e, todavia, os convidados ainda estão aceitando ao convite do Rei, não somente para adentrarem à Ceia das Bodas do seu Filho Jesus, mas pertecerem ao Reino de Deus por antecipação! Enquanto outros são convidados, judeus ou gentios, às Bodas, cuidemos com muito esmero de nossas vestes santas, oferecidas pelo Rei — “Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida” ( 2 Co 5.4).

Glossário

F I L H O S

Dc. João Luis Cabral Estados Unidos

Angolano, Diácono, Diretor da Divisão de Música, músico.

Deus instituiu a família com a razão precípua de companheirismo humano e procriação. “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1:27-28). No plano divino, os filhos são fruto direto do casamento. O termo filhos, em suas diferentes formas, aparece mais de 5 mil vezes nas Sagradas Escrituras. Em consequência da queda do primeiro casal, a mulher passou a dar luz à filhos com dores, segundo um dos juízos de Deus sobre Adão e Eva (Gn 3:16). Esta é a primeira menção da palavra filhos na Biblia Sagrada, sendo mais frequentes as menções nas genealogias do povo de Israel. Os filhos além de fazerem parte de uma família, ou clã, também pertenciam a um povo. No caso dos israelitas, refere-se aos descendentes de Abraão, de Isaque, e de Jacó; Deus é Deus do seu povo e da família (Dt 6:10). No Decálogo, Deus estabeleceu o código ético-moral e espiritual para a família. Neste, os filhos devem honrar a seus pais e Deus promete prolongar os seus dias na terra (Ex 20:12). Os pais, na cultura hebraica antiga tinham a responsabilidade de ensinar o Torah. “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Dt 6:6-9). O Decálogo era o centro da vida dos filhos de Israel e era transmitido oralmente de pais para filhos. Com efeito, os filhos deveriam ser influenciados com a presença do Torah em várias esferas de suas vidas: 1) atada por sinal na mão; 2) posta por testeira entre os olhos; 3) escritas nos umbrais e na porta das casas; e, 4) seriam eles ensinados tanto assentados, como caminhando, levantando, e deitando (Dt 11:18-21). No Novo Testamento, o apóstolo Paulo reitera a lei moral de Deus para os filhos admoestando-os, não somente a honrar os pais como primeiro mandamento com promessa, mas a obedecê-los no Senhor, “porque isto é justo,” afirmou ele, “para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef 6:1-3). Para aquele que teme ao Senhor e anda nos caminhos de Deus, o salmista esboça a benção do Senhor sobre a sua família, onde os filhos serão como planta de oliveira à roda da mesa deste; e este varão veria os filhos de seus filhos e a paz sobre a nação (Sl 128:1-6). Para várias culturas de tempos passados, e para algumas ainda hoje, os filhos têm sido parte da sua prosperidade, por isso tinham muitos filhos, cumprindo o mandamento bíblico de frutificação e multiplicação da família. Esta riqueza social provém de Deus que instituiu a família ou clã. “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão” (Sl 127:3).

Esboço

A FAMÍLIA SOB ATAQUE

Manuela Costa Barros Estados Unidos

Brasileira, Primeira Tesoureira, professora da EBD, Youth Alive Band, Deã Acadêmica do STB



Texto de Memorização
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo" (Efésios 6.11).
Texto da Lição
Efésios 5.1-6 (ARC)
1 - Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; 2 - e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. 3 - Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeiem entre vós, como convém a santos; 4 - nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de graças. 5 - Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus. 6 - Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.
    1. EDUCAÇÃO CONTRA O ATAQUE
  1. O papel da educação no lar: Gn 1.28
  2. O papel da educação na Igreja: At 2.42; At 22.3; Ne 8.8
  3. O papel da educação na escola: 1 Ts 5.21; 1 Tm 6.20,21
    2. A PREVENÇÃO CONTRA O ATAQUE  
  1. O exercício do estudo bíblico em família: Dt 11.19; Js 4.6,7
  2. O exercício da oração com a família: Ex 12.21,24-27; Gn 48.9
  3. O exercício da disciplina na família: Sl 101.3; Ef 5.3,4; Pv 23.13,14
    3. A SOCIEDADE EM ATAQUE  
  1. O abandono aos filhos: 1 Tm 5.8; 3.4,5
  2. O desrespeito aos pais: Ex 20.12; Cl 3.20
  3. O bem-vindo ao secularismo: Mt 6.33; Lc 12.18,21