Editorial

Parábolas de Jesus: As Três Perdas — Uma Ovelha

Rev Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida - Estados Unidos

Ambiente: Jesus estava voltando do outro lado do Jordão à Galileia dos gentios, quando foi literalmente interpelado pelos publicanos e pecadores. Desta vez, não lhes interessavam os milagres, mas sim, ouvir diligentemente a sua mensagem transformadora. O que, como de costume, provocou um ódio febril nos religiosos fariseus, escribas e saduceus, os quais acusaram a Jesus: “este recebe pecadores, e come com eles” (Lc 15.2). O Messias abre o tesouro do seu coração, e expõe a parábola mais cativante e emocionante do seu ministério! Essa parábola das perdas, em verdade é uma só. Jesus explica, na sua trilogia, as questões de uma ovelha perdida no campo; a emoção de uma moeda de prata da grinalda da noiva perdida em sua casa; e a profunda dor de um filho perdido da sua nobre família! O mais profundo cerne do amor de Deus ficou explicitado nas palavras de Jesus, não importando o número ou virtude daqueles que haveriam de ouvi-la. Nela, como não podia ser diferente, se encontra enclaustrada os três tipos numerológicos de perdas: uma ovelha, 1% de perda; uma moeda, 10% de perda; um filho, 50% de perda! Jesus olha para aqueles pecadores, párias e rejeitados pelo sofisma religioso da nação e o capricho dos seus líderes, e sussurra aos seus ouvidos a Parábola das Três Perdas!

Explicação: Neste grande quadro panorâmico da graça de Deus, encontramos o maravilhoso trabalho da Trindade no plano salvífico do homem: uma ovelha perdida, recuperada pelo pastor – Jesus; uma moeda perdida em sua própria casa — na eclésia, iluminada pelo trabalho insofismável do Espírito Santo; e finalmente, o próprio Pai, pacientemente utiliza todos os meios justos e pessoais, na busca do filho perdido nas masmorras deste mundo! Por que a ovelha se perdeu? Eis ai a questão que as Escrituras Sagradas bem delineiam: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor”. Bem sabemos a história desventurosa dos nossos pais no Éden! Esse manancial de um grande rebanho que medra vagabundo neste mundo teve início com a falta de atenção dos nossos pais, os quais desobedeceram a ordenança Divina! Renderam mais prioridade a um animal do que ao próprio Criador, que eles bem conheciam. Eva enganada pela astúcia da velha serpente seduziu a Adão, e ambos pecaram — hamartia: “porque todos pecaram e destituídos [separados espiritualmente] estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Pois que, estavam explorando o horto? Estavam necessitando de mais companhias para ampliar o seu relacionamento? Quantos anos durou o passeio em volta daquela empírica “a árvore do conhecimento do bem e do mal”, da qual disse Deus, “dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”? Curiosidade? Não, desobediência! Infelizmente, saíram pelo portão do aprisco para milênios depois, contra trancos e barrancos, alguns dos seus descendentes voltarem! Tal ovelha representa a desvantajosa, ridícula e louca decisão de alguém querer sair do aprisco — do aconchego da casa do Pai! Rebelde, maltrapilha, enferma, sedenta, oprimida nas garras do feroz lobo, mesmo assim, o seu dono saiu à sua procura. Uma aqui e outra ali, entre as milhares vilipendiadas pela síndrome mortal do pecado, o pastor as encontrou e, “achando-a, a põe sobre os seus ombros, cheio de júbilo”!

Interpretação: Israel, oh Israel — “Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos.” (Lc 19.2). Herdeiros das alianças e promessas, tratados como filhos: “Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as justiças que tiver feito não se fará memória...” (Ez 18.24). Por causa desta insistente desventura, o Reino dos Céus, o Milênio, que deveria ter sido inaugurado alguns anos depois da ascensão de Cristo, tendo como súditos os israelitas — as ovelhas, foi prorrogado sem ninguém saber até quando. Em contra partida, e graças ao amor e misericórdia do dono de todas as ovelhas, o Reino de Deus — o domínio mundial da graça através da eclésia, foi antecipado tendo como congregados os gentios — as outras ovelhas! Nessa parábola de cunho exclusivamente pessoal, Jesus provocou a augusta atenção dos pastores ao seu redor, os quais de alguma forma e de variadas maneiras tinham perdido, em algum tempo, uma ovelha. Eles sabiam do árduo trabalho de criar uma ovelha, e por um acidente da vida perde-la. Todos, em coro, ressonaram a reposta: “deixaremos as noventa e nove, e iremos à busca da que se perdeu”! Achando-as — os pecadores, os publicanos, as meretrizes, os párias, os leprosos e os aleijados, colocam-nas sobre seus ombros e leva-as ao aprisco! Mais uma vez é tempo, portanto, de imprescindível urgência que, tomando posse do grande fenômeno gregário que cada um de nós possuímos como outras ovelhas [gentios], possamos ir aos quatro rincões deste mundo a encontrar as ovelhas perdidas de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. E aqueles, como ovelhas [israelitas] que rejeitaram o amor, a proteção do seu dono, quando esteve por trinta e três anos nesse deserto, poderão, enfim, receber e anunciar as boas novas durante a Grande Tribulação, “as ovelhas perdidas da casa de Israel”! As sombras e negras nuvens já chegam ao nosso campanário, a nossa nação e, como um denso breu, permeia todo o mundo! A igreja — as outras ovelhas — correndo a sua boa carreira por caminhos esguios e perigosos deste mundo; enquanto Israel — as ovelhas sozinhas na terra, que outrora manava leite e mel, mas que se tornou numa fornalha de fogo ardente dos sedentos dominadores deste mundo, espera que o pastor venha, e venha urgente para tomá-las pelos braços, as colocar nos ombros, e as levar ao regaço eterno, nos céus. “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14.1-3)!

Glossário

Profeta Jonas

Ana Cecília Argueta Estados Unidos

Salvadorenha, segunda fiel do tesouro, tradutora, cooperadora, professora da EBD

Jonas, cujo nome significa pombo do hebraico, foi o profeta que ficou conhecido nas Escrituras pelo seu intento de escapar da presença de Deus, mas após ser tragado por um grande peixe, regressou como um profeta missionário. Jonas é apresentado na Bíblia como filho de Amitai, profeta de Israel, no Reino do Norte, durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos de 793-753 a.C. (2 Rs 14.25). Também faz menção que era cidadão de Gate-Efer, que estava situada a uns 4 Km ao norte de Nazaré, na Galiléia. O livro de Jonas tem três propósitos: (1) Mostrar a Israel e demais nações, a magnitude e grande misericórdia divina, através da pregação do arrependimento. (2) Mostrar aos que habitam nas trevas, a luz e redenção através da experiência de Jonas (Gn 12.1-3; Is 42.6,7; 49.6). (3) Lembrar a Israel que Deus, em seu amor e misericórdia, enviaria à nação, não só um único profeta, mas muitos fieis profetas, que levariam a mensagem de arrependimento, a fim de evitar o castigo que o pecado traría. Jonas foi um profeta chamado por Deus para pregar a mensagem de arrependimento aos gentios da grande cidade de Nínive, onde a maldade havia aumentado. Jonas no intento de escapar da presença de Deus, desceu a Jope, e comprou um bilhete com destino a Tarsis, fugindo assim da presença de Deus (Jn 1.3). Mas Deus tinha outro plano para Jonas. Estando na embarcação que o levaria para Tarsis, Deus enviou uma grande tempestade, que só se acalmou quando Jonas foi lançado ao mar. Preparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.” Assim como Deus preservou a Jonas na profundeza do mar por três dias e três noites, também Jesus desceu ao mais profundo da terra, e após três dias, ressuscitou (Jn 1.17; Mt 12.40). Estando Jonas no ventre do peixe, orou deveras ao Senhor seu Deus; e Deus escutou sua oração, fazendo que o peixe vomitasse-o por terra. Mais uma vez o Senhor falou a Jonas, e desta vez ele foi obediente, levando a mensagem conforme Deus o havia mandado. Os ninivitas receberam de bom grado a pregação de Jonas. A notícia chegou até ao rei, o qual creu na pregação e proclamou arrependimento com jejum por todo o povo, inclusive os animais, bois e ovelhas. Deus viu o que o povo de Nínive fez, e como se convertera dos seus caminhos maus. Por isso, Deus se arrependeu do mal que disse que os traria, porque um coração humilhado e contrito, Deus não despreza. “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar” (2 Cr 7.14,15).

Esboço

JONAS — A Misericórdia Divina

Mbaxi Divaldo Cabral Estados Unidos

Angolano, Diácono, professor da Escola Bíblica Dominical, músico



Texto de Memorização
“E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez” (Jonas 3.10).
Texto da Lição
Jn 1.1-3, 15,17; 3.8-10; 4.1-2 (ARC) Jn 1.1 E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: 2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. 3  Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR. 15 E levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da sua fúria. 17 Preparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe. 3.8 Mas os homens e os animais sejam cobertos de sacos, e clamem fortemente a Deus, e convertam-se, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos. 9 Quem sabe se se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos? 10 E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez. 4.1 Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado. 2 E orou ao SENHOR, e disse: Ah! SENHOR! Não foi esta minha palavra, estando ainda na minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.
    1. A BIOGRAFIA DO PROFETA JONAS
  1. Sua chamada: Jn 1.1,2; 3.1,2
  2. Sua desobediência: Jn 1.3; Gl 6.7
  3. Sua humilhação: Jn 2.1-10; Sl 51.17
    2. REVELAÇÕES DO LIVRO DE JONAS
  1. Manifestam os atributos morais da Divindade: Jn 4.4-11; Jo 3.16
  2. Revelam a morte e ressurreição de Jesus: Jn 1.17; Mt 12.40; 1Co 15.4
  3. Declaram o poder transformador da Palavra: Is 55.10; 11; Ne 8.1-13; Jn 3.4-10; Mt 12.41
    3. EXPERIÊNCIA SALVÍFICA DOS NINIVITAS
  1. Reconhecimento de seus pecados: Jn 3.4-7; 2Cr 7.14; Lc 15.18b
  2. Arrependimento de suas atitudes: Jn 3.1-10; At 2.36,37; 2Cor 5.17
  3. Conversão genuína dos corações: Jn 3.9-10; Lc 19.1-10