Bens
Materiais
Rev. Gildásio Jesus B. dos Reis
Brasil |
Brasileiro, pastor,
professor e escritor |
“É pela atitude do Cristão em relação aos bens
materiais, que se julga da sua vida espiritual. O comportamento
do homem para com o dinheiro é a expressão tangível de sua
verdadeira fé” - João Calvino.“ O desígnio de Deus, em
nutrindo o homem, não é apenas prover-lhe ás meras necessidades
materiais. Visa a um fim espiritual. Através do sustento, Deus
Se faz conhecer á criatura, revela-se a ela como o Criador. A
Teologia Reformada, ou Calvinismo, não é um tipo de
espiritualismo, como quer entender o humanismo, que separa
a vida material da vida espiritual. A doutrina
reformada não advoga este tipo de alienação. A vida
material e a vida do corpo estão intimamente ligadas à vida
espiritual. Por isto há uma grande necessidade de estudarmos
este aspecto da vida cristã que também diz respeito ás
questões financeiras (Amós 3:3). Dentro do lar, a área que
envolve finanças tem sido objeto de tantos problemas ao
casamento. Vem logo abaixo da comunicação e de problemas no
relacionamento sexual na lista de destruidores dos lares. Muita
gente pensa que a Bíblia deve ser consultada apenas para coisas
espirituais, mas, segundo o conceito reformado, ela é a nossa
"regra de fé e prática". Seus ensinamentos dizem respeito à
todas as áreas da vida do crente, como já vêm na área da
sexualidade. Seus ensinos são ricos e profundos. Visa apenas o
nosso bem. Vamos Primeiramente examinar três atitudes negativas
que determinam como usamos o nosso dinheiro: medo cobiça e
orgulho. (1) Medo: Podemos ter medo de perder o emprego,
de sofrer uma enfermidade prolongada, de sofrer um acidente.
Temos medo da inflação, dos políticos que não cumprem seus
deveres, do resultado da próxima eleição e como ele afetará a
nossa economia, do aumento da gasolina, do aumento da prestação
da casa própria. Para Calvino, o dinheiro é um sinal de
duplo sentido: sinal de graça para aquele que, pela fé,
reconhece que tudo lhe vem de Deus, e sinal de condenação para
aquele que recebe os bens dos quais vive sem discernir que são
dádivas de Deus. Por esta razão o dinheiro sempre põe o homem à
prova. “Quando pois, temos refeições a tomar, o que beber e o
que comer, aprendamos a levantar os olhos para o Alto e de tal
maneira aproveitarmos e servir-nos destes meios ordinários, que
saibamos que é Deus Quem nos alimenta” - João Calvino.
(2) Cobiça: A segunda atitude negativa é a cobiça.
Encorajados por uma sociedade materialista e consumista,
queremos sempre mais e mais, precisamos sempre de mais e mais
para nos considerar bem de vida, deixando de lado o conceito do
bem supremo da vida. (3) Orgulho: É a terceira atitude
negativa que pode determinar a maneira como vemos o dinheiro vem
diretamente do poder e status que a nosso cultura confere aos
bens de consumo. Tiago 2:2-4. Se a confiança em Deus não exclui
o trabalho, elimina, em contraposição, o orgulho e a falsa
segurança que o homem crê poder fundamentar sobre seu trabalho,
tão frequentemente acompanhados de uma atividade febril
desmesurada e de um zelo profissional que devora toda a
existência.” As atitudes negativas relacionadas ao dinheiro e
aos bens materiais vem da nossa criação, da cultura
materialista adqurida e da má compreensão quanto ao que a Bíblia
ensina.
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União
Mbaxi
Cabral
Estados Unidos |
Angolano, diácono,
professor da EBD e músico. |
Ato
de juntar dois ou mais elementos ou seres. Um fato verídico de nossa
união com Cristo, é que quando aceitamos a Jesus, somos
enxertados na oliveira verdadeira, tornando-se parte do corpo de
Cristo, transparecendo o novo homem para o mundo através de nosso
testemunho (Rm 11.17). Ou seja, quando estamos em Cristo, damos
frutos. Existem alguns aspectos de suma importância, que revelam a
união entre o crente com Cristo, tais como: (1) O batismo nas águas,
que ocorre depois do crente ser batismo em Cristo, confessando para
o mundo que Cristo vive em sua vida (Jo 3.18), (2) O amor por Cristo
e por cada um de nossos irmãos (I Cor 12.25, Fp 2.2), (3) O
sentimento de sofrer por Cristo (2 Co 1.6, 1 Pe 5.9), (4) A comunhão
do crente com Cristo (1 Cor 1.9). A Trindade é o um exemplo muito
clássico de unidade, porque Deus Pai, Filho e Espírito Santo são um,
mas manifestam-se de maneira diferente. (Gn 1.26, 1 Jo 5.7, 8). O
apóstolo João em sua primeira carta, enfatiza de uma forma sucinta,
que a união entre os discípulos deveria seguir o modelo da união
entre Cristo e Deus Pai (Jo 17.11, 23). Portanto, o primeiro livro
do Pentateuco retrata que o homen deve deixar seus pais, para
unir-se a uma mulher virgem no intuito de tornarem-se ambos em
uma só carne (Gn 2.18-25). Fazendo uma analogia, o apostolo Paulo ao
redigir a sua carta à Igreja de Éfeso, realça sobre o amor de Cristo
para com sua noiva “a Igreja”. Comprando-a com o seu sangue,
e deixando a promessa de seu regresso, no ambito de unir-se a
ela definitivamente nos céus, nas bodas do cordeiro (Ef 5.22-27, Cl
3.4, 1 Ts 4.13-18, Ap 19.7,9).
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