A Mentira Tem Pernas
Curtas
Rev.
Eronides DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro, pastor, conferencista, articulista e professor. |
A mentira tem pernas curtas, e cedo, a verdade que caminha mais
veloz a alcançará. A justiça será inevitável! Cedo ou tarde, as
conseqüências de maus atos terão que ser enfrentadas. Não há como
escapar — “ainda que o mal junte mão a mão, não ficará sem
castigo” (Provérbios 11.21).
Martha Stewart,
milionária, fundadora e presidente da
Martha Stewart Living Omnimedia,
sendo convocada para depor em juízo sobre uma suposta fraude,
entrou na sala do jurado com um sorriso frio e calculado,
defendendo sua pretensa verdade. Esta semana, por unanimidade, a
Corte de Nova Iorque a deu como culpada das quatro ofensas acusada
de extorquir ações da companhia, e poderá ser sentenciada, no
mínimo, a vinte anos de prisão. A mentira não justifica. A verdade
é gratificante. A alternativa leva o cúmplice a total frustração.
Um dos grandes motivos para se praticar a verdade é que não
precisamos nos lembrar de nossas mentiras, e sempre glorificarmos
ao Deus, que nos instruiu sempre a falarmos a verdade! Podemos
estar certos de que o resultado, ao final, será sempre bom.
Podemos não realizar aquela venda tão almejada; não conseguir o
documento de imigração tão necessário; realizar o casamento dos
melhores sonhos; adquirir o imóvel para bem do nosso futuro e não
alcançarmos a posição na empresa ou igreja merecida, mas teremos
mantido nossa integridade. E melhor ainda, o auto-engano não nos
assediará! O perigo de um discurso e ações desleais é que um dia
nossos enganos serão descobertos e ficaremos indefesos e
desmoralizados, como foi o caso da famosa Martha Stewart. Isto
pode nos custar uma conta de negócios valiosa, a confiança de um
associado de valor, nossos empregos, mesmo que você seja um
executivo de destaque, e até mesmo nossa função eclesial, tanto
querida por nós, almejada pela Igreja e planejada por Deus. Será
que vale a pena? Lembremo-nos sempre: “O desejo do justo é
somente o bem” (Provérbios 11.23). Racionalizar que uma ação
específica é correta não a torna correta, pois devemos sempre
fazer lembrar a nós mesmos que até o nosso coração pode nos
enganar, pois "Há caminho que parece certo ao homem, mas no
final conduz à morte" (Provérbios 14.12).
Se quisermos fazer alguma coisa que sabemos ser errada, devemos
lembrar que seremos escravos permanentes da mentira. Quer
estejamos trapaceando com nossos impostos, com o tempo de
trabalho, com as nossas obrigações honrosas da Igreja, ou com os
nossos filhos, pais ou cônjuges, não importa o quanto finjamos que
é direito ou justificável. Não importa o quanto neguemos, sabemos
que nossas ações são erradas. Mais ainda, Deus sabe que elas são
erradas e não vai aceitar desculpas. Todos teremos que responder a
Ele ainda aqui na nossa peregrinação, e quando nos apresentarmos
diante do Tribunal de Cristo. Algum dia teremos a sobeja
recompensa de termos lutado pela verdade.
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Línguas Estranhas
Manuela
Barros
Estados Unidos |
Brasileira, professora,
diretora Evangelismo e
tesoureira da Igreja |
Língua ou idioma é o conjunto de palavras ou
expressões usadas por um povo, uma nação. Segundo a Bíblia Sagrada
há línguas dos homens e língua dos anjos,
do Grego glossa
(1
Co 13.1). A língua dos homens única em sua origem, difundiu-se no
conhecido acontecimento da destruição da Torre de Babel pelo próprio
Deus, fazendo com que os então viventes divergissem entre si em seus
idiomas (Gn 11.5-9). A língua dos Anjos não foi manifestada à
humanidade até o Dia de Pentecostes, quando uma nova dispensação da
Igreja se inaugurava. A comunhão perdida no Éden e reiniciada pela
encarnação do Verbo (Jesus) fora concretizada pela já prometida
descida permanente do Espírito Santo para estar com a Igreja (Jl
2.38,39; Lc 24.49; At 1.8). O sinal do revestimento do crente da
virtude do Espírito Santo, o transbordar de sua excelsa presença nos
corações, foi denominada por Deus como Batismo (imersão) no Espírito
Santo
-
experiência distinta da regeneração do pecador
(Mt 3.11
e Jo 3.3).
A manifestação notória aos olhos humanos, que fez-se por sinal deste
batismo, foi o falar em línguas estranhas, línguas não humanas,
concedidas por intervenção direta do Espírito Santo (At 2.4). Uma
segunda maravilha foi-se feita notória naquele dia, foi a
transcodificação das línguas estranhas espirituais faladas pelos
apóstolos em línguas humanas, de todo o mundo (At 2.5), as quais não
eram do conhecimento lógico dos que as falavam (At 2.7). Porém, as
línguas estranhas que marcam o Batismo no Espírito Santo não são
entendidas ou decifráveis pelos homens, a não ser pela manifestação
de outro Dom do Espírito, o de Interpretação de Línguas (1
Co 12.10; 14.5). Realidade esta vastamente exemplificada no livro
dos Atos dos Apóstolos (Cornélio, em Samaria e em Éfeso), e
explicada pelo apóstolo Paulo em
1
Coríntios 14. E como não podia ser diferente, a Igreja do presente
século, segundo a promessa de At 2.39, segue a receber esta dádiva
de Deus, manifestada pela elocução das línguas estranhas, as quais
trazem edificação espiritual para cada crente, bem como um acesso
íntimo e direto a Deus em mistérios (1
Co 14.2, 14). |