O Lavrador
Rev.
Eronides DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro, pastor,
conferencista, articulista e professor. |
“ Eu
sou a videira verdadeira e meu pai é o lavrador… vós sois as
varas.”
O discurso de Jesus registrado no capítulo quinze do Evangelho de
João trás à luz o mais profundo relacionamento entre o Pai, Ele e
nós, numa hierarquia muito natural e divina! Enquanto nós
dependemos totalmente de Cristo, este depende do Pai para que a
obra em nós iniciada seja fecunda até o fim. Simplesmente
maravilhoso – “Cristo em vós, esperança da glória.” (Cl
1.17). Todo esse projeto é divino: a videira veio à vida pelo
beneplácito do Pai; frutificou pelo seu eterno poder; se mantém
pela sua divina sabedoria. “Nisto é glorificado meu Pai, que
deis muito fruto.” Depois de trinta e três anos, o machado do
Lavrador cortou o tronco pela raiz, desta tenra vinha para ser
plantada noutro lugar. Suas raízes, tronco e galhos foram
transplantados para um melhor e fértil terreno celestial. O
oráculo do filho amado de Jacob espelhou o que haveria de
acontecer com ela: “José é um ramo frutífero, ramo frutífero
junto à fonte; seus ramos correm sobre o muro.” (Gn 49.22).
Plantada junto aos ribeiros de água da vida, em regiões
celestiais, estendeu seus galhos por toda a longínqua terra,
espalhando seus frutos às mãos cheias, numa rica e próspera
colheita – “Bendito o Deus e pai (o lavrador) de nosso
Senhor Jesus Cristo (o tronco), o qual nos abençoou (os
galhos) com todas as bênçãos (os frutos) em lugares
celestiais em Cristo.” (Ef 1.3). O Pai é o lavrador, o
proprietário, o responsável pelo desenvolvimento da Vinha no todo!
A clássica afirmação do texto por si já confere isto: “toda a
vara (galho) em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda
aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.” (João 15.2).
Este é o sublime mistério de estar em Cristo: se frutificamos,
sofremos o corte do podador, através das muitas provações e
renúncias diárias a nós impostas com amor; se não frutificamos,
vivemos uma vida de mil maravilhas neste mundo, apenas com um
profundo sentimento de alienação do corpo, por estarmos cortados!
Querida família Betânia, que o Lavrador a todos nos guarde, e se
pequenos ou grande frutos estamos dando para ele, que estejamos
dispostos à pagar o preço, dando mais, e com abundância! Pois,
“os que estão plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios
do nosso Deus”!
|
O Espírito Santo
Pedro
Marques Pereira
Estados Unidos |
Português,
professor e membro da Diretoria. |
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade
através do qual Deus Pai atua, revela sua vontade, capacita as
pessoas e manifesta sua presença. Ele possui a mesma honra que Deus
Pai e Deus Filho (Mt 28.19). O Espírito Santo é uma Divindade porque
tem os Atributos Naturais que só o Deus Trino, Eterno e Uno
possui: Onipresença, Onisciência, Onipotência, Imutabilidade, e
Eternidade; e Atributos Morais que o caracterizam como
personalidade: Inteligência, Livre Arbítrio e Consciência Moral. O
termo “Espírito Santo” é encontrado no Antigo Testamento uma
só vez no Salmo 51.11, no entanto, as referências sobre sua pessoa
são abundantes. O Espírito Santo também é conhecido e chamado na
Bíblia Sagrada por outros títulos: Espírito de Deus (Gn 1.2);
Espírito (Gl 3.2); Espírito da Verdade (Jo 14.17); Espírito do
Senhor (At 8.39); Espírito de Cristo (Rm 8.9); o Consolador (Jo
14.16). Vemos a manifestação do Espírito Santo ao longo da Bíblia:
na criação; no deserto ao lado do povo; na vida dos juízes; na vida
do Rei Davi; na promessa ao Messias; na promessa para todos; no
batismo de Jesus; no momento da tentação; no cumprimento da promessa
messiânica; na Igreja Primitiva; e, na presença do Espírito Santo no
Trono. Existem vários símbolos na Bíblia que descrevem seu caráter e
obra, como fogo, óleo, pomba e vento. O Espírito Santo transforma o
caráter e coração do homem após o batizar no corpo de Cristo (Gl
3.27). As manifestações do fruto do Espírito podem ser evidenciadas
em todos aqueles que foram verdadeiramente regenerados (Gl 5.22). O
Espírito Santo também é o que presenteia o crente com seus dons,
após Cristo o batizar com Espírito Santo (1Co 12.1-11), dando-lhes
poder e autoridade para serem testemunhas de Cristo (At 1.8). Ele é
o que testifica que somos novas criaturas e filhos de Deus (Rm
8.16), mas acima de tudo, Ele é o penhor que Deus Pai nos entregou,
para assegurar-nos que um dia Deus Filho virá buscar a sua Igreja
(2Co 5.5).
|