Fort Lauderdale, Flórida, 07 de Dezembro de 2003 Ano XI  Lição Nº 49


 

O Desiquilibrio de um Equilibrio

Rev. Eronides DaSilva   Estados Unidos

Brasileiro, pastor da Igreja Pentecostal Betania.

  Estamos vivendo tempos de profundas especulações e perguntas teológicas. Tempos difíceis. Sem dúvida alguma se fossemos convidar pastores que viveram nas décadas de cinquenta e sessenta para tomarem assentos nas reuniões convencionais atuais, ler atentamente os livros que esboçam assuntos pentecostais do momento e tomarem parte de comitês de evangelismo explosivo carismáticos em nossas arenas, certamente veríamos um a um saírem de cabeça baixa. Tempos trabalhosos! Mas a pergunta surge: o evangelho não é o mesmo? Os tempos não são os mesmos? Os reinos da luz e das trevas não são os mesmos? Sim, são! Mas os homens mudaram, e mudaram para pior! Em ciência política como na teologia existem os famosos três; naquela, os da direita, os da esquerda e os do centro; nesta, as linhas de pensamento contemporânea,  moderada, e conservadora. A sagrada doutrina do dízimo não ficou fora deste pêndulo. Aqueles que defendem a Linha de Pensamento Conservadora (os formalistas), possivelmente temerosos de perderem os membros de suas igrejas, ou denominações, afirmam que o dízimo foi coisa do passado, coisa da Lei. Os que defendem a Linha de Pensamento Contemporânea (os liberais),  fugindo dos princípios básicos da hermenêutica bíblica, afirmam ser o dízimo o requisito da lei para manter minimamente o sustento sacerdotal. Eles afirmam: “não estamos debaixo da lei e sim da graça, debaixo da medida bem sacudida e bem recalcada.“ O dízimo para eles é figurativo na quantia e na virtude: o dízimo pode ser dez, vinte ou cinquenta por cento da receita, do tempo ou dos talentos individuais, dependendo sempre quem seja o recipiente!  Entretanto, os que aceitam a Linha de Pensamento Moderada (os fundamentalistas), entendem que a virtude do dízimo está na fidelidade da sua contribuição e do seu valor biblicamente estipulado. E sabem eles, que, sendo os crentes obedientes à Palavra, Deus os fará prosperar materialmente e espiritualmente. E desta prosperidade, ele dará livremente os dízimos sagrados e contribuirá com as ofertas alçadas para o engrandecimento do Reino de Deus e a propagação do Evangelho.

Dinheiro

Mbaxi Cabral   Estados Unidos

Angolano,  professor e diretor dos jovens.

Moeda corrente; quantia; qualquer espécie de numerário. É utilizado como uma medida por diferentes povos em troca de algo de valor, para pagamento de bens adquiridos ou serviço prestado. O livro de Gênesis afirma que do suor do nosso rosto ganharíamos o pão, e, por conseguinte, o dinheiro é símbolo da recompensa de nossa labuta diária. Entretanto, “o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos” (Gn 3:19, 1Tm 6:10). Nos antigos tempos, as pessoas usavam a prata como forma monetária, e o metal se tornou um fator importante no comércio oriental. O valor da prata era determinado pelo seu peso (Gn 23.16; 1Cr 21.25). Com ela, tributos eram pagos pelas nações (1Rs 9.14) e adoradores a traziam como oferta ao Templo de Jerusalém (1Cr 29.4). A palavra dinheiro aparece no Antigo Testamento 112 vezes (KJV), como tradução da palavra hebraica para prata. A Bíblia diz que do Senhor é a terra e toda sua plenitude, e que o ouro e a prata são do Senhor! (Ag 2.8) Quando Deus deu à Israel a terra de Canaã como sua possessão e herança, era esperado que eles fossem os mordomos da terra, e que cuidassem daquilo que Deus os confiou. Isto incluía suas propriedades, bens, família, dinheiro e tudo que fosse de valor (Ex 15.17-18; Lv 25.23). Portanto, tudo que nós recebemos vem do Senhor, e Ele é que nos dá energia e força para trabalhar. Por esta razão, devemos ser mordomos das nossas finanças, sabendo as administrar. Existem três tipos de ensinamentos fundamentais sobre os deveres do crente que podemos extrair do Velho Testamento acerca das finanças:  I. Dízimo: a décima parte do salário que todo membro deve oferecer em sua igreja local (Dt 14.22,28); II. Dízimo dos dízimos: concerne ao dízimo de todos os ministros que trabalham a tempo integral na igreja e são sustentados por ela (Nm 18.26); III. Oferta alçada: oferta voluntária que cada pessoa põe à parte e oferece ao Senhor, segundo a sua prosperidade, e que diz respeito a todo cristão (1Co 16.2; Nm 18.8,19). Este mandamento não só foi para o Velho Testamento, mas Jesus o ensina também, quando diz aos fariseus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a  misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas (Mt 23:23). É importante realçar que como cristãos devemos ajudar uns aos outros, como descreve o doutor Lucas, que a igreja tinha tudo em comum (At 2:44,45).

A MORDOMIA dO DIZIMO

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor da Igreja Pentecostal Betânia - Assembléia de Deus.

 

Texto Áureo da Lição

 “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos”
(Ml 3.10).


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: CONTA AS BENÇÃOS, número 564 da Harpa Cristã.

 
1. TRÊS LINHAS DE PENSAMENTOS SOBRE O DIZIMO
Linha Conservadoraformalistas: Ml 3.10; Mt 23.23.
Linha Contemporânealiberais: Jl 1.4; Dt 28.38,39.
Linha Moderadafundamentalistas: Lv 27.30-32; Dt 14.23; 2Cr 31.6.
2. TRÊS FINALIDADES DO DIZIMO
Para manutenção da obra do Senhor: Ml 3.10,11; 2Cr 31.5,10.
Para manutenção dos obreiros dos Senhor: Nm 18.24,26; Ne 10.37; Dt 26.12,13.
 Para manutenção do templo do Senhor: Ne 13.11,12; Ag 1.4,6,9.
3. TRÊS PRINCIPIOS DOS DIZIMISTAS
Principio da obediência: 1 Sm 15.52; Hb 5.8; At 5.29.
Principio do reconhecimento: Sl 116.12; 1 Ts 5.12; 2 Co 1.14; Pv 3.9,10.
Principio da gratidão: Gn 14.20; 28.22; 1 Ts 5.18.

 

 

Texto da Lição:

Malaquias 3.7 —  Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?
8
Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e  nas ofertas alçadas.
9
Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação.
10
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.


I Corintios 16.1 — Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da
Galácia.
2
No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as coletas quando eu chegar.


(ARC)