Esperança é a Última que
Morre!
Rev. Jamil
Abdala Filho
Brasil |
Brasileiro, pastor
e professor. |
As
situações adversas que nos acometem, provocam declarações
precipitadas, desesperadas, amarguradas, eufóricas, positivistas,
mas muitas delas interessantes nos seus desdobramentos. Destacamos
uma, dentre tantas, que merece a nossa reflexão, por já tornar-se
um dito popular. É o repetido pensamento que declara: “A esperança
é a última que morre”. Considere a questão: De que nos vale uma
esperança que, apesar de ser a última a morrer, também morre?
Bilhões de seres humanos que viveram neste planeta, viveram na
dependência de certas esperanças que acabaram por falecer antes ou
no exato dia da sua morte. Alguns depositaram a sua esperança no
dinheiro e no sistema econômico e testemunharam a desvalorização e
o aniquilamento de sua esperança. Outros depositaram a sua
esperança em seu relacionamento com determinadas pessoas e
contemplaram a decepção traiçoeira de sua esperança. Outros ainda,
depositaram a sua esperança em alguma ideologia, filosofia, ou
prática religiosa, e assistiram frustrados a demolição de suas
esperanças. Por fim, outros apostaram todas as suas esperanças nos
últimos avanços da ciência e da própria medicina, contudo, apesar
de viverem mais alguns anos, meses, ou dias, foram sepultados
junto com a sua esperança.
De que nos vale uma
esperança que, apesar de ser a última a morrer, também morre? Onde
o ser humano encontrará uma esperança que não morra? Toda
esperança deve estar fiada na garantia sustentada por quem
prometeu alguma coisa e na legítima capacidade de cumprir o que
foi prometido. A única esperança que não morre tem que ser
garantida, no mínimo, por um ser eterno, que não morre jamais,
imutável, o único e soberano Deus revelado na Bíblia Sagrada, a
Palavra de Deus. Ao fazer-se carne para habitar entre nós na
Pessoa de Jesus Cristo, Deus suportou a morte, no corpo e na
natureza humana, em nosso lugar, para perdoar todos os nossos
pecados, e provou a sua autoridade sobre a vida eterna e a morte,
no momento em que ressuscitou corporalmente a Seu Filho Jesus
Cristo dentre os mortos, fato este testemunhado incontestavelmente
por centenas de pessoas. Desta forma, o novo e vivo caminho da
“esperança que não morre” está garantido pelo poder da
ressurreição do Senhor Jesus Cristo, razão pelo qual as Escrituras
declaram: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que,
segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva
esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os
mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula (ou “sem mancha”),
imarcescível (“que não murcha ou perde valor”) reservada nos céus
para vós outros, que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a
fé, para salvação preparada para revelar-se no último tempo (...)
que por meio dele (Cristo) tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou
dentre os mortos lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e
esperança estejam em Deus” (1 Pedro 1:3-5 e 21); “Paulo, apóstolo
de Cristo Jesus pelo mandato de Deus, nosso Salvador, e de Cristo
Jesus, nossa esperança” (1 Timóteo 1:1); “...na esperança da vida
eterna que o Deus que não pode mentir prometeu, antes dos tempos
eternos” (Tito 1:2); “se é que permaneceis na fé, alicerçados e
firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que
ouvistes” (Colossenses 1:23); “Se a nossa esperança em Cristo se
limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os
homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele
as primícias (“primeira parte ofertada”) dos que dormem (ou “morrem”)”(1
Coríntios 15:19-10).
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Dinheiro
Mbaxi
Cabral
Estados Unidos |
Angolano,
professor e diretor dos jovens. |
Moeda corrente; quantia; qualquer espécie de
numerário. É utilizado como uma medida por diferentes povos em troca
de algo de valor, para pagamento de bens adquiridos ou serviço
prestado. O livro de Gênesis afirma que do suor do nosso rosto
ganharíamos o pão, e, por conseguinte, o dinheiro é símbolo da
recompensa de nossa labuta diária. Entretanto, “o amor ao
dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos” (Gn 3:19, 1Tm
6:10). Nos antigos tempos, as pessoas usavam a prata como forma
monetária, e o metal se tornou um fator importante no comércio
oriental. O valor da prata era determinado pelo seu peso (Gn 23.16;
1Cr 21.25). Com ela, tributos eram pagos pelas nações (1Rs 9.14) e
adoradores a traziam como oferta ao Templo de Jerusalém (1Cr 29.4).
A palavra dinheiro aparece no Antigo Testamento 112 vezes (KJV),
como tradução da palavra hebraica para prata. A Bíblia diz que do
Senhor é a terra e toda sua plenitude, e que o ouro e a prata são do
Senhor! (Ag 2.8) Quando Deus deu à Israel a terra de Canaã como sua
possessão e herança, era esperado que eles fossem os mordomos da
terra, e que cuidassem daquilo que Deus os confiou. Isto incluía
suas propriedades, bens, família, dinheiro e tudo que fosse de valor
(Ex 15.17-18; Lv 25.23). Portanto, tudo que nós recebemos vem do
Senhor, e Ele é que nos dá energia e força para trabalhar. Por esta
razão, devemos ser mordomos das nossas finanças, sabendo as
administrar. Existem três tipos de ensinamentos fundamentais sobre
os deveres do crente que podemos extrair do Velho Testamento acerca
das finanças: I. Dízimo: a décima parte do salário
que todo membro deve oferecer em sua igreja local (Dt 14.22,28);
II. Dízimo dos dízimos: concerne ao dízimo de todos os
ministros que trabalham a tempo integral na igreja e são sustentados
por ela (Nm 18.26); III. Oferta alçada: oferta
voluntária que cada pessoa põe à parte e oferece ao Senhor, segundo
a sua prosperidade, e que diz respeito a todo cristão (1Co 16.2; Nm
18.8,19). Este mandamento não só foi para o Velho Testamento, mas
Jesus o ensina também, quando diz aos fariseus: “Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o
endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo,
a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e
não omitir aquelas” (Mt 23:23). É importante realçar que
como cristãos devemos ajudar uns aos outros, como descreve o doutor
Lucas, que a igreja tinha tudo em comum (At 2:44,45).
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