Fort Lauderdale, Flórida, 30 de Novembro de 2003 Ano XI  Lição Nº 48


 

Esperança é a Última que Morre!

Rev. Jamil Abdala Filho   Brasil

Brasileiro, pastor e professor.

  As situações adversas que nos acometem, provocam declarações precipitadas, desesperadas, amarguradas, eufóricas, positivistas, mas muitas delas interessantes nos seus desdobramentos. Destacamos uma, dentre tantas, que merece a nossa reflexão, por já tornar-se um dito popular. É o repetido pensamento que declara: “A esperança é a última que morre”. Considere a questão: De que nos vale uma esperança que, apesar de ser a última a morrer, também morre? Bilhões de seres humanos que viveram neste planeta, viveram na dependência de certas esperanças que acabaram por falecer antes ou no exato dia da sua morte. Alguns depositaram a sua esperança no dinheiro e no sistema econômico e testemunharam a desvalorização e o aniquilamento de sua esperança. Outros depositaram a sua esperança em seu relacionamento com determinadas pessoas e contemplaram a decepção traiçoeira de sua esperança. Outros ainda, depositaram a sua esperança em alguma ideologia, filosofia, ou prática religiosa, e assistiram frustrados a demolição de suas esperanças. Por fim, outros apostaram todas as suas esperanças nos últimos avanços da ciência e da própria medicina, contudo, apesar de viverem mais alguns anos, meses, ou dias, foram sepultados junto com a sua esperança. De que nos vale uma esperança que, apesar de ser a última a morrer, também morre? Onde o ser humano encontrará uma esperança que não morra? Toda esperança deve estar fiada na garantia sustentada por quem prometeu alguma coisa e na legítima capacidade de cumprir o que foi prometido. A única esperança que não morre tem que ser garantida, no mínimo, por um ser eterno, que não morre jamais, imutável, o único e soberano Deus revelado na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Ao fazer-se carne para habitar entre nós na Pessoa de Jesus Cristo, Deus suportou a morte, no corpo e na natureza humana, em nosso lugar, para perdoar todos os nossos pecados, e provou a sua autoridade sobre a vida eterna e a morte, no momento em que ressuscitou corporalmente a Seu Filho Jesus Cristo dentre os mortos, fato este testemunhado incontestavelmente por centenas de pessoas. Desta forma, o novo e vivo caminho da “esperança que não morre” está garantido pelo poder da ressurreição do Senhor Jesus Cristo, razão pelo qual as Escrituras declaram: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula (ou “sem mancha”), imarcescível (“que não murcha ou perde valor”) reservada nos céus para vós outros, que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para salvação preparada para revelar-se no último tempo (...) que por meio dele (Cristo) tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus” (1 Pedro 1:3-5 e 21); “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pelo mandato de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança” (1 Timóteo 1:1); “...na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu, antes dos tempos eternos” (Tito 1:2); “se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes” (Colossenses 1:23); “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias (“primeira parte ofertada”) dos que dormem (ou “morrem”)”(1 Coríntios 15:19-10).

Dinheiro

Mbaxi Cabral Estados Unidos

Angolano,  professor e diretor dos jovens.

Moeda corrente; quantia; qualquer espécie de numerário. É utilizado como uma medida por diferentes povos em troca de algo de valor, para pagamento de bens adquiridos ou serviço prestado. O livro de Gênesis afirma que do suor do nosso rosto ganharíamos o pão, e, por conseguinte, o dinheiro é símbolo da recompensa de nossa labuta diária. Entretanto, “o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos” (Gn 3:19, 1Tm 6:10). Nos antigos tempos, as pessoas usavam a prata como forma monetária, e o metal se tornou um fator importante no comércio oriental. O valor da prata era determinado pelo seu peso (Gn 23.16; 1Cr 21.25). Com ela, tributos eram pagos pelas nações (1Rs 9.14) e adoradores a traziam como oferta ao Templo de Jerusalém (1Cr 29.4). A palavra dinheiro aparece no Antigo Testamento 112 vezes (KJV), como tradução da palavra hebraica para prata. A Bíblia diz que do Senhor é a terra e toda sua plenitude, e que o ouro e a prata são do Senhor! (Ag 2.8) Quando Deus deu à Israel a terra de Canaã como sua possessão e herança, era esperado que eles fossem os mordomos da terra, e que cuidassem daquilo que Deus os confiou. Isto incluía suas propriedades, bens, família, dinheiro e tudo que fosse de valor (Ex 15.17-18; Lv 25.23). Portanto, tudo que nós recebemos vem do Senhor, e Ele é que nos dá energia e força para trabalhar. Por esta razão, devemos ser mordomos das nossas finanças, sabendo as administrar. Existem três tipos de ensinamentos fundamentais sobre os deveres do crente que podemos extrair do Velho Testamento acerca das finanças:  I. Dízimo: a décima parte do salário que todo membro deve oferecer em sua igreja local (Dt 14.22,28); II. Dízimo dos dízimos: concerne ao dízimo de todos os ministros que trabalham a tempo integral na igreja e são sustentados por ela (Nm 18.26); III. Oferta alçada: oferta voluntária que cada pessoa põe à parte e oferece ao Senhor, segundo a sua prosperidade, e que diz respeito a todo cristão (1Co 16.2; Nm 18.8,19). Este mandamento não só foi para o Velho Testamento, mas Jesus o ensina também, quando diz aos fariseus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a  misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas (Mt 23:23). É importante realçar que como cristãos devemos ajudar uns aos outros, como descreve o doutor Lucas, que a igreja tinha tudo em comum (At 2:44,45).

 

 

A MORDOMIA Cristã das FinançaS

Domintos Tito Sacatato Estados Unidos

Angolano, evangelista, e professor.

 

Texto Áureo da Lição

 “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.10).


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: SOB AS ASAS DE DEUS, número 369 da Harpa Cristã.

 
1. TRÊS ENSINAMENTOS QUANTO ÀS FINANÇAS
Doutrina da Prosperidade: Gn 13.2; Jó 1.8-11; Ec 7.14.
Doutrina da  Comiseração: At 3.6; Mt 8.20; Rm 15.26; 2Co 8.1-2.
Doutrina Bíblica: 1Tm 6.10; At 4.32,34; Sl 37.25; Ef 1.3; Mt 6.33.
2. TRÊS PERIGOS EMINENTES àS FINANÇAS
O espírito de avareza: 5.10; Lc 12.15; Hb 13.5; Jr 6.13; Mc 12.44.
O espírito de soberba: 2Cr 26.15,16; Sl 73.3,17; 2Jo 2.16-17 ; Tg 4.6.
 O desvio da : 1Tm 6.9; At 5.1-10; 2Rs 5.20,25,26; Mt 6.21.
3. TRÊS ATITUDES BÍBLICAS SOBRE AS FINANÇAS
A honestidade: 2Rs 12.15; 1Ts 4.11-12; 2Ts 3.11; 1Pe 4.15.
A responsabilidade: Ml 3.10; 1Jo 3.17; Gn 3.19.
A dependência de Deus: 1Cr 29.11-14; Sl 146.5; Mt 6.24.

 

Texto da Lição:

2 Reis 12.4 —  E disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das coisas santas que se trouxer à Casa do SENHOR,
a saber, o dinheiro daquele que passa o arrolamento, o dinheiro de cada uma das pessoas, segundo a sua avaliação, e todo o dinheiro que trouxer cada um voluntariamente para a Casa do
SENHOR,
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os sacerdotes o recebam, cada um dos seus conhecidos; e eles reparem as fendas da casa, segundo toda fenda que se achar nela.
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Sucedeu, porém, que, no ano vinte e três do rei Joás, os sacerdotes ainda não tinham reparado as fendas da casa.
7
Então, o rei Joás chamou o sacerdote Joiada e os mais sacerdotes e lhes disse: Por que não reparais as fendas da casa? Agora, pois, não tomeis mais dinheiro de vossos conhecidos, mas dai-o em prol das fendas da casa.
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E consentiram os sacerdotes em não tomarem mais dinheiro do povo, nem em repararem as fendas da casa.
9
Porém o sacerdote Joiada tomou uma arca, e fez um buraco na tampa, e a pôs ao pé do altar, à mão direita dos que entravam na Casa do SENHOR; e os sacerdotes que guardavam a entrada da porta depositavam ali todo o dinheiro que se trazia à Casa do SENHOR.
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Sucedeu, pois, que, quando viram que já havia muito dinheiro na arca, o escrivão do rei subia com o sumo sacerdote, e contavam e ensacavam o dinheiro que se achava na Casa do SENHOR.
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E o dinheiro, depois de pesado, davam nas mãos dos que faziam a obra, que tinham a seu cargo a Casa do SENHOR; e eles os distribuíam aos carpinteiros e aos edificadores que reparavam a Casa do SENHOR,
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como também aos pedreiros e aos cabouqueiros, e compravam madeira e pedras de cantaria para repararem as fendas da Casa do SENHOR e para tudo quanto para a casa se dava para a repararem.
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Todavia, do dinheiro que se trazia à Casa do SENHOR não se faziam nem taças de prata, nem garfos, nem bacias, nem trombetas, nem nenhum vaso de ouro ou vaso de prata para a Casa do SENHOR.
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Porque o davam aos que faziam a obra, e reparavam com ele a Casa do SENHOR.
15
Também não pediam contas aos homens em cujas mãos entregavam aquele dinheiro, para o dar aos que faziam a obra, porque procediam com fidelidade.


(ARC)