Fort Lauderdale, Flórida, 17 de Agosto de 2003 Ano XI  Lição Nº 33


 

deste ninguÉm escapa!

Pr. Robinson   Brasil

Brasileiro, pastor,  escritor e articulista.

O que a avareza, a luxúria, a ira, a gula, a inveja e a preguiça têm em comum? Se você respondeu: "são os sete pecados capitais", sua resposta está parcialmente certa. São pecados capitais, mas falta aquele que está na raiz de todos: o orgulho. Esta classificação de pecados capitais e veniais é da teologia católica-romana, e embora não seja aceita pelos meios protestantes, explicita a verdade de que há transgressões que são mais sérias do que outras, seja pelas conseqüências que provocam ou por quem atingem. O orgulho encontra-se no limite entre o exercício saudável do que Deus nos dá e as falsas sensações que podemos ter. Por exemplo, o orgulho está intimamente relacionado ao exercício do poder e à falsa sensação de onipotência. O exercício do poder em suas múltiplas formas (liderança, domínio, avanço tecnológico, criatividade, etc) é mais do que desejável. O mandato cultural dado por Deus ao homem é o de transformar a natureza, respeitando-a e protegendo-a contra abusos, num desenvolvimento sustentável. Assim também deve ser a organização social e política que, deveriam usar o bem público para o benefício de todos. Infelizmente, nem sempre é isto que se vê, com a natureza ou com a sociedade humana. Há uma falsa sensação de onipotência, cujo remédio é a consciência da prestação de contas, seja aos homens ou diante de um Deus santo e justo. O orgulho também está intimamente relacionado ao exercício da liberdade e à falsa sensação de independência. O exercício multifacetado da liberdade (de ir e vir, de expressar-se, de culto, de divergir, de escolher etc) é tão fundamental, quanto inquestionável. A liberdade humana é uma necessidade que faz parte do nosso ser. A perda dela sempre traz terríveis conseqüências e deveria acontecer apenas quando infringimos a liberdade do outro. Neste caso, a minha liberdade termina quando começa a do outro. Paradoxalmente, a liberdade excreta uma toxina relacional chamada independência que em ambiente propício dá cria ao individualismo, ao hedonismo, ao egoísmo etc. Ser livre não é sinônimo de ser independente, porque independência de tudo ou todos é uma utopia malévola. Depender de outros, consciente e intencionalmente, é o tratamento para nosso ensimesmamento. Finalmente, o orgulho está intimamente relacionado ao exercício da justiça e à falsa sensação de perfeição. O senso de bem e mal, embora seja culturalmente transmitido e mensurado, é universal ao ser humano, trazendo-o para uma categoria sobre-animal. O prazer de organização, de justiça, de igualdade e de todas as outras virtudes correlatas é o que nos humaniza. É bom ser moral e desejar o que é certo, o que é justo, mesmo que isto soe ultrapassado em dias de nova moralidade e relativismo ético. Lamentavelmente, o senso moral é confundido com falso moralismo, perfeccionismo, hipocrisia, farisaísmo etc. Ser moral não é ser perfeito. É o equilíbrio entre o que você gostaria de ser sempre e o que você normalmente é, conectados pelo oponente do orgulho: a humildade.

AMOR

Delmy Ochoa Estados Unidos

Hondurenha,  professora, seminarista e membro da Diretoria da Igreja.

Amor é a expressão de afeto mais profunda e possível entre as pessoas. É o interesse e busca do melhor para outra pessoa sem querer nada em troca (Gl 6.10). O amor é a chave de todo relacionamento ou vínculo perfeito (Cl 3.14), e é um dos componentes do fruto do Espirito (Gl 5.22). Existem três tipos de amor: 1º Ágape – o amor Divino: O amor puro e divino, que é a expressão mais elevada e nobre, o amor de Deus (1Jo 4.16). Este envolve misericórdia (Ef 2.4,5); graça (Tt 2.11); e bondade (Sl 118.1). Aquele que é eterno (Jr 31.3), entregou ao seu próprio Filho para salvar o mundo (Jo 3.16). Esta é a grande prova do amor de Deus para com o homem – que Cristo morreu quando o homem era seu inimigo (Rm 5.8). Um amor ilimitável, perfeito de Deus Pai (1Jo 4.8-10), Deus Filho (Ef 3.19; 5.2) e Deus Espírito Santo (Rm 15.30), no qual não há temor, que excede a todo entendimento e cobre todas as falhas.       2º Fileu – o amor Fraternal: Amor mútuo, não fingido, que é exercitado na convivência dos irmãos, e que espelha a relação humana ideal e genuína (1Pe 2.22; Rm 12.9,10). É também um dever do crente (Hb 13.1) e um amor demonstrado entre amigos (1Sm 18.3), pais e filhos (Ef 6.1,2). Se deve amar como a Palavra de Deus ensina – a Deus com todo o coração, alma e mente (Mt 22.37); ao próximo como a nós mesmos (Mt 22.39; Jo 15.12,13); e aos inimigos (Mt 5.44). 3º Eros – o amor Conjugal: Amor entre o esposo e esposa – “Assim como Jesus amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5.25; Ct 2.10). A prática deste amor que também se encontra por meio de Jesus Cristo, produz a unidade entre duas pessoas, fazendo-lhes honrar uma a outra. Apesar do diabo tentar corromper o amor, podemos vivê-lo em todas as suas dimensões à luz das Sagradas Escrituras. Paulo exorta: “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” (Ef 4.2).

 O RELACIONAMENTO DOMÉSTICO E SOCIAL DO CRISTÃO

Domintos Tito Sacatato Estados Unidos

Angolano, evangelista, e professor.

Texto Áureo da Lição

 Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo (Fp 2.3)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: IRMÃOS AMADOS, número 175 da Harpa Cristã.

 
1. O RELACIONAMENTO COM OS IRMÃOS
Com base aos bons costumes: 1Co 15.33; Fp 2.14; 1Pe 4.7-11; Hb 13.17.
Com repudio aos maus costumes: Rm 14.23; Sl 1.1-6; 1Co 6.9,10; Ef 5.5.
Com objetivo da unidade da Igreja: Sl 133.1-3; At 2.46.
2. O RELACIONAMENTO COM OS DESCRENTES
Com prudência ao testemunho: Mt 5.13-16; Pv 4.18.
Com vigilância à santidade: Hb 12.14; 1Pe 1.15.
 Com objetivo evangelistico: At 8.35; Jo 4.1.
3. O RELACIONAMENTO COM A FAMILIA
Norteado do amor: Jo 13.34-35; Ef 5.25.
Baseado na Palavra: 2Co 6.14; Gn 26.46.
Mantida pela vida devocional: Jó 1.5.

 

 

Texto da Lição:

1 Coríntios 13.1-5

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.
4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece,
5 não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;


Salmos 133

1 Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!
2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
3 Como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre.
(ARC)