Fort Lauderdale, Flórida, 13 de Julho de 2003 Ano XI  Lição Nº 28


 

O DEVER DE ORAR!

Caramuru Afonso Francisco   Brasil

Brasileiro, professor e articulista - Brasil

 Vivemos em um mundo onde as principais religiões contêm em suas regras fundamentais a oração. Seja entre os judeus, seja entre os muçulmanos, seja entre os budistas, seja entre os hinduístas, a oração e a meditação têm lugar de destaque em suas práticas religiosas e em sua devoção. Quando observamos, por exemplo, o fervor dos islâmicos que, cinco vezes ao dia, dirigem suas faces em direção a Meca e fazem suas orações onde quer que estejam, ou dos judeus, que tem suas três orações cerimoniais diárias, vemos como as palavras de Jesus são atuais (Mt.6:5) e como devemos fugir da ostentação e do formalismo em nosso relacionamento com Deus. Há muitos crentes que se comprazem, em suas congregações, em intermináveis, longas e altas orações, para demonstrar uma santidade perante os seus conservos. Há muitos crentes, ainda, que, de forma automática, repetitiva e num estado em que os lábios estão completamente desligados do coração, fazem verdadeiras rezas, o que é igualmente condenado pelo Senhor (Mt.6:7). De nada adianta ficarmos repetindo palavras a esmo, sem que nelas esteja nosso coração, nossas mentes, como se as palavras tivessem poder em si (algo, aliás, que tem sido, indevidamente, pregado por aí, como se estivéssemos acolhendo a idéia das "palavras mágicas" dos contos de fadas, ou, o que é ainda pior, acolhendo a idéia hinduísta dos "mantras", que ficaram famosos no Ocidente através da seita "Hare Krishna"). Deus ouve ao contrito de coração, àquele que, efetivamente, estiver entregando a sua alma no seu diálogo com Deus, num diálogo que vem do interior do homem ao interior de Deus. Se devemos orar sempre, Jesus também salientou que o dever de orar impõe uma outra conduta: o de nunca desfalecer, o dever da perseverança, da insistência, de confiança diante de Deus. Quem ora deve ter a convicção de que Deus está ouvindo a sua oração e de que irá responder ao clamor, bem como que irá providenciar o melhor para aquele que O busca. A oração daquele que desiste, daquele que esmorece, daquele que não insiste é algo igualmente vazio e sem qualquer validade diante de Deus. Quem ora numa perspectiva de que deve ser atendido de imediato, de que o nome de Deus é "Já" e que não tem que esperar, não ora, segundo nos ensina Jesus, mas, simplesmente, perde seu tempo, pois esta oração não corresponde ao dever que tem o servo de Deus, pois é uma oração que trará, em breve, o desânimo, que não representa qualquer submissão a Deus e que, portanto, não alcançará qualquer resultado prático.

Jejum

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, missionaria, professora, secretaria da Igreja

m é de suma importância e traz grandes vitórias na vida daquele que o realiza, porque foi exatamente através do alimento que o primeiro homem caiu (Gn 3.1-6). Satanás ao tentar Jesus utilizou desta mesma arma, no entanto, Jesus o venceu (Jesus, Ester e o povo de Nínive são exemplos deste jejum).  O jejum Nestesis (parcial e circunstancial) dá-se quando uma pessoa fica privada de alimentação seja por razão médica, dietética, financeira, ou outras circunstâncias. Por não ser um sacrifício com um propósito, ele não pode ser considerado um jejum devocional (Moisés, Elias e Daniel são exemplos deste jejum). No Antigo Testamento, havia um dia no ano, isto é, o Dia Anual da Expiação, em que a Lei prescrevia o jejum a todos os israelitas. A expressão referente é: “afligireis as vossas almas” (Lv 16.29,31). Durante o exílio foram estabelecidos quatro dias de jejum: pela queda de Jerusalém (Jr 52.6); pela destruição do Templo (2Rs 25.8,9); pelo assassinato de Gedalias (Jr 41.1,2); e pelo principio do cerco (Zc 8.19,20). Nos tempos bíblicos, o jejum achava-se relacionado com o luto pelos mortos (1Sm 31.13); com o infortúnio e a tristeza (Jz 20.25,26); e com a expressão da dor pelos pecados (Jn 3.7-9). Era também costume da pessoa vestir-se de saco e cinza para demonstrar sua humilhação diante de Deus (Dn 9.3). Nos tempos de Jesus, os fariseus jejuavam dois dias por semana, dentro de sua demagogia farisaica (Lc 18.12). Os mesmos costumavam se desfigurar e contristar para mostrar que jejuavam. Cristo, no entanto, condenou esta prática hipócrita (Mt 6.16-18). Jesus nos ensinou que o jejum (Nesteia) é uma arma poderosa contra o inimigo e todo tipo de espírito imundo (Mt 21.17). É importante lembrar que aquele que oferece jejum ao Senhor possa abster-se do mal e esteja em espirito de oração e meditação da Palavra (Is 58.6-9). 

 O Jejum como Reforço à Oração

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, pastor, professor, articulista e conferencista.

Texto Áureo da Lição

 Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto” (Tiago 5.17,18)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: NO JARDIM, número 296 da Harpa Cristã.

 

 JEJUM: Nestéia - abstenção de alimentos, devocional e voluntário Nestesis - Abstenção de alimentos, orgânico e circunstancial.

1. A TEOLOGIA DO JEJUM
O jejum circunstancial — total: Ex 24.18; 1 Rs 19.8; 2 Co 6.5; At 27.33,34.
O jejum voluntário — parcial: Dn 1.8-15; 2 Rs 6.24-29.
O jejum espiritual — absoluto: Ex 34.28; Dn 10.2; Mt 4.2; At 9.8,9.
2. A PRÁTICA O JEJUM
Em espírito de abstinência do mal: Ne 9.1; Mt 6.16; Is 58.6.
Em espírito de  oração devocional: Dn 9.3; Ne 1.4
 Em espírito de meditação da Palavra: Jr 36.6; At 13.2,3.
3. A EFICÁCIA DO JEJUM
Nas calamidades e aflições: 2 Sm 1.12; Sl 35.13; Et 4.16.
Nas tentações e confrontações espirituais: 2 Sm 12.16; Mt 17.21; Jn 3.6-10.
Nos momentos especiais do cristão e da igreja: Ez 4.16; At 14.23; Mt 9.15.

Texto da Lição:

1 Timóteo 2.1-8

1
Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens,
2
pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade.
3
Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador,
4
que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade.
5
Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem,
6
o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.
7
Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gen?tios, na fé e na verdade.
8
Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.

(ARC)