O DEVER DE ORAR!
Caramuru
Afonso Francisco
Brasil |
Brasileiro, professor e
articulista - Brasil |
Vivemos
em um mundo onde as principais religiões contêm em suas regras
fundamentais a oração. Seja entre os judeus, seja entre os
muçulmanos, seja entre os budistas, seja entre os hinduístas, a
oração e a meditação têm lugar de destaque em suas práticas
religiosas e em sua devoção. Quando observamos, por exemplo, o
fervor dos islâmicos que, cinco vezes ao dia, dirigem suas faces
em direção a Meca e fazem suas orações onde quer que estejam, ou
dos judeus, que tem suas três orações cerimoniais diárias, vemos
como as palavras de Jesus são atuais (Mt.6:5)
e como devemos fugir da ostentação e do formalismo em nosso
relacionamento com Deus. Há muitos crentes que se comprazem, em
suas congregações, em intermináveis, longas e altas orações, para
demonstrar uma santidade perante os seus conservos. Há muitos
crentes, ainda, que, de forma automática, repetitiva e num estado
em que os lábios estão completamente desligados do coração, fazem
verdadeiras rezas, o que é igualmente condenado pelo Senhor (Mt.6:7).
De nada adianta ficarmos repetindo palavras a esmo, sem que nelas
esteja nosso coração, nossas mentes, como se as palavras tivessem
poder em si (algo, aliás, que tem sido, indevidamente, pregado por
aí, como se estivéssemos acolhendo a idéia das "palavras mágicas"
dos contos de fadas, ou, o que é ainda pior, acolhendo a idéia
hinduísta dos "mantras", que ficaram famosos no Ocidente através
da seita "Hare Krishna"). Deus ouve ao contrito de coração, àquele
que, efetivamente, estiver entregando a sua alma no seu diálogo
com Deus, num diálogo que vem do interior do homem ao interior de
Deus. Se devemos orar sempre, Jesus também salientou que o dever
de orar impõe uma outra conduta: o de nunca desfalecer, o dever da
perseverança, da insistência, de confiança diante de Deus. Quem
ora deve ter a convicção de que Deus está ouvindo a sua oração e
de que irá responder ao clamor, bem como que irá providenciar o
melhor para aquele que O busca. A oração daquele que desiste,
daquele que esmorece, daquele que não insiste é algo igualmente
vazio e sem qualquer validade diante de Deus. Quem ora numa
perspectiva de que deve ser atendido de imediato, de que o nome de
Deus é "Já" e que não tem que esperar, não ora, segundo nos ensina
Jesus, mas, simplesmente, perde seu tempo, pois esta oração não
corresponde ao dever que tem o servo de Deus, pois é uma oração
que trará, em breve, o desânimo, que não representa qualquer
submissão a Deus e que, portanto, não alcançará qualquer resultado
prático.
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Jejum
Vania
DaSilva
Estados Unidos |
Brasileira, missionaria,
professora, secretaria da Igreja |
m é de suma
importância e traz grandes vitórias na vida daquele que o realiza,
porque foi exatamente através do alimento que o primeiro homem caiu
(Gn 3.1-6). Satanás ao tentar Jesus utilizou desta mesma arma, no
entanto, Jesus o venceu (Jesus, Ester e o povo de Nínive são
exemplos deste jejum). O jejum Nestesis (parcial e
circunstancial) dá-se quando uma pessoa fica privada de alimentação
seja por razão médica, dietética, financeira, ou outras
circunstâncias. Por não ser um sacrifício com um propósito, ele não
pode ser considerado um jejum devocional (Moisés, Elias e Daniel são
exemplos deste jejum). No Antigo Testamento, havia um dia no ano,
isto é, o Dia Anual da Expiação, em que a Lei prescrevia o jejum a
todos os israelitas. A expressão referente é: “afligireis as
vossas almas” (Lv 16.29,31). Durante o exílio foram
estabelecidos quatro dias de jejum: pela queda de Jerusalém (Jr
52.6); pela destruição do Templo (2Rs 25.8,9); pelo assassinato de
Gedalias (Jr 41.1,2); e pelo principio do cerco (Zc 8.19,20). Nos
tempos bíblicos, o jejum achava-se relacionado com o luto pelos
mortos (1Sm 31.13); com o infortúnio e a tristeza (Jz 20.25,26); e
com a expressão da dor pelos pecados (Jn 3.7-9). Era também costume
da pessoa vestir-se de saco e cinza para demonstrar sua humilhação
diante de Deus (Dn 9.3). Nos tempos de Jesus, os fariseus jejuavam
dois dias por semana, dentro de sua demagogia farisaica (Lc 18.12).
Os mesmos costumavam se desfigurar e contristar para mostrar que
jejuavam. Cristo, no entanto, condenou esta prática hipócrita (Mt
6.16-18). Jesus nos ensinou que o jejum (Nesteia) é uma arma
poderosa contra o inimigo e todo tipo de espírito imundo (Mt 21.17).
É importante lembrar que aquele que oferece jejum ao Senhor possa
abster-se do mal e esteja em espirito de oração e meditação da
Palavra (Is 58.6-9). |