Os Juros da Preocupação!
Robinson
Grangeiro Monteiro
Brasil |
Brasileiro, pastor da
Igreja Presbiteriana de Tambaú, Brasil |
Stanley
Jones tem uma frase interessantíssima para os dias atuais. Ele
diz: “A preocupação é os juros antecipados que nós pagamos pelo
dia de amanhã”. Na verdade, preocupação significa ‘ocupar-se
antecipadamente’. É a versão extremada e patológica da boa
recomendação de não deixar para amanhã, o que se pode fazer hoje!
Todavia, que benefícios se pode tirar de uma preocupação? Nenhum!
Porque se o motivo da preocupação for algo impossível de ser
resolvido, então a preocupação é vã. Se o motivo for algo
solucionável, então a preocupação deveria dar lugar à elaboração
de um plano para resolvê-lo. Eu sei que na vida real, as situações
não são tão simples assim. Eu mesmo tenho as minhas preocupações.
A solução dos problemas que as provocam não depende somente de
mim, e mesmo quando depende, muitas vezes não tenho os meios, nem
as oportunidades de resolvê-los. A preocupação
é irmã gêmea da ansiedade. E quando o assunto é ansiedade, então
me lembro do que Jesus falou: “Não andeis ansiosos pela vossa
vida. Quem pode acrescentar um dia sequer à própria vida? O vosso
Pai Celeste sabe do que necessitais! Portanto, não vos inquieteis
com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus próprios
cuidados”. O remédio para a preocupação e para a ansiedade é a
confiança no cuidado paternal de Deus e na nossa dependência dele.
Isto não significa acomodação, nem alienação. Isto é fé. Fé que
nos permite trabalhar como se tudo dependesse de nós, e ao mesmo
tempo, orar porque tudo realmente depende de Deus.
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Os Livros dos profetas
Menores
Pedro
Pereira
Estados Unidos |
Português, membro
da diretoria, seminarista e diretor de Logistica. |
Profetas eram aqueles chamados por Deus para trazer uma mensagem ao
povo. Os sacerdotes entretanto, serviam de intermediários entre o
povo e Deus, oferecendo sacrifícios e ofertas de ação de graças!
Felizmente, no Novo Testamento já não necessitamos de um sacerdote
humano como nosso intermediário, pois agora, “só há um mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo” (1Tm 2.5). Os
livros proféticos ocupam 2/5 dos livros do A.T. sendo divididos
entre Profetas Maiores e Menores, de acordo com o volume dos seus
escritos. Ainda é de acrescentar que outros profetas e profecias
houveram, feitas na forma oral, e por isso não existe registro dos
mesmos. Os 12 profetas menores são: Oséias, Joel, Amós, Obadias,
Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias. O nome dos livros leva o nome do seu autor, e é de
destacar que os três últimos exerceram o seu ministério após o
cativeiro da Babilônia. Todos estes profetas tiveram o seu
ministério de 835 a 400 a.C., seguindo-se um período de silêncio de
400 anos, conhecido também por Período Interbíblico. Oséias,
cujo nome significa “Salvação”, profetiza sobre a condição do
povo judeu, seu pecado, o juízo divino e a restauração de Israel.
Deus ordenou ao profeta para casar com uma mulher de prostituições
(Os 1.2), a fim de ilustrar a infidelidade espiritual do povo.
Joel que significa “O Senhor é Deus”, é o profeta que
prevê o derramamento do Espírito Santo (Jl 2.28), citado pelo
Apóstolo Pedro no dia de Pentecostes (At 2.17-18). Amós
significa “carga”. O livro contém várias profecias contra as
nações vizinhas de Israel, e termina com a promessa da restauração
do remanescente e o seu regresso à Judá (Am 9.11). Obadias
que quer dizer “Servo de Jeová”, profetizou contra os
Edomitas por eles se terem aliado aos Caldeus contra Judá. Este
livro é o mais pequeno dos livros proféticos. Jonas ou
“pombo” é chamado por Deus para profetizar na cidade de Nínive,
capital da Assíria, para que se arrependessem de seus pecados,
mostrando assim a misericórdia divina para com todos os homens.
Jesus faz menção direta sobre o profeta em um de seus ensinos (Mt
12.41). Miquéias que tem como significado:
“Quem é semelhante a Jeová?”, prediz com exatidão a queda de Israel,
assim como a de Judá. Miquéias também profetiza a cidade natal do
Messias (Mq 5.2). Naum, que tem por significado
“consolo”, traz uma profecia de destruição para o império
Assírio e de consolo para o povo de Deus, sabendo que Ele é soberano
e que preserva a justiça no mundo. Habacuque, que significa
“Abraço ardente”, escreveu para ajudar o remanescente
compreender os caminhos de Deus. Adverte ainda o povo que “o justo
viverá pela fé” (Hc 2.4) e não pela razão ou entendimento humano.
Sofonias, que significa “O Senhor esconde”, traz a
profecia ao povo para o Juízo divino — “o Grande Dia do Senhor” (Sf
1.14), ou ainda “o Dia da Ira” (Sf 1.15). Ageu, cujo nome é
“festivo” em hebraico, traz a palavra para o povo, para o
governador Zorobabel, e para o sumo-sacerdote Josué; exortando-os a
reedificarem o Templo, e priorizarem a obra de Deus nas suas vidas (Ag
2.18). Zacarias, que significa “Jeová se lembrou”,
contem dois tipos de profecia: Para os judeus, advetindo-os a
perseverar na obra de Deus – reconstrução do Templo; e revelando as
promessas futuras para o povo, os últimos dias de Israel e a vinda
de Jesus em glória (Zc 14.2-4). Malaquias, ou
“mensageiro de Jeová”, tem seu ministério em mais um período de
declínio espiritual do povo Judeu. A decadência e indiferença
espiritual do povo era notória, apesar do Templo já estar
reconstruído. Sendo assim, Malaquias, o último dos
mensageiros da Velha Aliança, traz a profecia para o povo que à
medida que a sua fé diminuía, se tornara indiferente à
palavra, insensível à lei, e desobediente na contribuição para a
obra (Ml 3.8). |