Fort Lauderdale, Flórida, 05 de Janeiro de 2003 Ano XI  Lição Nº 01


 

NÃO ESTEJAMOS SOLITÁRIOS

Rev. Ézio Martins Lima Brasil

Brasileiro, pastor, professor e articulista.

"Não consigo dormir; pareço um pássaro solitário no telhado."  (Salmo 102:7 ). A solidão é uma visita indesejável. Ela entra sem pedir licença e incomoda sobremaneira. Quando, então, a solidão deixa de ser visita e se torna uma companhia constante, o coração parece chorar o sofrimento mais difícil de se suportar: aquele que se sofre sozinho. Quando, voluntariamente, decidimos visitar a solidão, ela se transforma em solitude. Solitude é estar só, mas não solitário. É estar só, mas com plena capacidade de estar em comunhão consigo mesmo e com Deus. Quem não consegue estar em solitude possivelmente sofrerá o terrível mal da solidão. E a pior tragédia que acomete aos solitários é o sentimento de vazio interior. Quando estamos vazios de sentido, quando perdemos o norte, a direção, então a solidão invade totalmente nosso ser e, por isso, entramos na crise da existência. A dor que lateja no coração solitário é a dor de estar desacompanhado de si mesmo. É sentir-se perdido dentro de si mesmo. Solidão existencial é a crise do ser humano diante de si mesmo. É a nossa incapacidade de lidar com aquilo que nos é peculiar. Caímos enfermos quando somos acometidos de solidão justamente porque a solidão é a presença da ausência, e sentir-se ausente de si mesmo leva o ser humano a crises cujas conseqüências são desastrosas. A solidão pode acometer-nos quando somos tolhidos da presença daquilo que mais amamos. Quando perdemos a presença daquilo a que damos o nome de "sentido da nossa vida", então a solidão invade e nos domina.  Quando perdemos as coisas e as pessoas, ou sentimos a ausência das coisas e das pessoas que amamos, então o nome perde o sentido por não encontrar o referencial do que é significado. O significante sem o significado torna-se, portanto, vazio. É aí que entra a solidão! É que a solidão é visita que só se faz companhia quando encontra uma casa vazia. A solidão, por isso, tem um aspecto extremamente positivo. Mostra-nos o desajuste no qual nos encontramos por não ter a presença daquilo ao que damos o nome de essencial. Resolver o problema da solidão, portanto, sugere ou que tenhamos aquilo que desejamos, ou que mudemos os nomes que previamente já programamos dentro de nós como essencial para nós. O segundo passo, claro, é  bem mais complexo, contudo pode ser o melhor caminho se o primeiro for inviável, haja vista que geralmente os solitários crônicos não sabem o real motivo da sua solidão. Dizem: "sinto-me sozinho, mas não sei o porquê." Ora, se não se sabe "o porquê", talvez seja por ele não existir mesmo. Alguns teóricos denominam isso de "solidão essencial." A cura para solidão essencial é dar sentido à existência. Damos sentido à existência quando reconhecemos que precisamos buscar a presença que nunca se faz ausente. Ora, não podemos dizer isso em relação às coisas e nem às pessoas, já que coisas podem ser perdidas, roubadas, quebradas, destruídas. As pessoas podem nos abandonar, rejeitar, trair. A Presença, portanto, que nunca se faz ausência é aquela que só podemos encontrar em Deus, na pessoa de seu Filho Jesus Cristo, que disse aos seus discípulos: "eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos." Note, ele não disse estarei, estaria ou estive, ele disse: ESTOU!

 

Vania DaSilva U.S.A.

Brasileira, missionária, professora e secretária da Igreja.

De conformidade com o dicionário de Língua Portuguesa, o substantivo feminino em questão é proveniente do Latim “probatióne que quer dizer: demonstrar com provas; testemunhar; submeter a prova; ensaiar; patentear; degustar para apreciar o estado ou o sabor de algo; padecer; e experimentar. A palavra provação é mencionada nas Escrituras Sagradas no sentido de testar e examinar. É importante realçar que a palavra “provação“ não é sinônimo de “tentação, porque a provação é proveniente de Deus e a tentação é proveniente do diabo. Fazendo uma analogia do tema em questão, podemos observar que todo o ser humano em sua vida quotidiana é provado para que seja aprovado, com o objetivo de adquirir maturidade. Por exemplo: Toda criança vai para uma escola primaria para aprender a ler e a escrever. A medida que ela passa de um nível para outro, ela aprende a informação básica para entender o próximo nível, isto falando sobre o conhecimento educacional. Mas a maturidade é adquirida pelo ser humano de conformidade com a experiência diária, passando por diferentes testes que as circunstâncias da vida lhe oferecem. Da mesma maneira, todo o cristão é provado para que seja aprovado, com o objetivo de que a sua fé seja provada e conseqüentemente aprovada por Deus, para aquisição de madurez espiritual. Este fato foi vivenciado por muitos homens de Deus relatados na Velha Aliança, nomeadamente: que era um homem temente ao Senhor, perdeu tudo que tinha, até mesmo sua saúde, mas não negou ao Seu Deus (Jó 13:15); Abraão que saiu da sua terra e da sua parentela sem saber para onde ia mas obedeceu sem questionar (Gn 12: 1-20); aceitando o desafio de oferecer seu filho Isaac em sacrifício, confiando que o Deus que ele servia, proveria o cordeiro em lugar de seu filho (Gn 22:7,8). Na Nova Aliança encontra-se uma lição de edificação, na vida de Pedro que era um autentico pescador. Entretanto, a Bíblia Sagrada narra que após o apóstolo Pedro e seus companheiros terem pescado a noite inteira sem conseguir apanhar nenhum peixe; ele passou na prova da obediência quando Cristo disse: “Lança a rede para outra banda do barco” (Lc 5:4,5). Em síntese, não existe crente maduro que não passe pela prova de Deus e que não vença a tentação do mundo, do inimigo e até mesmo da sua própria carne; porque a tribulação produz paciência até que o Senhor providencie o escape, e a provação produz madurez espiritual (II Tm 2:15).

UM HOMEM CHAMADO Jó

Vania DaSilva U.S.A.

Brasileira, missionária, professora e secretária da Igreja.

Texto Áureo da Lição

“Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal". (Jó 1.8)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: FAZE JÁ O SEU QUERER 440 da Harpa Cristã.

 

1.  As três grandes  virtudes da vida de Jó  
Homem piedoso: Jó1.1; 2.3
Homem justo: Jó 27.3-6; Ez 14.14;
Homem paciente: Jó 19.25-27; Tg 5.11;
2.  Os três grandes testemunhos de caráter de Jó
Para com sua família: Jó 1.5;
Para com seus amigos: Jó 2.12,13; 29.7-11; 42.8
 Para com seu Deus: Jó 1.22; 2.9-10; 5.17-18; 13.15
3.  Os três grandes ensinamentos do livro de Jó
Deus deve ser glorificado nas provas: Jó 1.20,21; At 16.23-25; 1Pe 4.12-14
Deus está no controle de todas as coisas: Rm 8.28; Is 55.8,9; Sl 115.3;
Deus recompensa os que nele confiam: Jó 42.10-12;

Texto da Lição:

Jó 1.1-5

 Jó 1.1 Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal.
2 E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
3 E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do Oriente.
4 E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
5 Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de
madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.


(ARC)