Fort Lauderdale, Flórida, 03 de Março de 2002 Ano X  Lição Nº 09


 

Diversificação da Mentira

Antônio Carlos Barro Brasil

Brasileiro, evangelista e articulista.

"Porque nenhuma mentira vem da verdade" (1 João 2.21). Uma das práticas mais constantes de todo ser humano é a mentira. É impressionante perceber que, nas mais diversas situações, a pessoa quando pressionada fala alguma mentira. Existem, inclusive, alguns pensamentos que fazem com que a mentira seja vista como algo necessário para o viver diário. É melhor uma mentira do que a verdade, que às vezes causa mal aos outros. Uma mentirinha de vez em quando não é tão ruim assim. Todavia, quando olhamos as Escrituras, aprendemos que toda mentira tem como ponto de partida o próprio Diabo. Ele é chamado de o pai da mentira. A Bíblia não diz se é uma mentirinha ou uma mentirona. Tudo aquilo que não é a verdade é simplesmente chamado de mentira. A mentira, nesse sentido, é trágica porque quando olhamos para Cristo, vemos que ele chama-se a si mesmo de a Verdade. Assim sendo, Cristo é a fonte da verdade, enquanto que o Diabo é a fonte da mentira. Qual deve ser o nosso posicionamento frente a mentira? Devemos fazer um compromisso sério e inquestionável com a verdade que Cristo. Ele deve nos ajudar a enfrentarmos todas as situações baseadas na verdade que ele veio revelar a nós: devemos rejeitar a mentira que vem daquelas pessoas que querem tão somente passar adiante as dissenções e maledicências. Não podemos ser cúmplices dessas pessoas e devemos deixá-las a sós nas suas mentiras. Outra coisa que devemos lembrar é que o mundo está posto no maligno. Ou seja, a estrutura do mundo é toda fundamentada na mentira, na dissimulação, na malícia. Isso deve levar a cada um de nós a ter muita cautela no nosso relacionamento com o mundo. Devemos buscar sempre a orientação de Deus na realização dos nossos negócios ou nas associações que fazemos no dia a dia. Cuidemos para não sermos apanhados com aqueles que estão usando da mentira para manter um sistema de opressão sobre os menos favorecidos da nossa sociedade. E assim, devemos sempre orar: "Senhor meu Deus, elimine do meu coração todo desejo de mentir e ajude-me a andar na verdade".

Corá

Mbaxi Divaldo Cabral Estados Unidos

Angolano, seminarista e secretário do Evangelismo

Os escritores da Bíblia Sagrada, em sua narrativa, mencionam a personagem em questão, como “Corá” ou “Coré”. O sujeito aparece 41 vezes nas Santas Escrituras. No quarto livro do Pentateuco, ele é caracterizado como um levita, de linhagem dos Coatitas, filho de Izar. Ao estudarmos a Bíblia Sagrada, veremos que Deus preparou a Moisés, fazendo-lhe passar por três dispensações em sua vida para libertar o povo de Israel, que por muitos anos tivera sido escravo de Faraó. Na terceira dispensação de sua vida, Moisés é ordenado por Deus a tirar o povo do Egito e levá-lo a terra de Canãa, da qual mana leite e mel. Porém, durante a sua peregrinação, Corá, Datã e Abirão não se conformaram com a separação de Arão para o sacerdócio, rebelando-se eles contra Moisés e Arão (Nm 16:3). Para provar a soberania de Deus na escolha de Arão, Deus fez com que a vara de Arão floresce entre todas as outras varas colocadas diante de sua presença. Existem pelo menos cinco motivos pela qual Deus não suporta a rebelião: 1º Porque é semelhante ao pecado de feitiçaria (I Sm 15:23); 2º Porque Deus não tolera esse tipo de atitude (Ex. 23:21); 3º Porque é uma doença crônica (Dt 31:27); 4º Porque ela conduz o homem à escravidão (Ne 9:17); e 5º Porque a rebelião é contra a lei de Deus (Os 8:1). De conformidade com a Palavra de Deus, constataremos que muitos homens tiveram um fim muito triste por terem ido contra a vontade de Deus, mencionadamente: o rei Saul que não foi obediente suficiente para esperar o profeta Samuel ao entregar o sacrifício (I Sm 15:28 ); o rei Uzias ou Amazias que começou a governar com 16 anos, sendo usado tremendamente por Deus, tornando-se um grande monarca. No entanto, deixou que o inimigo falasse a sua mente, e por conseguinte atingisse o seu coração, ao se ensoberbecer a ponto de queimar incenso diante de Deus no Lugar Santo em lugar do sacerdote. Sua desobediência e orgulho o levou a ser castigado por Deus. E, ainda leproso, não se arrependeu até a hora de sua morte. (II Cr 26:16-21); Sansão, um nazireu, que fora chamado por Deus para proteger o seu povo, nunca obedeceu ao Senhor que lhe chamara, abolindo o voto de nazireado na revelação do segredo da sua força a Dalila. Não demostrou arrependimento, e na hora de sua morte disse: “morra eu com os filisteus” (Jz 16). Fazendo uma retrospectiva da narrativa da vida de Coré e homens semelhantes a ele, tiramos lições para nossa própria vida como: 1º Nunca devemos sentir ciúmes de alguém que esteja sendo usado por Deus, como aconteceu com Saul ao ver Davi derrotar a Golias (I Sm 18:7-8);O obedecer é melhor que o sacrificar (I Sm 15:22). Em suma, toda rebelião tem uma punição divina, por isso é que quando os rebeldes se prepararam para oferecer incenso, a ira de Deus se acendeu sobre eles, e depois quando Moisés começou a interceder pelo povo, Deus abriu a terra e os destruiu com fogo, ele e os duzentos e cinquenta homens que o seguiam (Nm 26:9-10).

 

A REBELIÃO E A CONTRADIÇÃO DE CORÁ

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, missionária, professora e membro da Diretoria.

Texto Áureo da Lição

“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria” (1 Sm 15.23).


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: IRMÃOS AMADOS - 175 da Harpa Cristã.

 

  Ouça a Mensagem da Semana no Púlpito

1. O comportamento do rebelde
Todo rebelde é confrontador: Nm 16.3; Ez 2.4,5; Mt 12.24.
Todo rebelde é murmurador: Nm 16.11; Jd 16; Sl 106.24,25.
Todo rebelde é desobediente: Nm 16.12; 1Sm 15.11,22; 2Cr 26.19.
2. A usurpação do rebelde
Tenta usurpar o reino - igreja: 2Sm 15.4; 3Jo 9,10.
Tenta usurpar o ofício - posição: 2Cr 26.16,18; Nm 16.10.
Tenta usurpar o coração do povo: 2Sm 15.5,6; Rm 16.17,18.
3. A contradição do rebelde
Contra o ministério instituído por Cristo: Nm 16.3, 9; Ne 6.12,13; Ef 4.11,12.
Contra a unidade do rebanho: Nm 16.9; Ef 4.3; 1Co 1.10; Jd 19.
Contra a ordenança divina: Nm 16.11; Ex 16.7; Os 13.9.
 

Texto da Lição:

 

Jd 1:11; Nm 16.1-3, 23-35

 Judas 1:11 Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na
contradição de Corá.

Números 16:1-3,23-35 E Corá, filho de Izar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben,
2 e levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinqüenta homens dos filhos de Israel, maiorais da congregação, chamados ao ajuntamento, varões de nome.
3 E se congregaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Demais é já; pois que toda a congregação é santa, todos eles são santos, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do SENHOR? 23 E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: 24 Fala a toda esta congregação, dizendo: Levantai-vos do redor da habitação de Corá, Datã e Abirão. 25 Então, Moisés levantou-se e foi a Datã e a Abirão; e após ele foram os anciãos de Israel. 26 E falou à congregação, dizendo: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes ímpios homens e não toqueis nada do que é seu, para que, porventura, não pereçais em todos os seus pecados. 27 Levantaram-se, pois, do redor da habitação de Corá, Datã e Abirão. E Datã e Abirão saíram e se puseram à porta das suas tendas, juntamente com as suas mulheres, e seus filhos, e suas crianças. 28 Então, disse Moisés: Nisto conhecereis que o SENHOR me enviou a fazer todos estes feitos, que de meu coração não procedem. 29 Se estes morrerem como morrem todos os homens e se forem visitados como se visitam todos os homens, então, o  SENHOR me não enviou. 30 Mas, se o SENHOR criar alguma coisa nova, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao sepulcro, então, conhecereis que estes homens irritaram ao SENHOR. 31 E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra que estava debaixo deles se fendeu.
32 E a terra abriu a sua boca e os tragou com as suas casas, como também a todos os homens que pertenciam a Corá e a toda a sua fazenda. 33 E eles e tudo o que era seu desceram vivos ao sepulcro, e a terra os cobriu, e pereceram do meio da congregação. 34 E todo o Israel, que estava ao redor deles, fugiu do clamor deles; porque diziam: Para que, porventura, também nos não trague a terra a nós. 35 Então, saiu fogo do SENHOR e consumiu os duzentos e cinqüenta homens que ofereciam o incenso.
(ARC)