A face Velha da Nova era!

A proposta dos mestres gnósticos era um sincretismo religioso, misturando filosofia oriental, misticismo, neoplatonismo e religião cristã. O gnosticismo é a primeira tentativa de uma filosofia cristã, tentativa conduzida sem rigor sistemático. A principal doutrina do gnosticismo era o alcance da salvação através do conhecimento (do Grego, gnôsis). A principal corrente das idéias gnósticas foi o espiritualismo neoplatônico de Filo de Alexandria. Os principais mestres gnósticos foram Marcião, Basílides e Valentim, Bardesane e Carpócrate. Havia vários centros de disseminação dessas heresias em muitas partes, tanto no Oriente quanto no Ocidente. O gnosticismo cristão era basicamente uma forma de heresia sobre a pessoa de Cristo, aplicando termos teosóficos pagãos. Vários cristãos inteligentes se levantaram para combater essa forma de expressão religiosa, que minava o fundamento da fé cristã, visto que para os mestres gnósticos Jesus era apenas uma aparência de homem, não era homem carnal: 1 Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. 2 Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; 3 e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo. 4 Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. 5 Do mundo são; por isso, falam do mundo, e o mundo os ouve. 6 Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro. (Primeira epístola de João, capítulo 4:1-6). Observe na perspectiva do autor sagrado quem é caracterizado como tendo o espírito do Anticristo. A Epístola de João revela que a heresia gnóstica já perturbava a sã doutrina no início da fé cristã. No tocante ao cristianismo, o gnosticismo consistia essencialmente, na tentativa de fundir as revelações dadas por meio de Cristo e seus apóstolos com os padrões de pensamento já existentes. Se por ventura o gnosticismo tivesse sucesso nessa tentativa, o cristianismo tornar-se-ia apenas mais outro culto misterioso greco-romano. Através dos séculos o gnosticismo tem sobrevivido, aqui parecendo ter se recolhido às sombras, ali reaparecendo com vigor  sob novos e diferentes nomes e disfarces. O movimento Nova Era, por exemplo, é nada mais que o atual e multifacetado reavivamento do Gnosticismo. As idéias básicas e o espírito do Gnosticismo e da Nova Era permeiam várias religiões, filosofias, artes e para-ciências, abrangendo termos tais como: acupuntura, adivinhação, alienígenas, alquimia, amuletos, aromaterapia, astral, astrologia, aura, bio-realimentação , bruxaria, cabala, canalização, clariaudiência, clarividência, consciente coletivo, contatos imediatos de terceiro grau, cristais, cromoterapia, despachos, duendes, energia cósmica, engenharia genética, espíritos guias, estados alternados de consciência, eugenia, evolucionismo, extra terrestres, fadas, fascismo, feitiçaria, fotografia kirliana, genoma, gurus, hipnose, holístico, homeopatia, humanismo, ioga, iris-terapia, kardecismo, karma, kundalinio, maçonaria, magia, magia negra, mágica, mantra, marxismo, medicinas alternativas, mediunidade, melhoria racial, mestre ascendido, metafísica, misticismo, monismo, naturalismo, nazismo, necromancia, nirvana, numerologia, oculto, panteísmo, paranormalidade, pedra filosofal, pensamento positivo, percepção extra-sensorial, poder da mente, poder da palavra, psicocinese, quiromancia, reencarnação, samadi, símbolos gráficos e sonoros, sincretismo, sincronicidade, sinergia, sintropia, sortilégios, tantara, tao, tarô, teísmo, telecinese, telepatia, transe, visão global, yang, ying, zen, zodíaco. A encarnação do próprio inferno! Que  Deus conceda discernimento e autoridade aos seus servos para combater esta contemporânea e diabólica soda cáustica espirtual — a face velha da Nova Era!

Doutrina

Doutrina - Ensino ou Instrução. Conjunto de princípios em que se baseia um sistema religioso, político ou filosófico.  Jesus acautelou seus discípulos acerca da doutrina dos Fariseus, ou seja,  do conjunto de ensinos nas quais eles se apoiavam (Mt 16.12).  Quando Jesus esteve na terra, ele deixou a todos admirados com sua doutrina, por causa dos ensinos que trazia, como também pela autoridade com que Ele os trazia (Mt 7.28,29). Jesus usava muitas vezes parábolas para ensinar a Sã Doutrina (Mc 4.2). A Bíblia nos mostra que uma doutrina pode proceder do coração do homem, que, quando aplicada no sentido religioso na verdade afasta o homem de Deus, como bem apontou Jesus quando disse: "Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens" (Mt 15.8,9). Uma doutrina também pode proceder de demônios, que, não somente afasta o homem de Deus como pode também levá-lo a apostasia.  Na primeira carta a Timóteo, o Apóstolo Paulo escreve que "...o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" (I Tm 4.1).  A Bíblia nos admoesta que nos cuidemos em relação a doutrinas que não tem base bíblica quando se refere a elas chamando-as de "vento de doutrina" (Ef 4.14). Existe a doutrina que procede de Deus, a qual chamamos Sã Doutrina.  Esta é baseada na Bíblia Sagrada conforme aponta mais uma vez o Apóstolo Paulo ao alertar Timóteo acerca dos homens e "para o que for contrário à sã doutrina, conforme o evangelho da glória de Deus bem-aventurado, que me foi confiado” (I Tm 1.10,11).  Jesus revela claramente que a Sã Doutrina provém do próprio Deus ao dizer "...A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.  Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo" (Jo 7.16,17).  A  Sã Doutrina é o conjunto de todas as doutrinas encontradas nas Escrituras Sagradas (Hb 6.2). Paulo ainda alerta que em tempos como os nossos, muitos se endurecem e não aceitam a Sã Doutrina ou se desviam dela (II Tm 4.3).  A Sã Doutrina também é conhecida como a "Doutrina dos Apóstolos" (At 2.42).  Paulo exorta-nos a afastar-nos dos que, na Igreja, são contrários a Sã Doutrina (Rm 16.17).  Paulo ainda instrui Timóteo (e a todos os crentes em consequência) a cuidar da Sã Doutrina para que esta não se corrompesse em seu coração pelos "ventos de doutrina" citados acima, podendo assim conservar são tanto a ele, como a todos os que estivessem com ele (I Tm 4.16).  A Bíblia ainda nos mostra a importância de nos aprofundarmos a cada dia na Sã Doutrina, caminhando assim para a perfeição (Hb 6.1).