Graça Inefável!
Rev.
Eronides DaSilva
U.S.A. |
Brasileiro, pastor,
professor, conferencista
e escritor. |
"A
minha graça
te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza".
(1 Co 12:9). Em seu livro “A síndrome de Aquiles”, o jornalista Mário Rosa faz
reflexão sobre sua experiência no inferno das crises que arrastam consigo aquilo
que é mais precioso nas pessoas públicas: a reputação. Mas, também, deixa
claro que todos estão vulneráveis neste mundo globalizado, onde o privado se
torna objeto de todos.
Reconhecemos que todos temos um calcanhar de Aquiles, que tocado pode ocasionar
uma súbita inversão de valores, uma destruição de imagem. E isto pode acontecer
com as melhores famílias, ministérios, personalidades públicas ou clericais.
Quando acontece um incidente triste, decepcionante entre os evangélicos, por
exemplo, infelizmente observamos que a postura
contra estes se limita à crueldade e
a um feudalismo sem fim. Sem fim porque são
marcas que perseguem a vítima até o
apagar de suas luzes! Mas, em nome da moralidade e
bons costumes, o ostracismo é o melhor lugar para
a vítima, para aquele que erra. Não desejo
defender a graça irresponsável que significa justificação dos pecados, e não do
pecador. Deve existir por parte dos
vitimados um arrependimento sincero e leal
diante do Deus das misericórdias, do perdão e do amor. Um Deus que não se
decepciona com os nossos pecados, embora se entristeça, pois sabe que somos
pecadores em potenciais,
podendo falhar a qualquer momento. Sabe
ele que
fazemos o que já foi produzido em nossos corações, pois aos grandes
homens os grande erros! Quão bom seria se os ministros do Evangelho, as
instituições e denominações fossem repletas da
maravilhosa
graça,
que vai ao encontro do pecador nos momentos que ele mais necessita! No entanto,
será
que compreendemos que todos somos iguais, sujeitos a
todas as assertivas humanas ou diabólicas? Há entre os líderes evangélicos
e igrejas o discernimento real
a respeito da
graça e sua manifestação? Pois, quando olhamos às nossas ribaltas
eclesiásticas, constatamos, irrefutável, de que estamos distantes de vivenciarmos o que entendemos ser a
graça de Deus. O tradicionalismo e
o condicionamento nas instituições evangélicas têm conduzido seus membros a
se classificarem
numa certa escala
de pecados: uns para morte, outros para sustentação do status quo. Pergunto, será que
esta
graça inefável
e Divina realmente nos basta e
nos satisfaz como entoamos em nossa tradicional
liturgia? O texto em apreço diz: basta! Nesta perspectiva posso assegurar que
não existe imagem destruída. Não há integridade manchada para sempre, aleluia!
Talvez, só na forma de agir da igreja que sofre os males de uma sociedade em
decadência. Parece-nos que há um processo dinâmico na
graça
que age no homem
fraco, com a imagem moral e sentimentos afetados. Em meus anos de ministério,
lidando com igrejas de diversificada composição étnica, tenho percebido duas
possibilidades: a primeira, é que a
graça — a ação dinâmica de Deus, se
agiganta no homem à medida que ele precisa de restauração e força. A segunda
premissa, é que quanto maior for a fraqueza do homem, quanto mais catastróficas
forem as rupturas e as erosões da sua imagem enquanto servindo a Deus, mais a
graça é refletida
em sua vida e evidenciada para o mundo. É na fraqueza que a
graça
restauradora é sentida em todas as esferas, fazendo do moribundo um exemplo de
credibilidade e
invejável integridade!
Minha oração e voto é que as
nossas Assembléias de Deus não sejam agências de inquisição, detentoras de
toda pureza e saber, mas que tenham a coragem e ousadia de ser objeto e
veículo,
por excelência,
da inefável
graça
de Deus!
|
Nascimento
Vania
DaSilva
U.S.A. |
Brasileira, missionária,
professora e membro da Diretoria. |
Gennesis (grego) gerar,
produzir, conceber. Hoje, como nos tempos antigos, o nascimento é
uma ocasião muito importante. O primeiro mandamento de Deus para
Adão e Eva foi o de frutificar, multiplicar e encher a terra (Gn
1:28). Para os judeus, este mandamento era de suma importância e
privilégio. Ao se casar, a familia da esposa pronunciava uma bênção
sobre ela, e lhe desejava que tivesse muitos filhos (Gn 24:60; Rt
4:11,12). Os filhos não somente eram considerados como possessão,
mas também como herança (Sl 127:3). Em uma simbologia, o salmista
compara os filhos como plantas de oliveira (Sl 128:3) e como flechas
na mão do valente (Sl 127:4). Segundo a Bíblia, a vida começa no ato
da fecundação (Sl 139:14-16; Jr 1:5). As parteiras davam assistência
ao nascimento (Gn 35:17), principalmente se fossem gêmeos para
identificar o primogênito (Gn 38:28). O cordão umbilical era
cortado, e a criança então era limpa com água, esfregada com sal e
envolta em panos (Ez 16:4). A mãe era considerada ritualmente impura
por um período de 40 dias, se desse luz a um menino; e por 80 dias,
se a uma menina. As Escrituras relatam sete mulheres que eram
estéreis, e que receberam de Deus a bênção de conceber: Sara, Rebeca,
Raquel, esposa de Manoá, Ana, Sunamita e Isabel. Porém, de todos os
nascimentos, o mais precioso foi o do nosso Senhor Jesus, o qual foi
anunciado pelos profetas e finalmente cumprido, a fim de que hoje
pudéssemos ter vida com abundância e sermos participantes e de sua
glória. |