O Pesadelo Americano!
Eronides DaSilva
U.S.A. |
Brasileiro, pastor,
conferencista, professor e articulista. |
Na manhã de
terça-feira, onze de Setembro de 2001, acordei com um sentimento que a Terceira
Guerra Mundial — Primeira Guerra do Fim — já havia começado (Ezequiel
38:1-12). Os dois edifícios, World Trade Center — os
gêmeos,
plantados no coração de Nova Iorque, haviam sido explodidos! A princípio,
olhando as notícias da televisão, pensava se tratar de uma
implosão
técnica proposital ou um acidente causado por um amador. Estava equivocado!
Alguns fanáticos, membros de células política-religiosas, e comandados por
patrocinadores em países contrários à democracia americana, ao Judaísmo e ao
Cristianismo, os destruíram. As
6.500 vidas inocentes brutalmente ceifadas,
representam o maior
genocídio da história moderna dos
Estados Unidos!
A
humilhação do primeiro país do mundo,
juntamente com os demais
sessenta representados por suas vítimas, a maioria deles, engenheiros, médicos,
executivos, técnicos em ciências exatas e humanas, secretárias e servidores,
chocou-me!
Vivi um real pesadelo!
Meia dúzia de
fanáticos, usurpando a nossa tecnologia e bem-estar, hospedando-se no paraíso do
Sul da Flórida, portando simples armas brancas, passaram indeléveis pela
segurança dos nossos aeroportos domésticos. Em pleno
vôo,
renderam
a tripulação e mataram
os pilotos, comandaram as naves e se dirigiram para o mergulho
suicida
fatal
contra os edifícios
gêmeos,
símbolos da grandeza
tecnológica
e prosperidade americana! O
atentado terrorista que destruiu
os dois edifícios World Trade Center,
e com eles, mais seis vizinhos, e
parte do
Pentágono,
fez-me lembrar que nem o nosso cinturão de defesa contra mísseis nucleares, nem
o simples programa popular
anti-terrorista,
nos protegerá destes
horrendos
pesadelos ou infernos terrestres, mas unicamente o
fato de voltarmos, arrependidos, a depender de Deus, como Nação e como igreja!
A nossa casa ficou
vulnerável, e a América dos anos
setenta
que conheci, não existe mais. Sinto
saudades dos supermercados e bancos que não possuíam
câmaras
de vigilância; das lojas que nos cediam a mercadoria sem se preocuparem com
a apresentação
do
cartão de crédito;
das mercadorias expostas nas
calçadas;
das
Escolas
Dominicais que nos faziam lembrar os antigos acampamentos, onde
densa era
a glória de Deus; dos pregadores que transpiravam santidade por dentro e por fora;
dos programas de televisão sadios, que podiam ser assistidos com os menores da
família; dos chefes públicos que zelavam pela Constituição e pelas verdades
exauridas das Escrituras Sagradas; das orações feitas em cada escola pública, no
início de cada aula!
Hoje, para nossa tristeza sepulcral, a maioria dos nossos templos tornaram-se em
plataforma de
entretimento
evangélico, onde o cantor e o pregador tornaram-se
num
ícone;
as
heresias dos diferentes credos tomaram forma religiosa oficial; os negócios
das nossas empresas tornaram-se amorais; a mentira não faz mais os
negociantes, os políticos, os clérigos, os presidentes e governadores ficarem
com suas maçãs coradas;
as convenções não mais traçam linhas
demarcatórias
doutrinárias, mas sim políticas; as ribaltas dos
tele-evangelistas,
mudaram de um ministério para ganhar e
discipular
almas, para um meio espúrio de angariar fundos e atenuar as
síndromas
emocionais dos
milhares que andam à vândalo neste imenso país!
As nossas fronteiras estão desprotegidas e nossos corações sangrando. Temos
medo, trememos por dentro e por fora!
"Se o
Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não
guardar a cidade, em vão vigia a sentinela", ainda
é a nossa esperança!
Sim, devemos
urgentemente voltar para Deus como Nação, mas sobre tudo como igreja! Como
igreja não temos dado um bom exemplo a esta Nação, como fizeram os nossos
ancestrais: nós nos transformamos em políticos, engajados em negócios, e
obstinados pela fama e poder. Ao invés de apresentarmos ao mundo um cristianismo
talhado na simplicidade do Evangelho, nos tornamos, em todo o sentido, mais
mundanos do que os do mundo! A
Nação
tornou-se tolerante ao homossexualismo, ao ateísmo,
ao eufemismo,
ao misticismo, à pornografia, à política interesseira e ao
racismo porque nós nos acomodamos a este vil estilo de vida!
Lavamos
nossas mãos!
A nossa
glória fugiu de nós como a água flui pelas nossas mãos! No entanto, e para o
nosso pesar, quando acontece uma tragédia como esta ao nosso povo trabalhador,
inocente e de boa índole, convenientemente mudamos as nossas vestes, bronzeamos
as nossas faces e, assentados
irresponsavelmente com os mentores religiosos do
Islamismo,
Budismo,
Catolicismo,
Judaísmo,
Hinduísmo, Mormonismo, Jeovismo
e, olhando para este mar de vitimadas criaturas, pedimos que orem, façam
vigílias, tomem momentos de silêncio,
acendam velas
e jejuem! Uma lástima, uma vergonha!
Nosso sal a muito não oferece mais
sabor ao mundo; nossa luz não brilha mais o
trajeto de
nossa Nação! Deus abençoe a América, Deus guarde a sua amada igreja,
pois, “e se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e
buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos
céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”
(2Crônicas 7:14)!
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A Vida Cristã
Maria
Aparecida Ghigliotty
U.S.A. |
Brasileira, seminarista e professora da E. Dominical. |
A vida cristã é revelada através
das virtudes caracterizadas na pessoa de Jesus, no seu ministério e
nos seus ensinamentos. Essas virtudes são evidenciadas no dia-a-dia
da vida do próprio crente e no seu relacionamento com os demais. Com
relação a fé, o cristão a expressa através de sua submissão e
obediência: 1) A Deus - Esse exemplo nos deixou Jesus, pois sendo ele
em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas
aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante aos homens; e achado na forma de homem, humilhou-se a si
mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz. 2) A Cristo - De
igual maneira devemos submeter-nos a Ele para que possamos ser
aperfeiçoados e cumprirmos a sua vontade (Hb 11:20,21) e seus
propósitos (1Pe 1:9). 3) A Palavra - Para manifestação do seu poder (Lc
5:5); para dar direção espiritual até o dia de nossa redenção (Sl
119:105). A Bíblia é a regra de fé e prática de cada cristão. 4) O
cristão, também, é exortado a ser obediente e fiel, pela virtude
moral, aos seus líderes eclesiásticos, os quais devem ser imitados (Hb
13:7,17); aos governos (1Pe 2:13,14); e aos senhores (Ef 6:5,6). No
relacionamento social, o cristão tem muitas oportunidades para
expressar, através de suas ações, a condição de um coração cheio de
amor, pureza e compaixão. Através do amor fraternal ele é
distinguido como verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 13:34,35). Sem a
prática desse amor, tanto os dons espirituais como a realização de
boas obras perdem seu valor (1Co 13). A hospitalidade é uma grande
oportunidade para servir a igreja. Deixar de exercitá-la pode
revelar ausência de vida espiritual, pois, essa atitude é repleta de
alegria na ação de quem dá com prazer. Ela não está restrita
unicamente aos irmãos na fé, mas também se aplica aos estranhos (Hb
11:2); aos pobres (Lc 14:13), e até mesmo aos inimigos (Rm 12:20).
Na prática da beneficiência está inserido o exercício da compaixão,
pela qual o crente se identifica com os maltratados e encarcerados,
seja pela dor (a viúva de Naim); pelos demônios (o gadareno); pela
aplicação das leis humanas (Hb 13:6,16); ou na ausência de recursos
humanitários (Mt 14:16). Nessa área ele compartilha os seus bens com
os necessitados, evangeliza os perdidos e o nome do Senhor é
glorificado. Na sua vida familiar o cristão recebe o mandamento de
velar pelo bem estar de sua família e pela santidade do seu
casamento, não desprezando os ensinamentos do Senhor (Hb 13:4; Ef
5:3; Cl 3:5). Além do respeito e da consideração mútua, Deus exige o
leito sem mácula. O cristão deve sempre lembrar que ele é o sal e a
luz do mundo. Ele deve analisar sempre todas as áreas de sua vida à
luz das Escrituras, porque ele é uma carta aberta que deve ser de
benção e edificação (Rm 14:13,19). Caso contrário, ele é amaldiçoado
por Deus. "E disse aos discípulos: É impossível que não venha
escândalos, mas ai daquele por quem vierem! ...Olhai por vós mesmos"
(Lc 17:1,3a).
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