Confiando no Senhor
Paulo Roberto
Barbosa Brasil |
Brasileiro, seminarista e professor. |
"Vai ao mar: lança o anzol.
Tira o primeiro peixe que subir e, abrindo-lhe a boca, encontrarás
um estáter: toma-o, e dá-lho por mim e por ti" (Mateus
17.27). Numa classe de crianças foi contada a impressionante
história de Jesus e de Pedro, resolvendo um problema sobre
pagamento de impostos, através de uma moeda encontrada na boca
de um peixe. O pequeno Raul ficou cheio de esperanças,
lembrando-se da multiplicidade de problemas financeiros que
envolviam sua pobre mãe viúva. Quanto mais o menino pensava na
maneira como se desenrolou a história que ouvira, mais ele ia se
convencendo de que Jesus poderia hoje fazer coisa semelhante por
eles. E tanto insistiu nesse pensamento que, esvaziando o seu
cofrezinho, juntou as poucas moedas que havia economizado e foi
correndo à peixaria mais próxima. Ali, ele se dirigiu ao rapaz
que atendia aos fregueses, pedindo-lhe: Quero comprar um peixe dos
maiores que houver. O moço, gentilmente, explicou que os peixes
maiores custavam bastante mais caros. Vendo, então, que o dinheiro
que levava não seria suficiente, Raul pensou um pouco e por
fim acrescentou: Moço, na verdade eu preciso apenas de uma cabeça de
peixe. Ah, isso se arranja facilmente, disse o peixeiro, e posso
lhe conseguir uma bem grande, por um preço bastante pequeno!
Efetuando a compra, o garotinho saiu radiante de alegria, na certeza
de estar dando os passos finais na solução de tantas dificuldades.
Correu, levando pra casa a cabeça do peixe embrulhada num pedaço
de jornal. Na cozinha, ele a colocou sobre a mesa e foi procurar a
mãe, para agora lhe contar sobre a história que ouvira a
respeito de Jesus. Relatou-a com todos os detalhes e por fim,
exclamou: mamãe, pode estar certa de que agora vamos pagar todas
as nossas dívidas! Logicamente não havia nenhuma moeda na boca
do peixe, como esperava o pequeno órfão. Esse fato veio abalar
a fé da criança naquele momento. Porém, ao limpar a
mesa, casualmente a mãe deparou com o seu nome impresso no pedaço
de jornal que embrulhava a cabeça do peixe. Lendo com atenção,
ela tomou conhecimento de que se tratava de um anúncio que
certo advogado fizera publicar, convocando-a ao seu escritório, a
fim de lhe comunicar a respeito de uma herança que lhe fora
deixada por um parente que acabara de partir. Inacreditável!
Surpreendente! O milagre esperado pelo menino acabou acontecendo,
embora de forma diferente. De joelhos, mãe e filho deram graças
ao Senhor pelo socorro que tão oportunamente lhes enviava. Nem
sempre Deus responde às nossas súplicas de maneira que esperamos,
nem por vias tão diretas ou processos semelhantes a outros já
acontecidos, porém, felizes e venturosos são aqueles que nele
confiam. |
Moisés
Paulo Alves
Renato
E.U.A. |
Brasileiro, presbítero, professor e membro da Diretoria. |
Moisés era filho de Anrão e Joquebede (Ex 6.20), da tribo de Levi.
Ele nasceu no tempo em que Faraó, rei do Egito, decidiu matar todos
os meninos recém-nascidos, devido ao número de judeus que crescia
grandemente. Joquebede para o proteger, colocou-o num cesto de
juncos aborda do Rio Nilo. Salvo pela filha de Faraó, a qual o
adotou dando-lhe o nome de Moisés, que significa: "tirado das
águas", ela o educou no palácio, o qual foi instruido em toda a
ciência dos egípcios (At 7.22). Na qualidade de libertador e
legislador dos judeus, Moisés foi fiel no seu ministério. Apesar de
ter tido uma criação egípcia, no entanto ele era consciente de sua
hereditariedade judaica, ao ponto de defender um dos judeus que
estava sendo ferido por um egípcio, matando-o e o escondendo na
areia (Ex 2.11,12). Fugindo deste episódio para a terra de Midiã,
casou-se com Zípora, filha de Jetro (Reuel), e tornando-se pastor
dos rebanhos de seu sogro (Ex 2.21). Desta união, Moisés teve dois
filhos, aos quais nomeou de Gerson (peregrino fui em terra estranha)
e de Eliezer (o Deus de meu pai foi minha ajuda) (Ex 18.3,4). Moisés
como porta-voz de Deus, recebeu a ordem de livrar o povo de Israel
do Egito, que vivia numa escravidão constante. De uma raça escrava e
sob as maiores dificuldades, Deus forma uma nação poderosa que se
destaca no Antigo Testamento como nação escolhida por Deus (Dt
8.15). Moisés era um homem cujas obras eram acompanhadas de sinais e
maravilhas e cujas palavras eram confirmadas pelo Senhor - um
verdadeiro profeta de Deus. A Bíblia nos relata que nunca se
levantou em Israel profeta como Moisés, com quem o Senhor falava
face a face. Este que por mandato do Senhor, fez na terra do Egito,
a Faraó, a todos os seus oficiais e aos olhos de todo Israel,
grandes e terríveis feitos (Dt 34.10-12). A vida de Moisés pode ser
estudada em três etapas de 40 anos: 1º Os anos no Egito; 2º Os anos
em Midiã; 3º Os anos com Israel no deserto. Após guiar o povo de
Israel pelo deserto, Moisés se despede do povo que fica à entrada
de Canaã com seu último canto (Dt 32), e sobe por mandado do Senhor,
ao cume do Monte Nebo (Pisga). Dali, o Senhor mostra toda a Terra
Prometida, a qual mana leite e mel, que apesar de almejá-la, não
teve o direito de entrar, devido ao conflito em Cades-Barnéia,
quando feriu a rocha (Nm 20.10-12; Dt 3.25-28). Aos 120 anos, Moisés
morre e seu corpo é tomado pelo Senhor (Jd 1.9). |