Fort Lauderdale, Florida, 01de Julho de 2001 Ano IX  Nº 27


 

O Valor de Uma Testemunha

Maria Aparecida Ghigliotty E.U.A.

Brasileira, seminarista e professora.

O testemunho de alguém pode ser tanto para condenar como para absolver uma pessoa. O ser humano tende a aceitar com facilidade uma palavra de acusação de uma só pessoa, e por isso, se faz necessário uma investigação minuciosa do caso. A lei mosaica determinava que todo julgamento deveria ter o testemunho de duas ou três pessoas, onde era feito o interrogatório para a veracidade dos fatos e sentença do caso. Durante o curso de nossas vidas, todo ser humano, de uma forma ou de outra, se encontrará diante de uma acusação. Jesus, apesar de ser um homem santo e perfeito, enfrentou várias vezes essa situação, até que o condenaram à morte — o julgamento mais injusto da história! Houveram falsas testemunhas contra ele, os quais o acusavam de blasfemo por ele declarar ser o Filho de Deus. Apesar da inerrância bíblica, desde seu tempo até os dias atuais, encontramos grupos que negam a sua deidade. No entanto, Jesus durante o seu ministério terreno recebeu melhor testemunho, por aqueles que o exaltaram eternamente. No mundo físico, sua primeira testemunha foi João Batista, o qual pregava: "O que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu" (Jo1:15). Quando ele viu Jesus no Jordão, disse: “E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espirito, e sobre ele repousar, esse e o que batiza com o Espirito Santo." (vv33); "E vi o Espirito descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele" (vv32). "E eu vi, e tenho testificado que este e o Filho de Deus" (vv34). Sua segunda e mais excelente testemunha foi a espiritual dada pelo próprio Pai: "Tu és o meu Filho Amado, em quem me comprazo" ( Mc 1:11); "...Este é o meu Filho Amado; a ele ouvi" (Mc 9:7); "Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei" (Sl 2:7). Até o reino das trevas teve de assumir a verdadeira identidade do Filho de Deus: "Ah! que temos contigo, Jesus nazareno? Bem sei quem és: O Santo de Deus" (Mc 1:24); "Que temos nós contigo, Jesus Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo”? (Mt 9:29); "Que tenho eu contigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes" (Mc 5:7). Jesus é santo, exerce autoridade divina, e domina de geração a geração, no mundo visível e invisível. Precisará alguém ouvir outro testemunho? Se a terra, o céu, e o inferno já testemunharam, que mais prova poderá existir? Menciono então o testemunho dos profetas? Eles inquiriram e trataram diligentemente sobre a graça (Jesus) de Deus. "Porque um menino (filho de Maria) nos nasceu, um filho (de Deus) se nos deu..." (Is 9:6). O amado Dr. Lucas escreveu: “Tendo pois muitos empreendidos por em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciara desde o principio e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descreve-los a ti, o excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o principio, para que conheças a certeza das coisas de que já estas informado" (Lc 1:1-4).  O apóstolo Pedro, diante do sinédrio, depois de ter sido por eles proibido de anunciar a Cristo, disse-lhes: " Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido" (At 4:20). A todas essas provas, acrescentamos os milhares de testemunhos da histórica igreja: Jesus é o Filho de Deus e o meu testemunho é verdadeiro.

Epístola aos Hebreus

Vania DaSilva E.U.A.

Brasileira, Missionária, Professora e Membro da Diretoria.

  Sendo o décimo-nono livro do Novo Testamento, a Epístola aos Hebreus é única dentro as outras porque não faz menção de seu autor.  A notificação de libertação do irmão Timóteo da prisão (13.23), faz muitos afirmarem ser o apóstolo Paulo o autor desta carta. A epístola é de caráter doutrinal e foi dirigida aos cristãos judeus em geral, em volta do ano 64 d.C, antes da destruição do Templo. Nesta época, o judaísmo exercia muita influência e os novos cristãos enfrentavam alguns dilemas no que diz respeito aos ensinos rabinicos, a tradição judaica, o templo em Jerusalém, os laços familiares, e a oposição dos judeus radicais. Os recipientes desta epístola estavam respirando um ar de perseguição, tribulação e desânimo. Estes judeus, agora crentes em Jesus, eram duramente tentados a recuar em sua fé. O capítulo 10.32-34 descreve o tempo de perseguição resistido por estes cristãos. A perseguição ocorrida, parece incluir a perda dos bens pessoais. Estes acontecimentos estão de acordo com o Edito do Imperador Cláudio no ano 49 d.C., quando baniu os cristãos que habitavam na cidade de Roma. Muitos deles perderam seus bens e direitos como resultado. O autor então adverte que maiores provas eles passariam. Provavelmente se referindo as perseguições que vieram no reinado do Imperador Nero no ano 64 d.C. O autor usa de meios judaicos de interpretação, muito usados nas sinagogas dos seus dias. A carta aos Hebreus estabelece a excelência de Cristo, de sua obra redentora e sacerdotal, acima dos anjos, de Moisés, de Arão, do sistema levítico e dos sacrifícios. Ele afirma a superioridade de Cristo acima de toda revelação anterior descrita  pelos profetas, e mostra Cristo como revelação decisiva e final de sua glória. As doutrinas contidas nesta carta, mostram o verdadeiro conhecimento e aplicação da Lei e de suas cerimônias. Nela, está contido 30 citações do Velho Testamento, e ilustra a fé de 12 personagens bíblicos. Na conclusão, o autor exorta os hebreus a continuarem a sua vida de fé, no meio das provações presentes. Os gloriosos privilégios Neo-Testamentários são apresentados, para fazer conhecer o perigo da apostasia.

Cristo, o Resplendor da Glória de Deus

Vania DaSilvaE.U.A.

Brasileira, Missionária, Professora e Membro da Diretoria.

 

Texto Áureo da Lição

"O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas" (Hb 1.3).


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: SAUDAI JESUS — 42 da Harpa Cristã.

 

1. A Revelação da Glória de Deus ao Mundo

  • Através das profecias e sinais: Hb 1:1; Ex 3:2-5; Nm 14:10.
  • Através dos cerimoniais: Rm 5:14; Ex 40:34,35; 2Cr 7:1,2.
  • Através do seu Filho: Cl 1:26,27; Jo 1:14; 13:31; 14:9; Gl 4:4.

2. A Demonstração da Glória de Deus no Filho

  • Em seu ministério: Jo 17:4,5; Lc 7:14-16; Mt 17:5.
  • Em sua morte e ressurreição: Mt 28:2-6; At 2:32,33; 3:13-15.

  • Em sua exaltação: Fp 2:9-11; Ef 1:20,21; Rm 11:36.

3. Jesus, a Glória de Deus  Atuante no Seu Povo

  • Glória da criação: Hb 1:3,4; Cl 1:15-17; Jo 1:1.
  • Glória na Igreja: Ef 1:22,23; 3:20,21; Cl 1:18.
  • Glória de Israel: Jr 13:11; Zc 2:5; Mt 24:30.

 

Texto da Lição:

 

Hb 1.1-6

 1 Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho,
2 a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas
as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas
alturas; 4 feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. 5 Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por
Pai, e ele me será por Filho?
6 E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.

 
  (ARC)