A
Igreja Militante
Rev.
Eronides DaSilva - USA
“Sobre
esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela”
(Mt 16.18). Desde os tempos apostólicos, passando pelos séculos
nos períodos históricos da Igreja, onde ela foi perseguida,
vorazmente envolvida por sistemas governamentais e barganhas políticas,
enclaustrada em dogmas perversos taxados como sendo divinos,
despertada por providência de Deus por meio da Pré-Reforma e
Pós-Reforma, passando por
avivamentos
extraordinários com pregadores eloquentes e inundados pelo Espírito
Santo, sem esquecer do
despertamento
missionário onde as boas novas começaram a chegar em terras não
alcançadas, chegando até ao movimento pentecostal onde mais uma
vez foi ressaltada a
atuação
do Espírito Santo. Atingimos os dias modernos, onde hoje existe uma
Igreja nos moldes da Igreja de Filadélfia, que guarda a Palavra e
ouve o que o Espírito diz às Igrejas, mas também onde,
infelizmente, há uma Igreja que apenas mantém as aparências, como
a Igreja de Laudicéia, enganando-se a si mesma e desviando‑se
do verdadeiro propósito que o seu Mestre estabeleceu para ela. Mas
uma coisa é certa, as portas do inferno nunca prevaleceram contra
ela, nunca conseguiram vencê-la, pois, ela é a militante e
vitoriosa Noiva do Cordeiro, que foi morto e vive para sempre. O
Senhor Jesus deixou claro em suas palavras que haveria uma
comunidade de seus discípulos e seguidores para dar continuidade àquilo
que ele veio ensinar e pregar. Este grupo não poderia ser apenas
uma organização, mas, muito mais que isto, um organismo vivo, o
qual o próprio Jesus deu vida, e vida com abundância, a fim de que
este organismo, que é a Igreja (I Pe 2.9; I Co 12.12,27), pudesse
influenciar o mundo com a sua mensagem, trazendo vida aos perdidos
pecadores. Hoje, somos a continuação desta igreja primitiva que
nasceu em Jerusalém, no dia de pentecostes, pois, histórica e
espiritualmente fazemos parte desta Igreja vencedora, que atravessa
os tempos com seus pés na terra, mas orientada, guiada e conduzida
pela Cabeça que está no céu (Ef 1.22; Rm 12.5), que é o nosso
Senhor Jesus Cristo.
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Antioquia
(da Síria)
Edith
Lucinda Valdivia
Antioquia
do Orontes, conforme era frequentemente chamada essa cidade célebre,
foi fundada cerca de 300 a.C. por Seleuco I Nicanor, após a sua vitória
sobre Antígono, em Issus (310 a.C.). Era a mais famosa das
dezesseis
Antioquias estabelecidas por Seleuco em memória de seu pai, Antíoco.
Edificada no sapé do Monte Silgo, dava vista para o rio navegável
Orontes, o qual, possuía o famoso porto Seleucia Pieira. Apesar de
que a população de Antioquia sempre foi mista, Josefo registra que
os seleucitas encorajaram aos judeus a emigrarem para suas terras
em grande número, oferecendo-lhe em troca, o direito de cidania. Antioquia rendeu-se a Pompeu em 64 a.C., e ele a
tornou uma cidade livre, tornando-se,
subseqüentemente,
a capital da província e a terceira do império romano, depois de
Roma e Alexandria. A despeito da sua formação moral, a sua vida
durante os tempos da igreja primitiva era variada e,
excetuando
Jerusalém,
nenhuma cidade estava mais ligada à história do cristianismo do
que ela
própria (At 6.5). Durante a perseguição que seguiu a morte de
Estêvão, alguns dos discípulos subiram para o norte até
Antioquia, cerca de 480
quilômetros
de Jerusalém, e ali pregaram aos judeus (At 11.19). Com a pregação
do Evangelho à população grega, o número de conversões aumentou
drasticamente, e a igreja de Jerusalém enviou para ali a Barnabé.
A natureza sensível da igreja de Antioquia foi notada quando
durante a fome que abateu a Jerusalém, ela enviou ofertas
generosas para aquela co-irmã (At 11.27-30). Foi apropriado, que a
cidade onde foi fundada a primeira igreja gentílica, fosse o berço das
missões estrangeiras (At 13.1). Com esmero Lucas relata: “e em
Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados
cristãos!”
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