Editorial

OFERTAS E SACRIFICIOS

Rev. Eronides DaSilva EUA

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente Região Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA

Os sacrifícios e ofertas eram os elementos físicos pelos quais, o oferente trazia a Deus para expressar sua devoção, gratidão ou necessidade de perdão. Algumas nações antigas tinham o costume de oferecer sacrifícios aos seus deuses, mas não com o significado ou propósito que Israel. Vários personagens bíblicos ofereceram sacrifícios ao Senhor, como Abel, Noé, Jó, Abraão, Isaque, Jacó, Salomão, e outros mais. No entanto, o sistema sacrificial organizado baixo à Lei entrou em vigor a partir do êxodo. O sacrifício exigia uma vítima, sangue derramado sobre o altar. Ao homem pecar no Éden, o preço de sua queda foi a morte. Desta feita, para o homem chegar-se a Deus era necessário que uma vítima, limpa e purificada de ofensas, fosse oferecida em substituição. Sangue de bois, ovelhas, carneiros, bodes, cabras, pombas e rolas eram oferecidos diante de Deus para perdoar as ofensas da carne (Hb 9.13,14). O pecado do ofensor era perdoado através de sua fé depositada naquele símbolo que apontava para o Cordeiro de Deus, que havia sido imolado antes da fundação do mundo, mas que haveria de ser revelado na "plenitude dos tempos". A lei estabeleceu, com certas particularidades, os sacrifícios e ofertas, que os judeus deviam efetuar. As ofertas eram tomadas tanto do reino vegetal, chamadas de ofertas sem sangue ou de manjares (farinha, trigo torrado, bolos, e vinho), como do reino animal. Com as ofertas sem sangue, era também costume oferecer as ofertas de libação, ou seja, vinho ou azeite eram derramados perante o Senhor (Gn 35.14; Nm 28.14; Fp 2.17). Além dessas ofertas, usava-se também o sal, que era emblema de pureza. Os animais oferecidos deveriam ser sem mancha (defeito), e não podiam ter menos de 8 dias ou acima de 3 anos. Nunca eram oferecidos peixes, e os sacrifícios humanos eram expressamente proibidos (Lv 18.21). Pela Lei, o oferente deveria se purificar primeiramente (Ex 19.14), e depois levar a vítima ao altar. Voltado então para o santuário, punha a mão sobre a cabeça do animal, o qual era depois imolado geralmente pelo sacerdote (2Cr 29.23,24). Morta a vítima, o sacerdote tomava o sangue em uma bacia e depois o espargia sobre o altar. O animal era cortado em pedaços pelo oferente (Lv 1.6), sendo a gordura queimada pelo sacerdote (Lv 7.31). Em algumas ocasiões a vítima era levantada pelo sacerdote e movimentada - a Bíblia denomina este ato de apresentação ao Senhor como oferta de movimento (Lv 8.27; 7.30). O oferente não deveria oferecer o que não lhe custasse; parte dos seus bens era transferido para Deus (2Sm 24.24). Haviam cinco tipos de ofertas oferecidas a Deus. Essas cinco ofertas poderiam ser divididas em duas classes: as ofertas de cheiro suave (Holocausto, Manjares e Pacíficas) e as ofertas pelo pecado (Transgressão e Pecado).

Glossário

SACERDÓCIO

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Secretária Executiva da IPB e SWM, Diretora de Missões e Professora da EBD e STB

O vocábulo Sacerdócio é proveniente do latim “sacerdotiu” que significa cargo, dignidade e função de sacerdote. É aquele que entre os hebreus faz ou ministra os sacrifícios à Deus. Entre os gentios também se designava sacerdote ao sacrificador. Seria impossível falar do Tabernáculo sem mencionar o Sumo Sacerdote, que era o cargo religioso mais alto entre o povo israelita, pois este representava Israel diante do próprio Deus. Antigamente, na época do Êxodo, havia israelitas que possuíam este direito de sacerdócio, e o exerciam; assim como os patriarcas que intercediam por suas famílias. Jó (Jo 1:5); Abraão (Gn 22:3) ou os chefes da nação como Melquisedeque (Gn 14:18)]. Se tornou necessário designar uma ordem especial para desempenhar os deveres sacerdotais, sendo a tribo de Levi a escolhida para esse fim. Desta tribo, saíram os sacerdotes da linhagem Arônica, como diz as Escrituras: “Então, disse o Senhor a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levantareis sobre vós a iniquidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso sacerdócio. E também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti e te sirvam: mas tu e teus filhos contigo estareis perante a tenda do Testemunho” (Nm 18:1,2). A Bíblia Sagrada nos diz que no princípio, nem Arão, ou os da Tribo de Levi, foram os primeiros a serem chamados a esse ministério, se não toda a nação de Israel (Ex 19:5,6). O estabelecimento da nação como um reino de sacerdotes, era cumprido através da separação dos varões primogênitos de cada casa de Israel (Ex13:11-13;22:29;34:19; Nm 18:15). A ideia fundamental de sacerdote é a de um mediador entre o homem e Deus. Desta maneira, o sacerdócio atestava a vida pecadora do homem, a santidade de Deus, e por consequência, a necessidade de certas condições para que o pecador pudesse aproximar-se da Divindade. O homem deveria ir a Deus por meio do sacrifício de animais sem mancha para a purificação dos pecados, e estar perto de Deus pela intercessão. Essas funções sacerdotais, eram relacionadas com o sacrifício e a intercessão pela nação de Israel. A liturgia mais importante ministrada pelo sumo sacerdote, era realizada uma vez ao ano, no Dia Anual da Expiação, quando se fazia sacrifícios de expiação pelos pecados de toda a nação de Israel. O sangue do sacrifício era transposto além do Véu do Testemunho, no Lugar Santíssimo, e era oferecido a Deus diante da Arca do Concerto pelo sumo sacerdote. O escritor aos Hebreus escreve: “Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza duma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas” (Hb 9.13,14). Jesus foi este Sumo Sacerdote santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus, anteriormente tipificado por Arão e sua linhagem. Porém a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui o Filho perfeito para sempre (Hb 7.26,28). Portanto, Cristo após ressurreto, ascendeu aos céus e assentou-se à destra de Deus; vivendo eternamente para interceder por nós, que já fomos lavados pelo seu sangue. Ele, unicamente Ele, é o mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5).

Esboço

OS MINISTROS DO CULTO LEVÍTICO

João Luis Cabral Estados Unidos

Angolano, Diácono, Professor da EBD e Músico


Texto de Memorização
"Toma os levitas em lugar de todo primogênito entre os filhos de Israel e os animais dos levitas em lugar dos seus animais; porquanto os levitas serão meus. Eu sou o Senhor." (Números 3.45)
Texto da Lição
Levítico 8.1-13 Lv 8.1 - Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: 2 - Toma a Arão e a seus filhos com ele, e as vestes, e o azeite da unção, como também o novilho da expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães asmos, 3 - E reúne toda a congregação à porta da tenda da congregação. 4 - Fez, pois, Moisés como o Senhor lhe ordenara, e a congregação reuniu-se à porta da tenda da congregação. 5 - Então disse Moisés à congregação: Isto é o que o Senhor ordenou que se fizesse. 6 - E Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os lavou com água. 7 - E vestiu-lhe a túnica, e cingiu-o com o cinto, e pôs sobre ele o manto; também pôs sobre ele o éfode, e cingiu-o com o cinto de obra esmerada do éfode e o apertou com ele. 8 - Depois pôs-lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim; 9 - E pôs a mitra sobre a sua cabeça; e sobre esta, na parte dianteira, pôs a lâmina de ouro, a coroa da santidade, como o Senhor ordenara a Moisés. 10 - Então Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo, e tudo o que havia nele, e o santificou; 11 - E dele espargiu sete vezes sobre o altar, e ungiu o altar e todos os seus utensílios, como também a pia e a sua base, para santificá-las. 12 - Depois derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão, e ungiu-o, para santificá-lo. 13 - Também Moisés fez chegar os filhos de Arão, e vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-os com o cinto, e apertou-lhes as tiaras, como o Senhor ordenara a Moisés.
    1. A CONSAGRAÇÃO DA TRIBO DE LEVI À OBRA DO TABERNÁCULO
  1. A separação dos Levitas: Nm 3.12,41,44-45; 8.5-15,18-26; 35.2-8; Js 21.1-3,45
  2. A purificação dos Sacerdotes: Nm 3.10; Lv 8.1-30,36; 21.16-24; Dt 18.1-8
  3. A unção do Sumo Sacerdote: Ex 28.2-3; 29.1-9,29-30,35; Lv 16.11-14
    2. O OFÍCIO DOS OBREIROS CONSAGRADOS POR DEUS
  1. Cuidando do Tabernáculo – Levitas: Ex 38.21; Nm 3.5-9,14-39; 4.1-15,21-33,49
  2. Oferecendo sacrifícios – Sacerdotes: Nm 3.1-3,10; Lv 6.8-13; 10.10-11; Dt 17.8-13
  3. Intercedendo pelo povo - Sumo Sacerdote: Lv 4.13-21; 9.5-9,22-24; 16.1,29-34
    3. A GLORIA DO MINISTÉRIO SACERDOTAL NAS ESCRITURAS
  1. A beleza das vestes ministeriais: Ex 28.4-12,26-30,34-43; 39.1-32; Ez 44.14-18
  2. O esplendor da liturgia do culto: 1Cr 15.1-16; 15.25-16.2; 2Cr 7.1-10; 29.20-36
  3. A magnificência da tipologia bíblica: Hb 9.11,24-25; 10.10-12; 1Pe 2.9; Ap 1.6; 5.10