Eu tenho uma confissão. Era muito acostumado a ouvir o programa radial de entrevistas. E, ao mesmo tempo, tornei-me profundamente frustrado. Muito frustrado! Vivia muito frustrado e odiento pelo que as pessoas estavam fazendo com os meus pais. "O que esta gente pensa que estar a fazer conosco?" Infelizmente, nessa época, eu não entendi que a minhas ações e atitudes não estavam concistentes com a Palavra de Deus. Muito menos minha falta de gozo estava coerente com as da igreja primitiva e com a dos fundadores do nosso movimento séculos atrás! Qual era a perspectiva dos nossos pioneiros com a sua identidade nacional? Eram mais alinhados com o lirismo do hino nacional americano: “God bless America my home, my sweet home”? Ou suas mentes estavam mais voltadas para o hino que cantamos em nossas igrejas: “Este mundo não é a minha casa, estamos apenas de passagem. Meu tesouro está reservado muito além do azul. Os anjos acenam para mim desde as portas abertas nos céus; e não me sinto mais em casa neste mundo”. Então qual é o nosso lar? America ou o Céu? Bem, de alguma forma são ambos, mas o nosso equilíbrio deve ser mantido. Seria possível que algum crente pudesse perder a sua alegria por está demaziadamente ligado a este mundo? Seria possível que algum de nós perdêssemos a noção de que somos cidadãos dos Céus? Penso que sim, pois cantamos, pregamos e falamos pouquíssimo acerca dos Céus! Algumas vezes nos sentimos em casa neste mundo. Mas, acima de tudo, o que nos faz apreciar a nossa dupla cidadania é saber que somos embaixadores de Cristo sobre esta terra (2 Co 5.20). No mundo secular o embaixador sempre entende que vive num solo estrangeiro. Ele representa um outro país na terra onde estar a viver. Sua casa não está no lugar onde ele temporariamente vive. Ele pode respeitar a cultura, as leis, orar pela prosperidade da terra onde ele estar a viver, e até gostar de um determinado restaurante. Mas ela nunca será sua casa! Ele sempre é leal ao seu país de origem! Jesus disse que seu Reino não era desse mundo. O Apóstolo João afirmou: “não ameis o mundo nem o que nele há” (1 Jo 2.15). Vigiemos para que o nosso patriotismo não nos leve ao desvario! Façamos estas perguntas a nós mesmos: 1. Choramos mais pelas almas perdidass da nossa nação, do que nos enchemos de orgulho pelas vitórias por ele alcançadas; 2. Esperamos que o nosso mundo seja perfeito antes da vinda de Cristo? 3. Como nação somos reconhecidos por amarmos aos nossos inimigos políticos, como Jesus nos recomendou? Historicamente apredemos que avivamentos sempre trouxeram massivas mudanças sociais, pelos corações transformados! Verdadeira mundança é, em primeiro lugar, espiritual. Precisamos mais do que apenas uma hereditariedade cristã; necessitamos sim, de corações transformados! Com muita alegria possamos levantar a bendeira de Cristo, e esta mui alta. Muito mais alta do que qualquer outra!
Do vocábulo grego Oikos que quer dizer família, governo familiar, unidade básica do indivíduo, o qual lhe fornece relacionamento, nutrição e suporte. A família é formada de esposo (pai), esposa (mãe) e filhos. Entretanto, na Bíblia a família tem um aspecto mais amplo, abrangendo os avós, filhos casados e seus filhos (Lv 18.6-18), como também filhas viúvas e escravos (Gn 17.12-14). Em Israel as famílias eram numerosas e era comum viverem juntos até a quarta geração. O chefe da família era o avô ou bisavô, até que morresse, como Jacó (Gn 46.8-27) e era chamado de Pai. Este era responsável pelos cultos (Jó 1.5); poder judicial (Gn 42.37); e devia assegurar o futuro de sua família, servos e bens. A família pertencia a um clã, que por vezes tinha centenas de pessoas (Ed 8.1-14). Os membros de um clã descendiam de um antepassado comum, por isso se consideravam parentes (Rt 4.1-6). O seu chefe chamava-se Goel ou Remidor. Por ser a pessoa de maiores possessões e mais importante da família, em qualquer problema advindo com algum de seus descendentes, ele poderia usar da autoridade legal de remidor, se fosse legitimamente o remidor mais próximo. Diversas leis protegiam a família em Israel. Leis que hoje parecem ser absurdas, como a Lei do Levirato, que legava o casamento de uma viúva com o irmão do esposo defunto, não tinham outro fim a não ser defender a família, seu bem estar, e a perpetuação de seu nome e descendência. O prestígio de uma mãe crescia com o número de filhos que esta tivesse. A esterilidade era vista como opróbrio. Raquel e sua irmã Leia viviam em grande conflito, ainda que ambas eram estéreis, mas competiam para ver quem daria mais filhos à Jacó. As filhas de Ló, após a destruição de Sodoma e Gomorra, ao ver impossibilidade de dar continuidade a sua linhagem, embebedaram seu pai, e ambas conceberam dele. A lealdade e respeito familiar era muito forte, especialmente no tempo patriarcal. O filho que desonrasse seu pai ou mãe, ou os maldissesse, deveria ser morto. No Novo Testamento, os principais centros da vida comunitária da Igreja Primitiva eram as casas (famílias), cujos responsáveis haviam se convertido ao Senhor. Ao carcereiro de Filipos Paulo disse: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo tu, e a tua casa” (At 16.31). Por esta razão e devido às perseguições, muitas igrejas foram estabelecidas e por algum tempo permaneceram nas casas de família, como na de Filemon; na casa de Cloé, Estéfanas e Crispo no começo da obra da igreja em Corinto, e das casas de Lídia e do carcereiro no início da obra da igreja em Filipos. A dinâmica do relacionamento familiar mudou com os ensinos de Jesus e do Evangelho. O casamento no Novo Testamento era realizado baseado no amor, em contraste dos matrimônios por contrato no Antigo Testamento. As esposas não deveriam ser consideradas como propriedade do homem, mas deveriam ser amadas e tidas como vasos mais frágeis (Ef 5.25).