Editorial

HOLOCAUSTO SEM PREÇO

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, I Secretaria da IPB, Professora do STB, SWM e EBD

Porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que me não custem nada. Esta foi a pronunciação de Davi, quando Arauna ofereceu os bois, os trilhos, e o aparelho dos bois para a lenha. Davi enfrentava uma situação de culpa e humilhação diante de Deus e de Israel. Na sua hora de desespero, ao ver 70.000 homens morrerem por causa do seu próprio pecado, a voz de Deus através do vidente foi: Sobe, levanta ao Senhor um altar. Parece um paradóxo que nas horas mais cruciais de nossas vidas, quando nossos planos falham, quando nosso orgulho é atingido, quando perdemos a nossa própria confiança, quando vemos nosso trabalho retroceder, é a hora que Deus nos pede para levantar um altar. Davi reconhecia seu pecado e estava disposto a pagar o preço necessário por ele. Porém, o pedido de Deus demandava um holocausto, uma oferta, um sacrifício. Não existe uma vida de vitória se não houver um preço. Não existe uma chamada, um ministério, se não houver um preço a ser pago. Não existiria uma Igreja santa e imaculada, se não houvesse um preço, e este foi pago com o sangue de nosso Jesus. A Bíblia declara que de todas as ofertas levíticas, a única em que o sacrifício (animal) era completamente queimado, era a oferta de holocausto. Esta era uma dedicação completa ao Senhor, e geralmente feita quando se fazia uma consagração ou dedicação à Deus. Amados da Igreja do Senhor, nossas vidas, nossos planos, nossas famílias, nossas decisões, nossos sentimentos, devem estar sobre o altar de holocausto. Devem ser consumidos completamente pelo fogo do Espírito Santo, a fim de que Ele tenha preeminência em nós. Não aceitemos o convite do inimigo de entregarmos um holocausto ao Senhor sem preço, sem um sacrifício de nossa parte. Ou uma oferta que seja o resultado de nossa ganância humana. Que Deus nos guarde de todo espírito de avareza. Que possamos a cada dia aprender a dar, a ofertar, a compartilhar, pois o maior exemplo nos foi dado na cruz. O Diabo tem buscado enganar a Igreja, para que ela fique atrofiada e dependente na busca dos bens e valores humanos que são tão pequenos e temporais. Porém a Palavra inerrante e infalível de nosso Deus nos ensina: Façais tesouros nos céus... porque já temos sido abençoados em lugares celestiais. Façamos as palavras do Apóstolo Paulo as nossas: “Eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício”. Lembrando-nos que fomos comprados por bom preço; glorifiquemos pois a Deus no nosso corpo, e no nosso espírito, os quais pertencem a Deus. Sim amados, paguemos nossos holocaustos com alegria!

Glossário

SUMO-SACERDOTE

Manuela Barros Guimarães Estados Unidos

Brasileira, I Tesoureira da IPB, Deã Academica do STB, Professora da EBD e Divisão de Mídia

O sumo sacerdócio era o cargo religioso mais alto entre o povo israelita, pois este os representava diante do próprio Deus. Arão foi o primeiro designado a este cargo, depois da proclamação do pacto no Sinai, e da ordem de construir o Tabernáculo (Ex 27.21; cap. 28). Depois de realizada a construção do Tabernáculo, Arão foi então consagrado a sumo sacerdote. Ele e seus filhos foram purificados, ungidos e vestidos com suas vestiduras sacerdotais e então foram consagrados (Lv 8). Depois de haver oferecido sacrifício por si mesmo, por sua casa e por Israel, Arão solenemente abençoa o povo, e a glória do Senhor aparece a todos pois saiu fogo de diante do Senhor que consumiu todo o holocausto (Lv 9). O sumo sacerdócio deveria ser um cargo hereditário (Ex 28.43), dado ao primogênito do vigente sumo sacerdote com exceção dos casos de enfermidade ou mutilação previstos pela Lei (Nm 3.1-13; Lv 21.16-23). No caso da família de Arão, como o primogênito Nadabe, e seu sucessor Abiú foram mortos por levarem fogo estranho diante de Deus, Eleazar sucedeu o sumo sacerdócio (Nm 20.25,26). A função mais importante do sumo sacerdote era de, uma vez ao ano (Dia Anual da Expiação), fazer sacrifícios de expiação pelos pecados de toda a nação. Neste dia o sangue do sacrifício traspassava o véu do Lugar Santíssimo e era oferecido à Deus diante da arca do concerto.(Lv 16). Fazia também parte o ofício do sumo sacerdote, a supervisão geral do santuário, dos que exerciam o serviço e do tesouro. Mais tarde também lhe cabia presidir o Sinédrio nas questões religiosas (Mt 26.57). O sumo sacerdote distinguia-se dos demais na sua vestidura composta de: uma túnica de linho branco (como dos demais sacerdotes); o peitoral, onde estavam doze pedras preciosas nas quais estavam inscritos os nomes das doze tribos de Israel; o Urim e Tumim, pedras com as quais eles consultavam a Deus localizadas no interior do peitoral (Ex 28.30; Nm 27.21); o éfode e o manto do éfode; e finalmente a mitra, um turbante com a inscrição SANTIDADE AO SENHOR (Ex 28). A princípio a função de sumo sacerdote era vitalícia, mas Herodes e por conseguinte os romanos os designavam e os destituíam como bem entediam. Nos tempos de Jesus, os Saduceus proclamavam ser descendentes de Zadoque, um sumo sacerdote da família de Arão. Eles presidiam os rituais do templo em Jerusalém e contavam com o número majoritário no Sinédrio. O sumo sacerdócio constituiu-se num tipo de Cristo, sendo Melquisedeque o tipo perfeito (Hb 6.20). Jesus não só traspassou o véu que separava o homem de Deus, mas tem por tarefa, interceder pelos seus (Hb 7.25).

Esboço

JESUS - SUMO SACERDOTE DE UMA ORDEM SUPERIOR

Cicero Roas Guimarães Estados Unidos

Brasileiro, Presbítero, Professor da EBD, Divisão de Mídia


Texto de Memorização
"Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus." (Hebreus 7.26)
Texto da Lição
Hebreus 7.1-19 Hb 7.1 - Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou. 2 - A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; 3 - Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. 4 - Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. 5 - E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. 6 - Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. 7 - Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. 8 - E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. 9 - E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. 10 - Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro. 11 - De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? 12 - Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. 13 - Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar, 14 - Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio. 15 - E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote, 16 - Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível. 17 - Porque ele assim testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. 16 - Porque o precedente mandamento é abrogado por causa da sua fraqueza e inutilidade.
    1. JESUS SUMO SACERDOTE SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE
  1. Sacerdote real: Sl 110.4; Hb 7.2; Mt 1.1
  2. Sacerdote justo: Hb 7.2; Is 32.1; Jr. 23.6
  3. Sacerdote legítimo: Sl 110.4; Hb 5.5; Hb 5.10
    2. A NATUREZA DO SACERDÓCIO DE JESUS
  1. Ele é Perfeito: Hb 7.11; Hb 7.26-28
  2. Ele é Imutável: Hb 7.12; Mt 24.35
  3. Ele é Eterno: Sl 110.4; Hb 5.6; Hb 6.20; Hb 7.24
    3. OS ATRIBUTOS DO SACERDÓCIO DE JESUS
  1. Ele é santo – separado: Is 6.3; Hb 7.26; Lv 21.16-21
  2. Ele é inculpável – inocente: Hb 7.26; 1 Pe 2.22; Hb 4.15
  3. Ele é imaculado – puro: Hb 7.26; 2 Co 5.21