Editorial

SÓ JESUS LIMPA A MANCHA NO CORAÇÃO

Rev. José Wellington Bezerra da Costa Brasil

Pastor e Antigo Superitendente da CGADB — Artigo do cpadnews (24/Setembro/2014)

Um homem limpava uma enorme vitrine usando uma escada. Com muito esforço, esfregava o vidro procurando tirar uma mancha, mas não conseguia. Embaixo, um menino que acompanhava o esforço do limpador sorria sem parar. Irritado, o homem lhe perguntou o porquê do riso. Ele respondeu: “Eu quero ver quanto tempo você levará para descobrir que a mancha está do lado de dentro”. Ou seja, o pobre homem queria tirar a mancha do lado errado! Desse jeito, ela nunca sairia mesmo. Essa realidade se repete na vida de muitas pessoas. Muitas pessoas se encontram com problemas em seus corações, mas se voltam para a aparência externa como se o problema fosse externo. Com o desenvolvimento da ciência médica, os esteticistas conseguem tirar manchas na pele, restauram partes do corpo que foram mutiladas, fazem adaptações, enxertos, colocam botox, porém tudo do lado de fora, quando há pessoas com manchas na alma, no coração, na consciência. Alguns tentam limpá-las, mas polindo do lado errado. De nada adianta vestir bem o corpo quando a alma está manchada pelo pecado. Há muita sujeira que necessita ser tirada: infidelidade, enganos, mentiras, calúnias que causaram danos etc. Só o bondoso Jesus pode tirar as manchas do lado de dentro. Lembremos do cego de nascença de João 9, da mulher samaritana de João 4 e do endemoninhado gadareno, que depois de ser liberto por Jesus, encontraram-no assentado, vestido e em perfeito juízo (Lucas 8.35). Não podemos esconder a nossa alma manchada dos olhos de Deus, pois Ele vê todas as coisas. Há muitas crianças e jovens cujas manchas são congênitas, nasceram em lares com sérios problemas morais; são pessoas com péssima formação espiritual e de caráter, pois presenciaram seus pais e irmãos viverem com as mãos manchadas, drogando-se e prostituindo-se. Para os tais, escola, prisão, violência, nada resolve, só a operação do bondoso Jesus pode transformá-las. A mancha do pecado está do lado de dentro, só o sangue de Jesus pode limpar. Davi clamava em Salmos 51: “Cria em mim um coração reto” e “Torna a dar-me a alegria da tua salvação”. Ele dizia: “Sara a minha alma, porque pequei contra ti”. Em Salmos 41.4, vemos que o rei Davi, que parecia estar bem, estava, na verdade, manchado do lado de dentro, pois havia cometido um adultério e um assassinato. Tudo estava oculto, até Deus mandar o profeta Natã desmascarar o rei pecador. Davi confessou, arrependeu-se e Deus o perdoou, mas ele pagou um alto preço pelo seu pecado. Não adianta trocar de religião, dar esmolas e até fazer sacrifícios. Não adianta lavar com sabão ou salitre. Só o sangue de Jesus nos limpa dos nossos pecados! “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).

Glossário

PÁSCOA

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e STB, Secretária da BPC, na Flórida

Páscoa do hebraico Pesakh significa passagem. É uma das festas anuais celebradas pelos judeus em memória de sua saída da escravidão do Egito, para uma vida livre, vitoriosa e abundante (Ex 12.1-28). O povo de Deus se reunia anualmente em Jerusalém para esta festa, que começava no dia 14 do primeiro mês, o de Abibe (março/abril), pela tarde (Lv 23.5). A páscoa se iniciava com uma refeição sacrificial, que consistia de um cordeiro assado, pães asmos e ervas amargosas. O cordeiro era um memorial do sacrifício, o pão sem fermento da pureza, e as ervas amargosas da escravidão amarga do Egito. Esta festa foi instituída por Deus para que os israelitas a celebrassem na noite em que o Senhor livrou da morte os primogênitos hebreus. Naquela noite específica os israelitas deveriam estar preparados para viajar, portanto, prontos para a refeição ordenada e partir apressadamente (Ex 12.14) A partir daquele momento da história, o povo de Deus celebra a páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas como estatuto perpétuo (Ex 12.14). Os israelitas do Antigo Testamento recontavam as histórias de como seus ancestrais experimentaram o êxodo milagroso da terra do Egito e sobre seu livramento da escravidão, de geração a geração. Uma vez construído o templo, Deus ordenou que a festa da páscoa e o sacrifício do cordeiro pascoal fossem realizados em Jerusalém (Dt 16.1-6). No tempo do Novo Testamento, vemos que eles seguiam celebrando na mesma cidade e da mesma maneira. Hoje, os judeus continuam guardando este memorial, entretanto, com algumas diferenças, pois em Jerusalém já não existe o templo, no qual eles possam sacrificar o cordeiro em obediência a Deus. Contudo, as famílias ainda se reúnem para a solenidade, e o pai de família narra toda a história do êxodo. Os cristãos celebram a páscoa em memória da ressurreição de Cristo; a passagem da morte nos nossos pecados a uma vida de santidade em Cristo, o qual livra do jugo e do pecado, e oferece uma vida cristã abundante. Ele é o cordeiro de Deus (Jo 1.29) que se entregou a si mesmo. “…mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26). O âmago do evento da páscoa era a graça salvadora de Deus. O Senhor tirou os israelitas do Egito, não porque eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e é fiel ao seu concerto (Dt 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo, nos foi entregue através da maravilhosa graça de Deus (Ef 2.8-10). O propósito do sangue do cordeiro aplicado nos portais e umbreiras das portas era para salvar da morte os primogênitos de cada família; um prenúncio do derramamento do sangue de Cristo na cruz, a fim de salvar o homem da morte e da ira de Deus contra o pecado (Hb 9.22). O cordeiro pascoal era um sacrifício que servia de substituto do primogênito, simbolizando que a morte de Cristo substituiria a morte do crente. “…Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7). O cordeiro separado para o sacrifício tinha que ser sem mácula, este fato prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito filho de Deus (Hb 4.15). O cordeiro deveria ser comido juntamente com pães asmos, uma vez que o fermento normalmente simboliza o pecado e corrupção nas Sagradas Escrituras. Estes pães asmos representam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito; assim como o povo redimido por Deus é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se a Deus. No Egito, um cordeiro foi imolado para cada família, e o sangue do cordeiro morto só protegia aos hebreus; mas na cruz do calvário, o filho de Deus morreu pelos pecados do mundo inteiro (Jo 3.16) e seu sangue derramado provê salvação a todo aquele que crer (Rm 5.8,9).

Esboço

A SALVAÇÃO NA PÁSCOA JUDAICA

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e STB, Secretária da BPC, na Flórida


Texto de Memorização
"[...] Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei da servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com juízos grandes." (Êxodo 6.6)
Texto da Lição
Êxodo 12.21-24,29 Ex 12.21 - Chamou pois Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa. 22 - Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã. 23 - Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o Senhor passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir. 24 - Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para sempre. 29 - E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.
    1. O SIGNIFICADO DA PÁSCOA
  1. Juízo sobre o Egito: Ex 6.5; 11.1; 12.12,29,30
  2. Liberdade da escravidão: Ex 1.13,14; 2.23; 3.7,9; 13.3; Gl 5.1
  3. • Separação do povo para o propósito divino: Ex 12.46-48; 13.8-12; 19.5
    2. OS ELEMENTOS DA PÁSCOA
  1. Pães asmos – pureza do Cordeiro: Ex 12.8,20,34,39; 1 Co 5.6,7
  2. Ervas amargas – sofrimento do Cordeiro: Is 53.3-7; Lc 9.22; Hb 13.11,12
  3. Cordeiro assado – sacrificio do Cordeiro: Ex 12.5; Lv 22.19,20; Hb 9.11-14
    3. CRISTO, A NOSSA PÁSCOA
  1. O poder da aspersão do sangue: Ex 12.13,22,23; Rm 3.25,26; Hb 9.22
  2. O mediador de uma nova aliança: Hb 8.6; 9.15; 12.24; 1 Tm 2.5; 1 Pe 2.9,10
  3. O sacrificio substitutivo: Ex 24.8; Hb 10.10-12; Jo 1.29