Alexandre, o grande rei na Macedônia, viveu três séculos e meio antes de Cristo. O que marcou a sua vida foi que ele conquistou o mundo aos 30 anos de idade, e depois chorou porque não havia mais mundo para conquistar. Alexandre, o Grande, foi bem sucedido como estrategista militar; ele foi altamente bem sucedido como rei. Mas a sua vida foi uma tragédia também. A vida de Jesus, do ponto de vista humano, foi uma tragédia, porque ele morreu nas mãos de homens que escarneciam dele. Quando pregado na cruz, as multidões que o contemplavam gritavam: “se és verdadeiramente o filho de Deus, desce daí”; “carpinteiro, faz o último milagre e nós creremos em ti”. Qual a diferença fundamental entre Alexandre e Jesus? A diferença é que Alexandre foi bem sucedido – JESUS FOI TRIUNFANTE. Há uma diferença fundamental entre alguém ser bem sucedido e ser triunfante. Alias, é possível um homem ser bem sucedido e ser um fracassado. E é possível, por outro lado também, o homem ser mal sucedido e ser triunfante. Nós vivemos em uma sociedade que endeusa, diviniza, e adora o sucesso. Nós cremos no sucesso, vivemos do sucesso, aplaudimos o sucesso, e até criamos úlceras em busca do sucesso e somos hipertensos por causa da busca do sucesso – nós somos escravos do sucesso! Sucesso é o sentimento generalizado de que apenas os mais bonitos, os mais ricos e os mais poderosos é que são mais felizes. Sucesso é aquele conceito que diz que os mais bem relacionados são que são os mais bem aceitos. Que os que têm mais diplomas e mais cultura, são os que se safam melhor na vida. Essa é a ideologia do sucesso, mas não a do triunfo. Quem pois é triunfante? (a) Triunfa aquele que não deixa as circunstâncias mudarem o rumo do seu coração. Jesus não deixou que a alegria tempestiva da vitória, ou as consequências funestas das derrotas mudassem os rumos do seu coração. Menos de uma semana atrás Jesus é aclamado rei: as multidões o aplaudem, as crianças têm palmas nas mãos, os idosos estão tirando as suas mantas e estão colocando no chão para Jesus passar por cima, e todos estão gritando: “Hosana, hosana ao que vem em nome do Senhor!”. Mas, em menos de uma semana, esta alegria tempestiva reverteu-se totalmente, e lá estava o mestre chorando, esmagado de tristeza num jardim solitário. Os seus amigos mais íntimos estão dormindo, e o peso e a sombra da morte estão sobre ele. Mas essa tristeza, bem como a alegria passada, não mudaram os rumos do coração de Jesus Cristo. Ele está triste, mas continua a dizer, sem vacilar: “não seja o que eu quero, e sim o que tu queres. Não a minha vontade, mas a tua vontade”. Ele não permitia que as circunstâncias alterassem os conteúdos, os propósitos de seu coração. (b) Triunfa Aquele que nunca se deixa derrotar antes do tempo, e sabe que Deus é Deus. “Orou, não estava bom ainda, orou outra vez”. Jesus está esmagado debaixo da pressão da hora, ele está esmagado pela pressão do momento, mas ele não fez o que você e eu às vezes temos vontade de fazer quando parece que não está dando certo: jogar tudo pelos ares e sair correndo. O homem que é triunfante é aquele que não se desespera antes da hora. É aquele que não se abate antes do momento. A alma de Jesus estava angustiada até à morte, e o que é que Jesus faz? Ele ora uma vez, duas vezes, três vezes. Ele espera em Deus. Você já notou que a maioria dos nossos problemas não têm razão de ser? Jesus não se deixava derrotar antes do tempo. O quadro era dramático, a hora era terrível. Mas Ele não estava derrotado. Ele estava em oração, esperando em Deus. Quer ser triunfante? Não se deixe abater antes da hora. Deus ainda é Deus. O Seu destino não estava nas mãos de Pilatos, o rumo de Sua vida não estava nas mãos de César. Nada havia mudado. Para Jesus tudo continuava debaixo do total e soberano controle de Deus. Se Deus vive como afirmamos, então podemos triunfar como ele triunfou!
Vocábulo oriundo do latim pater que significa: aquele que gerou filhos, genitor, progenitor, provedor, benfeitor, autor, criador ou protetor. A família é uma instituição divina estabelecida por Deus Pai. O primeiro livro do pentateuco afirma que o varão deixará seus pais e se unirá a sua mulher e assim constituiriam um núcleo familiar (Gn 2:24). A palavra em pauta aparece 57 vezes nas Sagradas Escrituras: 28 vezes no Velho Testamento e 29 vezes no Novo Testamento. O quinto mandamento do Decálogo é “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá” (Ex 20:12). Esta é uma ordenança divina que deve ser observada pelos filhos. Portanto, Deus requere que os filhos sejam obedientes a seus pais (Ef 6:1). A obediência não é feita de forma verbal, mas sim requere uma ação. O primeiro evangelho sinóptico retrata uma parábola sobre dois filhos que foram convocados por seu pai a trabalhar numa vinha. O mais velho disse que iria e não foi, mas o mais novo que inicialmente disse que não iria, se arrependeu e agiu, obedecendo a ordem de seu pai (Mt 21:28-32). Para além disso, o apóstolo Paulo adverte aos pais a não incitar ira ao seus filhos (Ef 6:4, Col 3:20). O papel do pai no lar é indispensável porque para além dele gerar, instruir, educar, amar e prover para a sua família, ele deve ser o sacerdote do lar como foi Jó, o qual diariamente edificava um altar ao Senhor em prol de sua família (Jó 1:1-5). Os pais devem ter um relacionamento com Deus (I Jo 2:13,14). A paternidade humana é um privilégio outorgado por Deus a um casal. “Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.” (Sl 127:3). Todo o crente deve ir ao mundo no alcance das almas perdidas, pregando as boas novas e discipulando-as. Ou seja, é dever de todo o crente ganhar e formar filhos espirituais no reino de Deus (Mt 4:19, Mc 1:17, Jo 15:16). Todo o filho deve ser imitador de seu pai na fé, como o apóstolo Paulo adverte aos Corintios: “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo” (I Cor 11:1). A Bíblia faz alusão a pais espirituais como: (1) Deus Pai – Pai das Luzes (Tg 1:17); (2) Abraão – Pai da Fé (Hb 11:13); (3) Paulo - Pai ou legado dos gentios (II Tm 2:1). É importante realçar que depois da assunção de Jesus aos céus, muitos homens foram usados por Deus para defender a causa do Mestre, sendo também denominados de Pais da Igreja, a saber: Policarpo, Barnabé, Justino, Teófilo, Clemente, Cirilo, Tertuliano, Eusébio, William Tyndale, Martinho Lutero, e tantos outros. A paternidade divina está acima da paternidade biológica ou terrena. Deus pai ama tanto ao homem que é desejo seu adotar a todo ser humano que o aceita (Jo 1:12). Portanto, quando Davi desejou edificar uma casa ao Senhor, Deus lhe promete que de seus lombos, um de seus filhos edificaria uma casa para Ele, e que ele seria por seu pai (I Cr 17:13). Em síntese, a narrativa vetero e neotestamentária está repleta de conselhos sobre a harmonia entre pais e filhos, tais como: (1) O dever dos pais instruirem a seus filhos no caminho do Senhor desde a sua meninice (Pv 22:6); (2) O dever dos pais persistirem ensinando a palavra do Senhor a seus filhos em todo tempo (Dt 6:1-9); (3) O dever dos filhos honrarem seus pais até mesmo na sua velhice (Pv 23:22) e (4) O dever dos filhos reterem os ensinamentos bíblicos dados por seus pais desde a sua meninice (2 Tm 1:5; 3:14-15).