O Texto de Lucas 16.19-26 afirma que há uma existência após a morte. Na verdade, o homem nunca morre; quem morre é o corpo, mas a alma do homem permanece viva e lúcida, dotada de consciência, memória e razão. Os justos “irão para a vida eterna” (Mateus 25:46), uma existência infinitamente melhor que a daqui. Os pecadores “serão lançados no inferno, e todas as gentes que se esquecem de Deus” (Salmo 9:17). Hades é a palavra grega que significa inferno. Não existe um lugar intermediário, uma “coluna do meio'”, onde os mortos purgam seus pecados para depois entrarem no céu. Quem morre sem que seus pecados tenham sido perdoados, é julgado no Trono Branco (Apocalipse 20.11-15), sentenciado à morte eterna, tendo como prisão o inferno para sempre, e “não pode passar de lá para cá”. É doloroso demais para ser verdade! Quando Dante Alighieri escrevia sua obra imortal "Divina Comédia”, com certeza tinha lido o Evangelho de Lucas, pois na entrada do inferno imaginou uma inscrição pavorosa: Lasciate ogne speranza, voi ch'intrate - abandonai toda esperança, vós que entrais! Por que um homem é lançado no inferno? Porque foi julgado, e achado culpado diante de Deus. “Deus há de julgar os segredos dos homens” (Romanos 2:16); “pesado foste na balança e foste achado em falta” (Daniel 5: 27); “tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao Evangelho... os quais sofrerão, como castigo, a perdição eterna” (2 Tessalonicenses 1:8,9); “aos homens esta ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o Juízo” (Hebreus 9:27). Quando um homem se apresentar perante o Tribunal de Deus, sem que seus pecados tenham sido perdoados, uma só será a sua sentença, pois “a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:4). Mas se a Bíblia diz que “todos pecaram” (Romanos 3:23), e que Deus castiga “toda transgressão e desobediência” (Hebreus 2:2), quem pode então salvar-se? Ou será que Deus tem prazer em mandar pessoas para o inferno? Muito pelo contrário: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Único para que todo aquele que n'Ele crer não pereça mas tenha a vida eterna” (João 3:16). E se Deus “nem mesmo ao seu próprio Filho poupou, antes o entregou [à morte] por todos nós” (Romanos 8:32), como teria Ele prazer com nossa desgraça? "Não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus; convertei-vos, pois, e vivei" (Ezequiel 18:32). Em Sua Palavra, Deus se comprometeu com nossa salvação: “Eu os remirei da violência do inferno” (Oséias 13:14). Deus é amor, mas também é justiça! Quando o homem pecou, Deus o condenou à morte: provou que é Justo. Mas aplicou este castigo no seu próprio Filho, quando este levou “em seu corpo, os nossos pecados sobre o madeiro” (1 Pedro 2:24). Deus “prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8). Por ter assumido as nossas culpas, Jesus morreu. Mas, por não ter pecado próprio Jesus ressuscitou e agora “pode salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus” (Hebreus 7:25). Ele tem “as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1 :18), e irá para o inferno quem rejeitar o seu perdão! Somente pela fé obteremos o perdão de Deus. E as boas obras? “A obra de Deus é esta que creiais n'Aquele que Ele enviou” (João 6:29). A fé verdadeira se expressa em arrependimento e conversão: “arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados” (Atos 3:19); “arrependei-vos e crede no Evangelho” (Marcos 1:15). Expressa-se também na entrega da vida a Jesus: “que Cristo habite, pela fé, nos vossos corações” (Efésios 3:17). E, “justificados pela fé, temos paz com Deus” (Romanos 5:1). É urgente? Sim Jesus “tem, na terra, o poder de perdoar pecados” (Marcos 2:10), e “eis aqui, agora, o dia da salvação” (2Coríntios 6:2). Ninguém pode garantir que estará vivo amanhã. Então, por que adiar a decisão mais importante de toda a vida? “Vinde, e convertei-vos de todas as vossas transgressões, para que o pecado não vos leve à perdição” (Ezequiel 18:30).
Segundo a Tradição, Roma foi fundada no ano 753 a.C. por Rômulo, que veio ser seu primeiro rei. Sete reis assumiram o trono até que foi proclamada a república no ano 510 a.C. Até o ano 100 a.C., Roma já havia conquistado quase toda a Espanha, o sul da França, toda a peninsula italiana, Dalmácia, Grécia, a zona ocidental da Ásia Menor e Creta. No ano 63 a.C., Pompeu se apoderou da Judéia. Apesar de ser tributária, a Judéia conservou por um tempo um governo autônomo. O Império Romano sucedeu a República Romana que durou quase 500 anos (509 - 27 a.C.). Otávio, herdeiro de Júlio César, se torna o primeiro imperador romano, recebendo o título de César Augusto. Augusto era um administrador eficiente, e para isso nomeou procuradores em todas as regiões problemáticas do império; sendo a Judéia uma delas, a qual teve Poncio Pilatos como governador entre os anos 26-36 A.D. (Lc 3.1). Jesus nasceu durante o reinado de César Augusto (27 a.C. – 14 d.C.), e exerceu seu ministério durante o reinado de Tibério César (14-37 d.C.). Tibério foi um destro comandante militar, mantendo a ordem e paz em todo o seu império. Por esta razão, havia segurança em viajar em todas as estradas que ligavam o grande império, e isso foi muito favorável para a expansão do Evangelho. Por haver intrigas entre Tiberio e o Senado, ele preferiu governar desde a ilha de Capri, em uma seclusão propria, desde o ano 26 d.C. ate sua morte no ano 37 d.C. Tiberio teve como sucessor o seu sobrinho Gaio, mais conhecido como Calígula. Durante o seu reinado (37-41) e o de seu sucessor, Claudio (41-54), foi quando a maior parte do ministéro de Paulo teve lugar (At 18.2). O imperador Claudio foi responsável de expulsar os judeus da cidade de Roma, sendo um deles, o casal Aquila e Priscila (At 18.2). Após o assassinato de Cláudio por sua esposa Agripina no ano 54 d.C., sobe ao trono um dos mais déspotas imperadores de Roma, Nero. Durante o seu reinado deu-se o martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo, e uma grande perseguição contra a Igreja Primitiva, pela acusação do incêndio de Roma iniciado por Nero. Com o suicidio de Nero no ano 68, uma série de eventos e imperadores trouxeram uma grave perseguição contra a Igreja, como também a destruição de Jerusalém, pelo general Tito no ano 70 (Lc 21.20). Durante o reinado de Domiciano (81-96), o historiador Eusébio registra que o apóstolo João foi exilado na Ilha de Patmos (Ap 1.9). Eusébio também escreve que durante o reinado de Nerva (96-98), todos os exilados por Domiciano foram libertos, e o Apóstolo João regressa à Éfeso, onde permanece até sua morte no ano 100. Nerva é sucedido por Trajano, o qual banha o império com o sangue dos cristãos. Foi a perseguição mais cruenta, sofrida pela Igreja do primeiro século. As tribulações e perseguições referidas nas cartas às Igrejas da Ásia, refletem este período de Dominiciano e Trajano. Roma era religiosamente politeísta e os cultos giravam em torno das deidades como Júpiter, Marte, Mercúrio e tantos outros deuses e deusas. Em tempos posteriores iniciou-se o culto imperial, sobretudo nas províncias romanas, nos quais a população era obrigada queimar incenso ao imperador. A origem da igreja cristã em Roma é desconhecida. Muitos supõem que esteja ligada à presença de forasteiros romanos no dia de Pentecoste (At 2.10), ou até mesmo pelo casal Áquila e Priscila que moravam em Roma (At 18.2; Rm 16.3). Paulo desejando por muito tempo visitar aquela Igreja, que era formada em sua maioria de gentios, escreve uma carta desde Corinto, quando se hospedava na casa de Gaio (Rm 16.23), a quem ele batizou (1 Co 1.14), entre os anos 57 e 58 d.C., em sua III viagem missionária. Existia uma clara diferença entre viver em Roma ou nas províncias: os habitantes da capital que chegavam a quase 1 milhão, gozavam de privilégios, abundância de alimentação, mercadorias importadas, bem como de serviços públicos como termas, latrinas, aquedutos, teatros, ginasios e hipódromos; enquanto o peso fiscal era reservado às províncias. No ano 395, com a morte de Teodósio I, o império foi dividido em pars occidentalis (Ocidente) e pars orientalis (Oriente). O Império Romano do Ocidente terminou em 476, quando o último imperador Rômulo Augusto é deposto, e Roma é tomada pelos bárbaros hérulos. A parte oriental do Império denominada de Império Bizantino, perdurou até a queda de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453.