“Já se fazia escuro e Jesus ainda não viera ter com eles” (João, 6.17b) AINDA – com essa palavra, João parece denunciar o ambiente de inquietação que se instalava entre os discípulos no meio do mar. Por mais que eles relutassem em tecer tais conjecturas, as altas ondas, o rijo vento, o barco afundando, a hora avançada, as forças mitigadas, o negrume da noite, todas as coisas pareciam apontar para um “atraso” divino, uma dessincronia entre a ação de Deus e as necessidades humanas, uma distração de Deus em face ao desespero humano. Diz o texto que, naquele momento de medo, pânico, perplexidade, e de total incapacidade de não atribuir a Deus a falibilidade humana, Jesus vem andando por sobre as águas e o Seu relógio marcava a quarta vigília da noite. Teria Deus perdido a hora? Dormido no ponto? Havia o relógio divino trabalhado descompensado com a hora do nosso sofrimento? Teria Ele abdicado do compromisso radical que tem com as nossas vidas? Não! Diz o texto enfaticamente: Ele veio na quarta vigília da noite. Por que? Porque é na quarta vigília que a noite se faz mais escura, as ondas mais revoltas e os ventos mais rijos em razão da proximidade do nascer do sol (o texto atesta esse fenômeno quando diz que neste período eles remavam com dificuldade porque “o vento lhes era totalmente contrário”). Como sempre, o relógio de Jesus estava rigorosamente pontual. Veio quando a escuridão era mais densa, as ondas mais encapeladas e os ventos totalmente contrários. O relógio de Jesus é assim: sincronizado com o nosso sofrimento e as nossas dores. Jamais chega atrasado em nossa vida para a manifestação de Sua graça e de Sua misericórdia. Jamais posterga o milagre esperado. Ele sempre aparece quando a noite se faz mais escura e os ventos são totalmente contrários. Talvez, muitos de nós estejamos, hoje, vivendo essa “síndrome do ainda”. Uma terrível sensação de que Deus perdeu a hora, Deus perdeu o bonde da história de nossa vida; um Deus atrasado em cumprir as Suas promessas. Talvez, muitos de nós estejamos nutrindo em nossas vidas essa idéia de um Deus distraído e incapaz de manifestar a Sua graça no tempo certo de nossos sofrimentos. Precisamos entender isto: o Relógio de Jesus nunca falha. Ele Sempre aparece. Quando as trevas forem mais densas, as ondas mais revoltas e se fizer a “quarta vigília da noite”, louvemos e cantemos ao Senhor. Porque está vindo ao nosso encontro. Creiamos nisto.
Nome do primeiro filho de Sara e Abraão que quer dizer riso, porque Sara, sua mãe, sorriu quando o anjo anunciou a Abraão sobre seu nascimento. A promessa do nascimento de Isaque levou 25 anos a ser cumprida; Abraão tinha 100 anos de idade e Sara 90 anos (Gn 21.5). Isaque é o filho da promessa que Deus fez a Abraão, da nação que sairia de seus lombos - "Far-te-ei uma grande nação" (Gn 12.2). Nascido em Canaã ao redor do ano 1712 a.C e falecendo no ano 1532 a.C com a idade de 180 anos (Gn 27:28-29). Seu nome aparece por volta de 127 vezes nas Escrituras Sagradas. Deus usou a Isaque como um veículo para burilar a fé de seu pai. Abraão obedeceu o chamado de um Deus que ele não conhecia, saindo de Ur dos Caldeus, deixando a sua terra e a sua parentela sem saber para onde ia, mas não questionou (Gn 12: 1-20). Abraão também aceitou o desafio de oferecer seu filho Isaque em sacrifício, por isso ele é chamado de Pai da Fé (Gn 22.7,8). Cronologicamente, a Bíblia relata os seguintes acontecimentos da vida de Isaque: Isaque foi circuncidado na idade de 8 anos (Gn 21:4). A fé de Abraão foi provada quando Deus pede para sacrificar o seu próprio filho. Isaque casou aos 40 anos com Rebeca, e dela teve dois filhos gêmeos, Esaú e Jacó, depois de muito orar ao Senhor, pois ela era estéril (Gn 25.21). Este último enganou a seu pai e comprou a primogenitura ao seu irmão e dele descendem as 12 tribos de Israel. Isaque tinha como ocupação a de cavar poços e viveu até aos 180 anos. Durante o período de fome, Isaque se refugiou em Gerar, com o Rei Abimeleque. Ele cometeu o mesmo erro que seu pai Abraão quando esteve no Egito, dizendo que sua esposa era sua irmã (Gn 26.7). Isaque também é um tipo de Jesus. Ele é um dos personagens ou figuras do Velho Testamento que prediz ou aponta para a vinda, ministério, morte e ressurreição de Cristo, o Salvador. Quando Deus manda Abraão sacrificar Isaque em holocausto no monte Moriá, isto apontava para a obra da redenção que iria ser realizada na cruz do Calvário por Jesus. Isaque ao perguntar a seu pai pelo cordeiro, Abraão responde: "Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto" (Gn 22.2,28; Jo 3.15). Em suma, Isaque representa o cumprimento da promessa de Deus a Abraão, que lhe faria uma grande nação ainda que sua mulher fora estéril (Hb 11:2).