"Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem para que o visites?" (Sl 8.4). Desde os tempos mais remotos da humanidade são varias as especulações, teorias e afirmações de cunho acadêmico ou não, e principalmente cientifico a respeito da origem do homem - Homo Sapiens. Porem, nenhuma delas leva em consideração a real e verdadeira fonte desse assunto, sendo portanto antagônicas a Bíblia Sagrada, a qual é a única fonte que nos relata acerca da criação do homem e descreve-nos de forma absoluta em todos os aspectos e parâmetros, o propósito pelo qual Deus, de forma especial fez o homem como obra-prima de Sua criação (Gn 1.26,27). E na Sua criação divina, Deus fez ao homem de forma tricotômica, corpo, alma e espirito, diferenciando-nos de toda e qualquer outra criatura por Ele também criado, nos constituindo numa forma de vida que se destaca por elementos como personalidade, vontade, sentimento e consciência. Fomos criados para Sua gloria e para nos relacionarmos com Ele (Is 43.7), e possuímos uma natureza biforme: material e espiritual, sendo que a natureza material procede do pó da terra, e a espiritual foi dada ao homem quando Deus soprou em suas narinas o fôlego da vida (Gn 2.7). Desmentindo assim qualquer ensino ou ciência que com suas teorias afirmam que o homem é resultado de um processo evolutivo apenas, ou simplesmente o resultado de um caráter biológico e psicológico, que nada mais resta depois da morte. Foi através de um ato voluntário da vontade do homem (Gn 3.1-12) ao ser convencido pela serpente, o Diabo (Gn 3.6,7), que o pecado foi introduzido no mundo, trazendo sobre si a morte (Gn2.17), a separação de sua comunhão com Deus (Gn 3.8-13) e o juízo de seu Criador (Gn 3.14-24), que ao mesmo tempo trouxe para a humanidade e ao homem sua promessa redentora (Gn 3.15), aonde a "semente da mulher", apontava profeticamente para Jesus, o Verbo que se fez carne, nascido de mulher, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). A Historia atual e os acontecimentos deste século que agora se inicia, nos mostram que o homem continua perdido em si mesmo, com o coração duro, e tentando das formas mais loucas e absurdas, consolo e resposta para sua alma. Aqui nos EUA já está em processo a clonagem de seres humanos, como também experiências das mais bizarras em termos genéticos, o homem querendo agir e ser como Deus, perdendo ainda mais sua identidade e referência, pois recusa-se a aceitar sua fragilidade e impotência, no que se refere a vida e a ter poderes sobre a mesma. O profeta Isaías já bradava com toda autoridade "Ai do homem que com Deus contende, compra brigas com o Criador, caco entre outros cacos…" (Is 45.9a). Mas louvado seja o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o qual veio a este mundo para resgatar e salvar ao homem, pagando um alto preço, não levando em conta nossa ignorância e rebeldia (Jo 3.16), para nos trazer de volta ao seu plano inicial e nos livrar daquilo que por opção e consequência do pecado nos estava destinado, ou seja, o inferno e vida eterna separados de Deus. Por isso a definição exata e inequívoca de "homem" se completa em Cristo, "que sendo em forma de Deus não usurpou ser igual a Deus" (Fl 2.6 ), que provou aos céus, ao inferno, e ao próprio homem, que aquilo que Deus faz é perfeito e Nele se cumpre todas as coisas . "E achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz" (Fl 2.8). Graças a Deus pelo Homem de Nazaré (Mt 2.23; Lc 2.39).
O Criacionismo Bíblico é a doutrina segundo a qual Deus criou, a partir de sua palavra, tudo quanto existe, visível e invisível, e as sustém pelo seu poder (Sl 33.6,9). A Bíblia inicia suas páginas com a declaração: “No principio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1), revelando assim a existência de Deus e a causa da existência do universo (Jo 1.3). Entretanto, o mundo não crê nesta verdade incontestável, e a própria Bíblia declara: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus” (Sl 14.1; 10.4). Deus é eterno, infinito e auto-existente, portanto ele não tem princípio, nem fim (Sl 90.2; Ap 22.13). Diferente do universo, Deus não necessita, nem está limitado à dimensão do tempo, matéria ou espaço. O universo requer uma causa porque teve um princípio (Rm 1.20). Este princípio não adveio de uma explosão, de um acidente, ou muito menos de uma evolução de bilhões de anos, como a maioria das escolas, cientistas e mídia ensinam e advogam. A causa do universo e da existência do homem, com toda a sua beleza, complexidade, funcionalidade e propósito é diretamente obra das mãos do Criador. Deus é Todo-Poderoso e transcedente, por isso Ele tem o controle de tudo que criou (Cl 1.16,17). Ele não pode ser contido ou limitado por sua criação e seus atributos podem ser claramente vistos em tudo criado (Rm1.20). Deus está além da compreensão humana, e por isso o homem necessita de fé para agradá-lo, para crer e se aproximar Dele (Hb 11.6). Deus escolheu criar todo o universo em uma semana – dias literais de 24 horas. Em sua obra, a cada dia, Deus agiu de forma específica e ordenada, a fim de preparar o local onde ele colocaria a coroa de sua criação – o homem. No primeiro dia vemos Deus criando quatro coisas importantes, nas quais Ele enquadraria o fundamento do universo a ser formado: Ele criou o tempo, o espaço, a matéria e a luz (Gn 1.1-5). Essa luz, que não era do sol (Ap 22.5), proveu à terra (matéria), dois períodos de tempo em sua rotação, aos quais Deus chamou de dia (luz) e noite (trevas) - Gn 1.5. Nesta terra ainda informe, a Bíblia diz que só havia água, e o Espírito de Deus se movia sobre a face dessas águas (Gn 1.2). Portanto, no segundo dia, Deus cria uma expansão, ou espaço no meio das águas, separando e contendo as águas em cima e debaixo desta expansão (Sl 148.4; 104.6; Gn 7.11). A esta expansão entre as águas Deus chamou céus ou firmamento (Gn 1.6-8). A atmosfera ou camada de ar que envolve a terra é formada de diferentes gases, sendo o nitrogênio, oxigênio e gás carbônico os principais e responsáveis para que os homens, animais e plantas sobrevivam no planeta. No terceiro dia, a terra ainda estava coberta de água. Deus então ordena que as águas debaixo do céu se ajuntem em um só lugar, e que a porção seca apareça, chamando o ajuntamento das águas de mares e a porção seca de terra (Gn 1.9-10). Deus ainda fala, e todo tipo de vegetação, árvores, plantas e flores aparecem segundo a sua espécie e com sua particular semente (Gn 1.11-13). No quarto dia Deus cria o sol, a lua e as estrelas – bilhões delas em nossa galáxia, as quais Deus as conhece por seus nomes (Sl 147.4). O nosso sistema solar, com seus planetas e luas, como também bilhões de galáxias são formados em toda a expansão do universo (Gn 1.14-16). Os dois grandes luminares, sol e lua, não somente iluminam a Terra, mas servem para separar a luz das trevas, para governar a noite e o dia, e para marcar as estações, anos e dias (Gn 1.17-19). No dia quinto da criação, a Terra estava pronta para receber a vida animal, cada espécie no seu próprio habitat. Portanto, Deus ordena e as águas produzem abundantemente toda sorte de peixes, répteis aquáticos e vida marinha, segundo a sua espécie (Sl 74.13). Deus também ordenou, e toda sorte de aves e insetos que voam encheram os céus, segundo a sua espécie (Gn 1.20-23). No sexto dia Deus cria a vida animal sobre a terra, ordenando que toda sorte de gado, répteis terrestres, e bestas feras, incluindo os dinossauros, viessem à existência conforme a sua espécie (Gn 1.24-25; Jó 40.15-19). Após ordenar a criação de todas essas maravilhas, Deus então declara e traz à existência de forma única e particular: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança. E tomando do pó da terra, formou o homem e soprou em seus narizes o fôlego da vida, e o homem foi feito alma vivente” (Gn 1.27; 2.7). Da mesma sorte, Deus fez cair um sono em Adão, e de uma de suas costelas, cerrando a carne em seu lugar, formou a mulher (Gn 2.21-25). O primeiro casal de seres humanos, dotado de corpo, alma e espírito; bem como de intelecto, sensibilidade e livre arbítrio, foi posto no Jardim do Éden, a fim de frutificar, multiplicar, sujeitar a terra e ter o domínio ou governo sobre todos os peixes, aves, e animais que se moviam sobre a terra (Gn 1.28). A aptidão para governar implica em capacidade intelectual adequada para argumentar, organizar, planejar e avaliar. Deus criou o homem distinto de todos os demais seres. Depois de tudo criado, e vendo que tudo era muito bom, a Bíblia declara que Deus descansou, ou seja, acabou sua tarefa da criação no sétimo dia (Gn 2.1-3).