Editorial

GRAÇA INEFÁVEL

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente da Regional Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA

A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". (1 Co 12:9). Em seu livro “A síndrome de Aquiles”, o jornalista Mário Rosa faz reflexão sobre sua experiência no inferno das crises que arrastam consigo aquilo que é mais precioso nas pessoas públicas: a reputação. Mas, também, deixa claro que todos estão vulneráveis neste mundo globalizado, onde o privado se torna objeto de todos. Reconhecemos que todos temos um calcanhar de Aquiles, que tocado pode ocasionar uma súbita inversão de valores, uma destruição de imagem. E isto pode acontecer com as melhores famílias, ministérios, personalidades públicas ou clericais. Quando acontece um incidente triste, decepcionante entre os evangélicos, por exemplo, infelizmente observamos que a postura contra estes se limita à crueldade e a um feudalismo sem fim. Sem fim porque são marcas que perseguem a vítima até o apagar de suas luzes! Mas, em nome da moralidade e bons costumes, o ostracismo é o melhor lugar para a vítima, para aquele que erra. Não desejo defender a graça irresponsável que significa justificação dos pecados, e não do pecador. Deve existir por parte dos vitimados um arrependimento sincero e leal diante do Deus das misericórdias, do perdão e do amor. Um Deus que não se decepciona com os nossos pecados, embora se entristeça, pois sabe que somos pecadores em potenciais, podendo falhar a qualquer momento. Sabe ele que fazemos o que já foi produzido em nossos corações, pois aos grandes homens os grande erros! Quão bom seria se os ministros do Evangelho, as instituições e denominações fossem repletas da maravilhosa graça, que vai ao encontro do pecador nos momentos que ele mais necessita! No entanto, será que compreendemos que todos somos iguais, sujeitos a todas as assertivas humanas ou diabólicas? Há entre os líderes evangélicos e igrejas o discernimento real a respeito da graça e sua manifestação? Pois, quando olhamos às nossas ribaltas eclesiásticas, constatamos, irrefutável, de que estamos distantes de vivenciarmos o que entendemos ser a graça de Deus. O tradicionalismo e o condicionamento nas instituições evangélicas têm conduzido seus membros a se classificarem numa certa escala de pecados: uns para morte, outros para sustentação do status quo. Pergunto, será que esta graça inefável e Divina realmente nos basta e nos satisfaz como entoamos em nossa tradicional liturgia? O texto em apreço diz: basta! Nesta perspectiva posso assegurar que não existe imagem destruída. Não há integridade manchada para sempre, aleluia! Talvez, só na forma de agir da igreja que sofre os males de uma sociedade em decadência. Parece-nos que há um processo dinâmico na graça que age no homem fraco, com a imagem moral e sentimentos afetados. Em meus anos de ministério, lidando com igrejas de diversificada composição étnica, tenho percebido duas possibilidades: a primeira, é que a graça — a ação dinâmica de Deus, se agiganta no homem à medida que ele precisa de restauração e força. A segunda premissa, é que quanto maior for a fraqueza do homem, quanto mais catastróficas forem as rupturas e as erosões da sua imagem enquanto servindo a Deus, mais a graça é refletida em sua vida e evidenciada para o mundo. É na fraqueza que a graça restauradora é sentida em todas as esferas, fazendo do moribundo um exemplo de credibilidade e invejável integridade! Minha oração e voto é que as nossas Assembléias de Deus não sejam agências de inquisição, detentoras de toda pureza e saber, mas que tenham a coragem e ousadia de ser objeto e veículo, por excelência, da inefável graça de Deus!

Glossário

G Ê N E S I S

Vania DaSIlva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos

Gênesis é o primeiro livro da Bíblia Sagrada, fazendo parte do Pentateuco, ou Torah, escrito por Moisés. Contém 50 capítulos e é dividido em duas grandes seções – Os primeiros 11 capítulos contém a história das origens, que inicia com a criação do mundo, do Éden e do homem. A segunda parte, dos capítulos 12-50, enfoca o nascimento da nação de Israel através de Abraão e seus descendentes. A palavra Gênesis do grego ou “Bereshit” do hebraico quer dizer origem, princípio, e descreve a queda do homem, sua rebelião, punição e restauração; como também o primeiro homicídio, o diluvio, a construção da Torre de Babel, a origem e dispersão dos povos após o dilúvio, a crono-genealogia de Adão até José cobrindo um período de 2.392 anos e a história detalhada dos patriarcas. O livro de Gênesis revela o poder total e absoluto de Deus como criador. O universo é resultado exclusivo e direto da ação de Deus, que com a sua palavra criou todas as coisas visíveis e invisíveis (Jo 1.3; Cl 1.16,17). Em todas as épocas, o mundo, as religiões e a ciência tem tentado desacreditar a Bíblia Sagrada, especialmente o livro de Gênesis, no que diz a origem do mundo e do homem. Propagam estes que tudo o que vemos é o resultado de uma evolução de bilhões de anos, de uma mera explosão denominada de Big Bang. Muitas também são as vertentes de ensino da criação que tratam de excluir a Deus como criador absoluto ou creem numa criação progressiva, mesmo dentro do meio evangélico. Sabemos, porém, que o propósito da Bíblia não é descrever os pormenores ou provar como o universo foi criado; mas sim, revelar o Deus Criador, a causa de toda beleza e complexidade do universo e do homem, os quais existem e são mantidos pelo seu poder. O livro de Gênesis é também o fundamento da salvação do homem, pois nele contem a mais linda promessa redentora da humanidade, quando Deus declara: “E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Esta promessa foi selada com o sangue de um cordeiro, o qual Deus sacrificou para cobrir a vergonha do primeiro casal (Gn 3.21). No capítulo 22 de Gênesis, Deus revela que este sacrifício não poderia advir de um mero animal; e tipologicamente, Isaque assume o tipo de Jesus, quando levado ao Monte Moriá para ser oferecido em sacrifício. Muitos foram os sacrifícios oferecidos durante os séculos que se passaram, lembrando ao povo de Israel a promessa do Messias, a qual foi cumprida no Monte Calvário, na pessoa de Jesus, o Filho de Deus.

Esboço

GÊNESIS, O LIVRO DA CRIAÇÃO DIVINA

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente da Regional Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA



Texto de Memorização
"No princípio, criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1).
Texto da Lição
Gênesis 1.1-10,14,26

Gen 1.1 - No princípio criou Deus o céu e a terra. 2 - E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. 3 - E disse Deus: Haja luz; e houve luz. 4 - E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. 5 - E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro. 6 - E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. 7 - E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi. 8 - E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo. 9 - E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi. 10 - E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom. 14 - E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. 26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
    1. O LIVRO DE GÊNESIS  
  1. O tema do Livro — o início das coisas: Gn 1.1
  2. Autoria do Livro — Moisés: Lc 24.44
  3. O local do Livro — sua historicidade: Êx 24.4
    2. OBJETIVO DO GÊNESIS
  1. Registrar as ocorrências do presente: Jo 5.46
  2. Fortalecer a fé das gerações futuras: Êx 3.14-16
  3. Responder as perguntas diárias do povo: At 17.19-31
    3. O CONTEÚDO DO GÊNESIS
  1. Da Criação à Queda: Gn 1.1 a 3.15
  2. Do Julgamento ao Governo Humano: Gn 6-8 e 9 a 11
  3. Da origem da Nação de Israel: Gn 12.1-3 e 25-49