A história do Semeador nos ensina como devemos ter os nossos corações preparados para receber a Palavra de Deus, e permitir que frutifique em nós uma nova vida! O que não aconteceu com Belsazar, regente da Babilônia! Todos nós, objetos únicos da graça de Deus, devemos em todo tempo reconhecer quão distante Jesus foi para poder nos alcançar! Na trilogia da história, o único que tinha problema era o solo; e este tipo, é de nossa inteira responsabilidade de o cuidar antes da recepção da Palavra! Todos, ao meditar nesta parábola, possam dizer: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” (Sl 139.23-24)! Apesar do laborioso trabalho da semeadura, os corações de muitos não permitiram a palavra frutificar, porque não lhes deu a mínima atenção em retirar, ou pedir para que retirassem, os espinhos velhos e ressequidos do medo, da frustração, da avareza e do recalque; de igual forma, as pedras, produtos de uma vida de ódio, mesmices, inveja e vingança deveriam ser arrancadas e lançadas fora do terreno. Bastava apenas as retirar, ou pedir ao Espírito Santo que o fizesse, a fim de que a santa Palavra produzisse frutos em razoável proporção! Mesmo assim, nosso Senhor Jesus não hesitou em lidar apenas com essa percentagem pequena, o que ele sabia que mais tarde, viria ser miríades! A semente, é classificada como a Palavra de Deus — “Esta é, pois, a parábola: a semente é a palavra de Deus” (Lc 8.11), ou incorporada a uma pessoa — “O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino...” (Mt 13.38). Em outras palavras, o verbo escrito ou encarnado; a Palavra pregada nos púlpitos ou através das vidas dos cristãos trariam os mesmos efeitos da frutificação — “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (Jo 15.8). E, por esse exposto, entendemos que a semente é boa, o semeador eficiente, mas os resultados variam de acordo a preparação do campo — o coração do homem. Um coração evasivo – à beira do caminho, não se sabe as motivações porque a pessoa colocou outro caminho, quando existe apenas um: “Disse-lhe Jesus: eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6). Viver uma vida evasiva por outros cômodos caminhos expõe a nossa fé ao inimigo de nossas almas! Um coração emotivo — entre os pedregais que, após se aquecerem pelo ardor da perseguição, faz evaporar o pouco de água contido naquele solo, promovendo um crescimento rápido, sem bases firmes escriturística. Ela não tinha raízes! Nenhuma emoção substitui ao conhecimento bíblico sólido do cristão, o qual não o permite vacilar, como foi no fracasso da casa edificada sobre a areia! Finalmente, um coração volúvel — entre os espinhos, sabe-se no coloquial, que “quem brinca com fogo se queima”! Os espinhais usados nas cercas do campo são muito bons, e protege a própria sementeira contra os predadores. Porém, dentro da terra, e vivos, é iminente perigoso para a semente em processo do seu desenvolvimento. Eles também crescem, neutralizando e sugando todos os ingredientes assim do solo, como da própria semente. Nessa batalha de sobrevivência, a morte chega mais rápida ao embrião da Palavra de Deus no coração do novo cristão! Que Deus guarde a todos, tanto na consciência da recepção da Palavra de Deus, como na preparação do coração para ouvir o sermão, o ensino ou o testemunho corroborado pelo Espírito Santo — “Mas, o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta” (Mt 13.23)!
Babilônia estava situada na região da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, a 80 Km da moderna Bagdá, capital do Iraque. O povo babilônico era muito avançado para a sua época e influenciou em muitos aspectos outras civilizações quanto a arquitetura, agricultura, astronomia, direito, e divisão do dia em 24 horas. A história desta cidade que tornou-se um grande império, pode ser dividida em duas etapas, separadas entre si pelo período do domínio assírio. O período Paleobabilônico, também chamado de Amorrita, perdurou dos anos 1792 à 1595 a.C. O seu mais ilustre rei, Hamurabi, foi o fundador do Primeiro Império e sob seu domínio houve grande prosperidade e expansão territorial, que alcançou desde a Assíria (norte) até a Caldéia (sul). Ele foi o primeiro rei a codificar leis e normas de conduta, utilizando a escrita cuneiforme, conhecido como Código de Hamurabi. Foi também responsável de unificar a língua e a religião, elegendo Marduque como o patrono da cidade. A formação do segundo Império Babilônico ou Neobabilônico, ocorreu após a conquista das cidades de Assur e Nínive pelos caldeus, e estendeu-se do ano 626 à 539 a.C. O rei mais afamado deste período foi Nabucodonosor, que sucedeu seu pai, Nabopolossar, no ano 605 a.C. Nabucodonosor transformou a Babilônia num centro cultural e arquitetônico. Devido as suas grandes conquistas territoriais, Nabucodonosor adquiriu imensas riquezas e poder (2Cr 36.18,19; Dn 4.22). Tais riquezas facilitaram a construção de grandes obras como templos, palácios luxuosos, muralhas, torres, zigurates, sistemas de irrigação e os famosos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo (Dn 4.30). Assim, o Império Babilônico retomou seu esplendor, tornando-se o maior centro comercial e cultural do Oriente. Durante o período deste segundo império, Nabucodonosor conquistou parte dos territórios da Cilicia, Fenícia e Siria; derrotou o exército egípcio de Faraó Neco II em Carquemis; e após três expedições, capturou a cidade de Jerusalém, levando o povo cativo à Babilônia (2Rs 25). Nabucodonosor tinha a preocupação em ostentar seu poder e fazer de Babilônia uma cidade esplendorosa. Em consequência disso, o rei por intervenção divina foi tirado do seu reino por algum tempo, devido a loucura súbita que lhe ocorreu, por não dar glória a Deus (Dn 4). Após a morte de Nabucodonosor, o império entrou em decadência sob os governos de Evil-Merodaque, Nabonidas e Belsazar; culminando com a conquista do império pelo rei Ciro II e estabelecimento do Império Medo-Persa no ano 539 a.C. (Dn 5; 2Rs 25.27).