O termo anti-semitismo denota a hostilidade a todos os povos semitas, povos de família etnográfica e lingüística originária da Ásia Ocidental, que compreende os
hebreus, os assírios, os aramaicos, os
árabes e os fenícios. Politicamente, entretanto, ele é usado especificamente para designar ódio ou rejeição aos judeus. Esse ódio é muito antigo; existe desde que os judeus desenvolveram a consciência de uma religião e nacionalidade únicas, resistindo a todas as tentativas de absorção e influência de civilizações estrangeiras e muito mais poderosas, quando, por ordem Divina entraram em contato com elas –
“Quando entrares na terra que o SENHOR, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações”.(Dt 18.9). Essa resistência fez dos judeus estranhos e, como tal, rejeitados, logo odiados e, por fim, perseguidos na sua peregrinação pelo Deserto, na conquista de Canaã, no exílio da babilônia, e, finalmente, na sua massiva diáspora para os quatros continentes. O anti-semitismo moderno tem raízes religiosas, ideológicas e sociais. O processo de emancipação dos judeus na Europa Ocidental e Central criou um pano de fundo para um atrito entre habitantes gentios, realimentando a rejeição aos estranhos que insistiam em manter sua identidade, mesmo sob a pressão de circunstâncias sociais, religiosas, econômicas e ideológicas. Essa rejeição tornou-se muitas vezes ódio, que se expressou em perseguições e ainda mais violento que os dos períodos obscurantistas da Idade Média, agora em plena era dos Direitos Humanos. A demonização dos judeus tem servido em muitos casos para encobrir problemas internos e consolidar uma união de objetivos difícil de conseguir em outros campos. De fato, o anti-semitismo foi uma forma mitológica notável de racismo ao longo dos tempos, e como expressão pseudo-racional de caráter ideológico que ele precipitou o Holocausto de seis milhões. Sentimentos anti-semitas foram exacerbados até mesmo em países de estrutura democrática, suscitando decisões cruciais e radicais de povos motivados por incitações religiosas, econômicas e por ideologias preconceituosas e racistas. Para não fugir desses atrozes atos de barbárie moderno, os judeus, mesmo dentro da sua casa, são espoliados, mortos, dizimados, humilhados, e postos ao ridículo na comunidade internacional. O anti-semitismo atual assumiu uma maior fúria e uma nova forma de ódio ao Estado de Israel, com novos ingredientes políticos, relacionados com o conflito Israel-Palestina aquecido por células revolucionária e terrorista. Mas Jesus predisse tudo isso, antes que acontecesse: Porém Jesus, voltando-se para elas, disse:
“Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos.” (Lc 23.28).
Nome da península localizada entre o Egito e Oriente Médio, em forma triangular, com uma superfície de 61.000 km² e sendo dividido em duas partes: Sinai do norte e do sul. O Sinai faz fronteira ao norte com o Mar Mediterrâneo e ao sul com o Mar Vermelho. Os golfos de Suez e Acaba banham sua banda ocidental e oriental respectivamente. O Sinai é a única ligação terrestre entre a África e Ásia, e por isso ocupa uma posição estratégica e de grande importância econômica, política e histórica durante todas as épocas da civilização humana. A sua fauna é muito variada e extremamente rica especialmente em aves. Também a flora é de grande valor, possuindo mais de 5.000 classes de plantas diferentes. Toda esta região se tornou conhecida devido aos seus muitos numerosos poços de petróleo, do ouro e de toda a espécie de minerais, especialmente a turquesa, tão explorada pelos antigos egípcios. A península sinaítica consiste de grandes áreas desérticas, conhecidas na Bíblia como o deserto de Parã, deserto de Zim, deserto de Sur e deserto de Sim. Ao sul do Sinai encontra-se uma grande cadeia de montanhas rochosas, cujos cumes elevam-se a mais de 2.600 metros. Nesta região, foi o local onde o povo de Israel esteve acampado por quase um ano ao sair do Egito em direção à Canaã. O monte Sinai ou Horebe, no qual Deus se revelou a Moisés através de uma sarça e deu o Decálogo ao seu povo (Ex 3 e 20), é tradicionalmente identificado, segundo a Arqueologia, com a montanha Jebel Musa. Apesar de todas as dificuldades da época e avançada idade de Moisés, a bíblia registra que ele subiu a este monte, cuja altura é de 2.285m, sete vezes para falar com Deus. Em uma das ocorrências, ao estar 40 dias com o Senhor, seu rosto resplandecia e Moisés teve que colocar um véu sobre o seu rosto (Ex 34.28-34). A manifestação de Deus com trovões, com fogo, som de buzina e tremor de terra sobre o monte Sinai, o denominou de Monte do Senhor (Ex 19.17-19; 20.18). Atualmente neste local, se encontra o monastério grego ortodoxo de Sta. Catarina, onde foi descoberto por Constantino Tischendorf, erudito alemão, o Códice Sinaítico, escrito a mais de 1600 anos e contendo o mais preservado manuscrito da Bíblia em grego, incluindo a mais antiga e integral cópia do Novo Testamento. A bíblia registra vários eventos acontecidos nesta região com o povo de Deus: O Decálogo, Leis e Ordenanças são instituídas por Deus; o Tabernáculo é erigido para culto ao Senhor; Arão e seus filhos foram consagrados ao sacerdócio; o primeiro recenseamento do povo é realizado; a segunda páscoa é celebrada; Nadabe e Abiú, filhos de Arão morrem por oferecer fogo estranho ao Senhor; e o povo presta culto ao bezerro de ouro. Muitos personagens bíblicos como Abraão, Jacó, José, Agar, Elias, e o próprio Jesus passaram na região do Sinai. Em 1967, a península foi ocupada pelo exército de Israel durante a guerra dos Seis Dias, e retomada nas primeiras 3 horas na guerra do Yom Kippur. Atualmente o Sinai pertence a administração do Egito, mas a promessa de Deus ao seu povo, inclui esta região como herança aos filhos de Israel (Gn 15.18).