O casamento é de origem divina. A pedra fundamental do casamento foi colocada por Deus, lá no jardim do Éden desde a criação do mundo. Depois de haver criado o mundo inclusive o homem, Deus olhou no coração de Adão e sentiu que ele necessitava de alguma coisa mais (Gn. 2.18). Foi assim, que decidiu criar Eva (Gn. 2.21-23). Desta forma iniciou-se o casamento. (Gn. 2.24, Mat. 19.5, Mar.10.7, Ef. 5.31). Deus deu Adão e Eva em casamento (Gn. 2.18-25). Ambos se aceitaram imediatamente sem questionamento. Ela a esposa ideal (ajudadora -v.18), ele o marido perfeito. Ambos se satisfaziam um ao outro. Na escolha de Deus dá-se a união total (espiritual, emocional e física). Para que haja um perfeito entrosamento entre o casal, é necessária a presença destes três elementos. Quando o físico é o elemento predominante, com o tempo a relação pode desgastar-se visto que, desde o início, o casamento foi realizado em um nível espiritual. O amor é um sentimento espiritual. Portanto, esta deve ser à base do casamento. Um casamento sob o controle do Senhor, só pode ser bem sucedido (Ef. 5.21). O Senhor disse:
“não é bom que o homem esteja só...” (Gn 2.18). De acordo com a vontade de Deus, o propósito do casamento, é o de satisfazer a necessidade que o homem possui de companhia. Portanto, o primeiro propósito do casamento é o de acabar com a solidão do ser humano através da companhia. A constituição da família, através dos filhos do casal é uma consequência divina do matrimônio. O casamento, portanto, é um compromisso de fidelidade mútua. É um companheirismo de submissão mútua e voluntária. Na união de duas pessoas, o interesse deve ser comum. A realização do casamento implica em duas, por que são duas pessoas, e ambas têm o mesmo direito a realização. Quando existe a predominância do amor Ágape na união do casal, um busca sempre a necessidade do outro, e a preenche. Paulo nos diz,
“o amor jamais se acaba” (1 Col. 3.8). Se tivermos a capacidade de dar amor, nunca falharemos em mostrá-lo instintivamente. Biblicamente, vemos que o casal representa a união de Cristo com a sua igreja, por isto devemos lutar para preservar esta instituição divina, que o Adversário tem lutado para destruir. (Dt. 2.6, Ef.5.26, Ap. 22.17). Paixão - geralmente alicerçada numa atração sexual súbita e de luxúria. É repleta de emoções e ansiedade. É um sentimento temporário, regido pelo amor Eros. Após algum tempo se apaga. Em geral, acontece muito com adolescentes e pessoas carentes. A paixão é capaz de cegar, tornando o objeto da paixão, num ídolo sem defeito. (1 Sm. 13.15). Amor - É o mais poderoso laço emocional que existe, é um sentimento maduro, cresce vagarosamente, envolve amizade e companheirismo. Envolve também o sexo. Mas a satisfação não é encontrada apenas no prazer sexual. O amor sempre dá de si mesmo, desinteressadamente e isto também é uma fonte de prazer e satisfação. (1 Co 13). Valorização do Ato Conjugal - É preciso que se aprenda o que significa o relacionamento sexual dentro do casamento. O sexo no casamento, não é um mal necessário, é uma bênção, compreendida como uma entrega mútua e uma colaboração consciente com Deus, no ato de criar um novo ser. A orientação de Deus para os casais é encontrada em
1 Co. 7.2-5: “Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.” Deus abençoou o casamento. Cada cônjuge doa seu corpo um ao outro. Não é a vontade de Deus que casais tenham que sofrer com um casamento pela metade. A abstinência sexual e a ausência do sexo violam o objetivo real do relacionamento físico no casamento (1 Co 7.2-5). Encontramos neste texto, o manifesto da ética cristã sobre o sexo no casamento. Deus proveu o casamento santo, para que seus servos tivessem o relacionamento sexual adequado, a fim de que ficassem livres das tentações do mundo sem Deus. Um relacionamento sexual consistente e sadio fecha as portas da tentação. Embora as previsões acerca do casamento, por volta do ano 2000 não sejam satisfatórias, como por exemplo: para o ano 2000 está previsto, que cada indivíduo será auxiliado por computadores e pelo sistema da Internet, na busca do parceiro perfeito para companheiro e cônjuge. O que segundo prognósticos, permitirá a este casal gerar filhos perfeitos e saudáveis, além de propiciar uma estabilidade melhor no ambiente familiar. Acreditamos, porém, que por mais avançada que seja a tecnologia e a inteligência do homem, nada poderá mudar o plano primordial de Deus que criou o mundo, o homem e o mais forte de todos os sentimentos o AMOR. O amor que une Deus ao homem, que nos induz a amar aquele que escolhemos para ser nosso companheiro e que é capaz de gerar o verdadeiro equilíbrio e união familiar. Sem dúvida nenhuma, nada poderá mudar tudo aquilo que começou no Éden. Desde o início o princípio fundamental do casamento foi o amor. Desta forma Deus fez, e por isto mesmo assim permanecerá. Portanto baseados na certeza de que tudo o que o Pai celestial faz é perfeito, afirmamos que a escolha de um casamento só pode dar certo, se for feita pelo amor. Cecil Osborne conclui: “Desista de seus sonhos de um casamento perfeito e lute por um bom casamento, isto só se consegue através do amor”.
Poligamia ou bigamia significa o matrimônio de uma pessoa com mais de um cônjuge ao mesmo tempo. Deus instituiu o matrimônio monógamo, ou seja, entre um homem e uma mulher (Gn 2.22-24). A primeira menção de poligamia na Bíblia aparece com Lameque, descendente de Caim (Gn 4.19). Deus proibiu diretamente a poligamia aos reis de Israel (Dt 17.17), ainda assim foi praticada pelos patriarcas e reis de Israel. Abraão teve duas esposas; Jacó, quatro; Davi, dezessete e Salomão mil (700 princesas e 300 concubinas). A segunda esposa era chamada de concubina, rival ou competidora (1 Sm 1.6; 2 Sm 5.13). As concubinas eram geralmente tomadas pelos reis e governantes ao fazerem alianças políticas com outros reinos. Deus proibiu o povo de Israel casar com mulheres estranhas (pagãs), por causa dos seus deuses. Tal erro trouxe o rei Salomão, ainda que tão sábio, à ruína, devido à sua desenfreada concupiscência. Suas mulheres lhe perverteram o coração à idolatria (1 Rs 11.1-9). Absalão, em rebelião contra seu pai, entrou a dez de suas concubinas no terraço do palácio, perante os olhos de todo Israel. As dez mulheres foram depois encerradas até ao dia de sua morte, vivendo como viúvas (2 Sm 16.21,22; 20.3). A concubina poderia ser comprada (escrava) ou ser prisioneira de guerra. Sendo escrava e concebendo filho, ela não poderia ser vendida, mas sua liberdade era oferecida. A Lei de Moisés protegia as concubinas e seus filhos. Não era uma sanção para a prática da poligamia, mas uma proteção para as inocentes vítimas de tal ato (Dt 21.10-17). A poligamia também era considerada entre o povo judeu como uma alternativa quando a esposa não podia gerar filhos, e o esposo não desejava divorciá-la. Todas as referências na Bíblia sobre poligamia são seguidas de trágicas consequências na família. Abrãao expulsou Agar e Ismael por causa da contenda entre ela e Sara; a apatia dos filhos de Léia contra José, filho de Raquel, levou-os a vender José aos ismaelitas; Amnon, filho de Davi e Ainoã, desflorou sua irmã Tamar, filha de Davi com Maaca; em consequência disso, Absalão, filho de Davi e Maaca, assassinou seu irmão Amnon; Ana era excessivamente irritada por sua competidora Penina, por não poder conceder filhos a Elcana. Apesar das Escrituras relatarem a poligamia entre alguns de seus personagens, isso não quer dizer que Deus aceite tal procedimento. Nunca foi plano de Deus ou da aceitação de Deus que o homem tivesse várias companheiras. Por isso a palavra de Jesus foi taxativa sobre o divórcio. Moisés o fez, pela dureza do coração do povo (Mc 10.2-9; Mt 19.3-9). Nas Epístolas, Paulo também exorta os crentes, em especial os obreiros (ministros do Evangelho e diáconos), ao casamento nuclear, como Deus primariamente o instituiu (1 Tm 3.2; Tt 1.6; Ef 5.31; Gn 1.27; 2.24; 1 Co 7.2). Outras religiões e seitas como o Islamismo e os Mórmons promovem a poligamia, entretanto, muitos países proibem em suas leis constitucionais tal prática.