PARÁBOLAS DE JESUS — GUIA CEGO
Rev. Eronides
DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA |
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Israel, depois de 400 anos de silêncio da parte de Deus, procurava desesperadamente por líderes para a conduzir. Os fariseus e os saduceus, somente pela indumentária e apostura religiosa imposta, se apresentavam como esses líderes! Jesus conhecia, não somente os seus corações, mas que eles próprios não tinham passado
pelo crivo das Bem-Aventuranças do Sermão do Monte, a fim de adentrarem no Reino Messiânico. Nessa região montanhesca dos Galileus, ao contrário do Monte Sinai, do Monte Sião, do Monte Tabor ou do Monte Hermon, ele elegeu para fazer uma das maiores exposições
morais da Lei! Foi nessa montanha legada a Issacar e Zebulon, que deveria chamar o povo para ouvir
as boas novas, pois “De Zebulom disse: Zebulom, alegra-te nas tuas saídas; e tu, Issacar, nas tuas tendas.
Eles chamarão os povos ao monte; ali apresentarão ofertas de justiça, porque chuparão a abundância dos mares e os tesouros escondidos da areia”
(Dt 33.19). Sim, à briza do mar, Jesus pronunciou as oito bem-aventuranças: (1)
os pobres de espírito – coração vazio de malícia; (2)
os que choram – coração vazio de vaidade; (3)
os mansos – coração vazio de soberba; (4)
os que têm fome e sede de justiça – coração vazio de vingança; (5)
os misericordiosos – coração vazio de egoísmo; (6)
os puros de coração – coração vazio de lascívia; (7)
os pacificadores – coração vazio de contendas; e (8)
os que são perseguidos por praticarem a justiça – coração cheio
de Deus!
No Sermão do Monte, Jesus rejeitou definivamente a possibilidade de alguém liderar a nação, estando este no estado pior do que ela própria —
“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (Mt 5.20). Ora, a fim de que alguém pudesse ensinar a outra pessoa, era imperativo
saber e ver as coisas que estariam ensinando. Eles não viam, nem conheciam! Jesus quis ajudá-los a retirar esse impedimento, mostrando a realidade deles através da parábola do
Guia Cego! Portanto, e nesse contexto, as duas
seguintes questões fundamentais foram levantadas: i. Por que os fariseus não poderiam liderar a nação ao Reino Messiânico?
ii. Qual seria o perigo iminente de alguém seguir o farisaísmo com a meta de alcançar o Milênio? A resposta única de Jesus foi que, tanto a nação como seus líderes,
estavam cegos! O prólogo do Evangelho de João — “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”
(Jo 1.5), o epílogo do profeta Malaquias —
“Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria” (Ml 4.2), nos transporta à realidade da cegueira espiritual:
falta de conhecimento!
Jesus foi a revelação do Pai, a qual os líderes por capricho rejeitaram. Não podiam ver, por não terem recebido a iluminação
do celestial! Jesus explicou na parábola do Guia Cego, que tanto a cegueira do líder, como a do liderado, era causada por um elemento comum:
madeira, coisas materiais — "E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um"
(1 Co 3.12-13)! A única diferença estava no tamanho do impedimento: um era uma
tábua (trave) e outro era um cisco
(argueiro). A tábua estava segura pelas próprias mãos dos fariseus; mas o cisco estava encravado
no olho da nação! Em outras palavras, o portador do cisco estava enfermo, como o publicano da oração diante do templo —
“tem misericórdia de mim, pecador”. Olho irritado, enfermado, necessitando que alguém pusesse um líquido sanativo em seus olhos! O portador da
tábua, o fariseu, entretanto, a tinha posta por única conveniência pessoal e lucros religiosos. Seus problemas internos não deveriam vir à luz —
"Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 Jo 1.7)! Para enxergar bastava retirar a tábua, como paradoxalmente mostrado na oração do fariseu em frente ao templo —
"graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros"
— uma enorme tábua!
Acusar, não retira o problema do olho do enfermo; exercer um ministério com fins únicos lucrativos
e benefícios pessoais, não agrada e nem cumpre o chamado dos céus! Era necessário retirar a
tábua dos seus olhos primeiro, para que pudesse ver o
cisco no olho infeccionado do enfermo que tinha sofrido um acidente. Depois de sarado, ambos poderiam caminhar na vereda da justiça do Reino dos Céus!
Assim, todos aqueles que submetem suas vidas a uma direção errônea e desprovida do conhecimento verdadeiro, terão um fim trágico! Pode um indouto guiar alguém?
Sim, pode, mas ambos cairão no abismo, sem de lá jamais poderem sair! Finalmente, pode um líder que está cego pela presunção, pelo orgulho, pelo
sofisma religioso, pelo egoísmo, pela intolerância étnica, pela avareza e pelo amor a este mundo, liderar alguém
no caminho celestial do Reino Messiânico
ou da vida eterna? Absolutamente não! Esta foi a admoestação de Jesus aos fariseus acerca da verdade proposta:
ver para depois guiar! O fim dos líderes e da nação
foi o mesmo: rejeição daquela geração por
Jesus Cristo — o Messias!
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S O B E R B A
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João Luís de Sousa Cabral
Estados Unidos |
Angolano, Diácono, Diretor da Divisão de Música, músico |
“Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4.6; 1 Pe 5.5). A soberba é o oposto da humildade. A etimologia da palavra em latim,
superbia, significa manifestação de orgulho, de pretensa superioridade sobre os demais. Outros vocábulos associados com soberba são: altivez, elevação, arrogância, sobrepujança, presunção, vaidade e exaltação. A soberba faz com que o seu recipiente se sinta auto-suficiente, levando-o a crer que ele não precisa de ninguém, mas sim que os outros precisam dele. A soberba atinge qualquer raça, cultura, pessoa, família e nacionalidade. Atinge a ricos e pobres, pequenos e grandes, velhos e crianças, líderes e liderados, impérios e súditos, aos pagãos e até mesmo aos filhos de Deus. A soberba, a luz das Sagradas Escrituras, é um dos pecados que Deus mais abomina. Foi deste pecado que Lúcifer, outrora querubim ungido, corrompeu seu coração pensando que poderia ser igual ao Deus Altíssimo, seu Criador; recebendo eterna e imediata sentença de Deus (Is 14.12-15; Ez 28.13-19). A Bíblia no Salmo 19.13, chama a soberba de uma grande transgressão.
“Eu Sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória pois a outrem não darei, nem o meu louvor a imagens de escultura” (Is 42.8). O sábio Salomão reconheceu que Deus aborrece a soberba e a arrogância, e espera que todos aqueles que temem ao Senhor, também aborreçam estes males (Pv 8.13). Davi, um homem segundo o coração de Deus, é um exemplo desta verdade bíblica (Sl 101.5). As consequências da soberba na vida do homem são devastadoras. Além do juízo divino ainda nesta vida, a soberba traz consigo afronta e contenda (Pv 8.11; 13.10); a soberba precede a ruína, como também a queda para aquele de espírito altivo (Pv 16.18). A Bíblia apresenta vários exemplos de homens acometidos da soberba e sua consequência: 1) Datã, Abirão e Coré ao tentar usurpar o sacerdócio arônico - a terra os engoliu vivos e fogo de Deus consumiu aos que os seguiram (Nm 16.1-38); 2) Saul se ensoberbeceu desobedecendo à ordem expressa de Deus, e o Senhor o rejeitou (1 Sm 15.1-29); 3) Adonias se exaltou em usurpar o reinado de Davi, e isto lhe custou à vida (1 Rs 1.5-2.25); 4) o rei Uzias corrompeu seu coração e tentou queimar incenso que só era permitido ao sacerdote fazer, e Deus o feriu de lepra; 5) o rei Nabucodonozor elevou o seu coração, e Deus o tornou como um dos animais do campo, apartando-o de seu reinado até se arrepender (Dn 4.29-37); 6) o rei Herodes se exaltou, não dando glória a Deus, e morreu comido de bichos (At 12.21-23. O apóstolo Paulo aconselha a seu filho na fé, Timóteo, acerca daqueles que ensinam outras doutrinas que não são conforme as sãs palavras do Senhor Jesus, chamando-os de soberbos; dos quais conflitos nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade, destes, diz a palavra, aparta-te (1 Tm 6.3-5). Jesus instruiu a seus discípulos que a soberba nasce no coração do homem, como todos os pensamentos maus, e contamina o homem (Mc 7.20-23). O apóstolo João nos adverte a não amar o mundo nem o que nele há: a soberba da vida; a concupiscência dos olhos; e a concupiscência da carne (1 Jo 2.15-17). O crente deve vigiar para que seu coração não se ligue a este mundo perverso e corrompido (Tg 4.4). Deus é quem exalta a seus servos (Is 25.1; 52.13). O oposto de soberba é a humildade, e a Palavra de Deus se refere à humildade de coração;
“e aprendei de mim,” disse Jesus, “que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas” (Mt 11.29). Cristo Jesus é o maior exemplo de humildade que o crente pode encontrar. Ele humilhou-se até a morte, e morte de cruz. Com efeito,
“Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo nome;”
Jesus Cristo é o Senhor (Fp 2.5-11). Todo o crente humilde e fiel receberá do Senhor um novo nome e se assentará com Ele no Seu trono (Ap 2.17,26-28). O apóstolo Pedro encerra a sua primeira carta com o seguinte conselho: “Humilhai-vos pois debaixo da potente mão de Deus, para que ao seu tempo ele vos exalte”
(1 Pe 5.6).
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A VERDADEIRA MONTIVAÇÃO DO CRENTE
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Delmy Aracely Pereira
Estados Unidos |
Hondurenha, primeira fiel do tesouro, cooperadora, professora da EBD |
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Texto de Memorização |
“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”
(Mateus 6.6). |
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1. O ENGANO PARA O CRENTE |
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Posição: Is 14.13,14; Ez 28.17; Mc 10.43,44 |
Soberba: Pv 8.13; 16.18; 1 Jo 2:16; 2 Cr 26.16 |
Vaidade: Job 15.31; 35.13; Jn 2.8; Ef 4.17-19 |
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2. A RAZÃO DA MOTIVAÇÃO |
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O Amor de Deus: Jo 3.16; Ef 3.19; 1 Jo 4.9,10; Ef 5.2 |
A Fortaleza de Deus: Sl 18.1,2;28.7,8; Fl 4.13; Is 12.2 |
A Recompensa de Deus: Fl 4.19; Cl 3.24; Ap 3.12;21.7 |
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35 - E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
36 - E seguiram-no Simão e os que com ele estavam.
37 - E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam.
38 - E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim.
39 - E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galiléia, e expulsava os demônios.
40 - E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.
41 - E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo.
42 - E, tendo ele dito isto, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo.
43 - E, advertindo-o severamente, logo o despediu.
44 - E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
45 - Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas, e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.
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