A história não mentirá!
Rev. Eronides DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro, pastor,
professor, conferencista e articulista |
O maior
testemunho das civilizações ergue-se
através da sua própria história:
a arte, a música, a arqueologia, as culturas de bases e religião. No
Outono de 1979, num final de semana que se podia ainda desfrutar de
um raro dia ensolarado no leste da Europa, tomei meu relicário
Fusca, e rumei
de Frankfurt, onde morava,
para Berlim Oriental, no afã de conhecer o famoso
Muro da Vergonha - o
fortificado que separava as duas Alemanhas. Depois de horas de questionamentos na barreira, e
que barreira — uma verdadeira fortaleza medieval, finalmente me
liberaram para uma permanência de 20 horas. Amém, disse eu! Enquanto
percorria pela auto-estrada que cortava a Província de Brandemburgo,
acendeu-me um desejo incontrolável de conhecer a sua Capital, e
descobrir a Igreja que hospedou os maiores e mais inflamados
pregadores da pós-reforma. A ansiedade dava lugar a vaga calma, até
que entrei nos portões da antiga fortificada Brandemburgo, a cidade
de aço. Cuidadosamente percorria as ruas de paralepípados do Século
XV, avistando apenas as enormes e rotas faixas estendidas nas
paredes das fábricas, com os capitalizados dizeres: “viva o
stalinismo, esta fábrica agora é nossa!” Mas, quem dera, estragadas
como
estavam quem mais as queria? Dei a volta na Praça do Chafariz, e
perguntei ao
guarda armado que estava cuidando do pouco trânsito que havia: “onde
fica a Igreja de Brandemburgo?” Ele retrucou num alemão militar: “a
famosa? Disse eu,
sim, é ela mesma!” Maneou com a cabeça, e entendi que ficava no lado
noroeste da cidade. Depois de cruzar um trecho de
terra batida
e denso matagal, parei numa clareira, que antigamente era o pátio da
famosa Igreja. Agora, portas, janelas e telhado queimados pelo fogo
dos Spit-Fires ingleses, durante a excursão aérea da Segunda Guerra
Mundial, não pude controlar a emoção que me tomou ao ver aquele frio
cenário. A ala de entrada do santuário, o pódio onde adormeceu o
púlpito das ferventes prédicas dos reformadores, e as mensagens do
Evangelho liricamente entoadas por Johann Sebastian Bach, o fidalgo
luterano, e Georg Friedrich Händel, o tímido calvinista, estavam
adornados por um aglomerado de capim silvestre que tentava cobrir a
formidável história da salvação pela graça, mediante a fé! Dobrei os
joelhos em frente aquele altar ainda com vestígios de pólvora
queimada, e agradeci a Deus pelos grandes homens que por ali
passaram. Ontem como hoje, a história nunca mentiu. Ainda hoje,
nunca será em vão os esforços e as lágrimas dos que têm lutado pela
manutenção de uma igreja genuína e de uma fé santa, desprovida do
imediatismo teológico e vulgar que solapam os púlpitos das nossas
igrejas huguenots – protestantes atuais! Se Cristo não
voltar tão cedo quanto esperamos, a história repetir-se-á, ela
ficará incólume para dizer as gerações futuras que houve homens e
mulheres, os quais tendo pouca força amaram mais ao Criador do que a
criatura; amaram mais aos pecadores do que o que eles poderiam lhes
oferecer; amaram mais a Palavra do que o púlpito; amaram mais a
igreja do que a denominação; amaram mais a Doutrina do que a
teologia; amaram mais ao próximo do que a si mesmo! A História não
mentirá!
|
Astrologia
André Luiz
Mendes
Estados Unidos |
Brasileiro, professor e
articulista |
A
palavra astrologia é derivada de dois vocábulos gregos, e
significa ASTRO (astros, estrelas); LOGIA (logos, conhecimento,
estudo). Sua prática e desenvolvimento são de épocas muito
remotas na humanidade, como encontramos relatos no Velho Testamento
aonde na corte de Nabucodonosor haviam astrólogos (Dn 2:2). É uma
pseudo-ciência que engana ao homem ao fazê-lo crer que os astros (estrelas),
bem como os signos (constelações) e por conseguinte o Horóscopo (prognóstico)
influem diretamente no destino, comportamento e caráter humano,
pois a Bíblia nos diz que tal crença e prática são uma afronta
à Divindade, porque acabam valorizando mais a criação do que o
Criador (Rm 1:25). Há, porém, uma ciência denominada de
Astronomia que explica e estuda os movimentos, as constituições e
posições relativas dos astros e planetas e seu funcionamento, com
os quais Deus posicionou e criou todo o Cosmos (universo). A ânsia
do coração do homem em busca de respostas e soluções o
fazem sempre apelar para o místico e sobrenatural. Temos aqui nos
Estados Unidos e quiçá mesmo em todo o planeta, já um mercado
estabelecido, através dos Psychis - advinhos, com seus tarôs e
cartomantes, suas pedras energizantes e aromas dos mais diversos,
que exploram, enganam, alienam e sobremaneira não resolvem o
problema de uma pessoa que no tem paz, nem Deus, nem salvação. Mas
graças a Deus porque o mundo se choca e é impactado por uma igreja
viva e atuante, que age com intrepidez exatamente como o profeta
Daniel ao apresentar-se diante do Rei Nabucodonosor, quando este
estava inquieto por um sonho que tivera e que muito o perturbara a
alma, a igreja do Senhor Jesus Cristo proclama hoje ao mundo.
“Respondeu
Daniel na presença do rei: o mistério que o rei requer, nem sábios,
nem encantadores, nem magos, nem advinhos o podem descobrir ao rei,
mas há um Deus nos céus, o qual revela mistérios, Ele fez saber
ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias...” (Dn
2:27-28).
|