Corta a tua Mão!
Robison
Monteiro
Brasil |
Brasileiro,
pastor da Igreja Presbiteriana de Itambaú, Brasil. |
Histórias com alpinistas, aventureiros e
esportistas de alto risco sempre são muito dramáticas, seja pelos
perigos enfrentados, seja pelas manifestações explícitas das
virtudes e defeitos da natureza humana quando se depara com seus
limites. A mais recente envolveu Aron Ralston, o alpinista
americano que amputou a própria mão no último dia 30 de Abril,
depois de ficar cinco dias preso numa rocha na região do Grand
Canyon, no estado americano do Colorado. Pragmático, Ralston
explicou a jornalistas atônitos na coletiva de imprensa, o porquê
da sua atitude: "Eu fiz o que tinha que fazer". Após quebrar os
dois ossos do braço à altura do pulso, usou um canivete para
rasgar a pele, os músculos, tendões e enfim, separar a mão do
restante do corpo. Frieza à parte, o episódio ilustra algumas
verdades um tanto quanto esquecidas neste nosso mundo plastificado,
confortável e hedonista. Primeiro, há valores que sobrepujam
outros e se tornam prioritários e absolutas. Entre a vida sem mão
- ou com uma prótese, como deve ser o caso - e a morte, a opção
tornou-se óbvia. No dia-a-dia, você é levado constantemente a
fazer opções não tão óbvias, mas igualmente dramáticas. O que é
prioritário para você? O que é inegociável? O que vale a pena
perder para se ganhar algo mais importante? Segundo, há decisões
que são tão importantes que que devem ser tomadas solitariamente.
No alto de um penhasco e há pelo menos 10 km de outra alma viva,
todo o peso de decidir recaiu sobre ele e embora várias pessoas
devem ter passado por sua mente naqueles momentos, em última
instância, era uma questão eminentemente pessoal, mas não egoísta,
pois decidir viver é uma decisão acima de tudo, altruísta. No dia
de hoje, talvez você não esteja pendurado a um penhasco, mas a uma
série de questionamentos e indecisões. Na aventura da vida é
preciso coragem para fazer o que tem que ser feito. Ao mesmo
tempo, há coisas que lhe prendem não pela mão, mas pelo coração em
suas múltiplas paixões. Eu penso que foi isto que Jesus quis dizer
ao afirmar: "Se a sua mão ou o seu pé faz você pecar, corte e
jogue fora! Pois é melhor entrar na vida eterna sem mão ou sem pé
do que ficar com eles e ser jogado no fogo eterno" (Mateus
18.8).
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Os Livros Históricos
Manuela
Barros
Estados Unidos |
Brasileira, professora, diretora de Evangelismo e Tesoureira
da Igreja. |
O título "Livros Historicos" são os
chamados "Primeiros Profetas" do Tenach, o Antigo
Testamento Judaico. São conhecidos como Primeiros
Profetas contrastando com os Últimos Profetas (Isaías,
Jeremias , Ezequiel e os Doze Profetas Menores,
não por sua cronologia histórica, pois são em parte
sobrepostos cronologicamente. Os Primeiros fornecem
o cenário histórico dos Últimos de caráter
exortativo. São
doze os livros históricos do Antigo Testamento:
Josué, Juízes, Rute, I & II Samuel, I & II Reis, I &
II Crônicas, Esdras Neemias e Ester. Todos os doze
livros históricos são anônimos em suas escrituras,
porém a tradição remonta a provável participação de
Josué, Samuel, Natã, Esdras, Neemias e Mardoqueu
como seus autores. Estes livros
registram a história de Israel, desde a ocupação da
Palestina sob a liderança de Josué, passando pelas
apostasias que levaram o povo a ser expulso pelos
assírios e babilônicos até a restauração parcial dos
persas. O período cobre aproximadamente mil anos, de
1405 até 426 a.C. Estes livros dão a estrutura
histórica ao restante do Antigo Testamento até a
época de Neemias e Malaquias. O Livro de Josué
relata a preparação e conquista da Terra Prometida
de Canaã, a repartição da mesma e a mensagem de despedida de
Josué. O Livro de Juízes relata a
historia de Israel em Canaã desde a
morte de Josué até aos tempos de Samuel, periodo no
qual é revelado o declínio moral e espiritual das
tribos
trazendo consequentes opressões sobre a nação. A
narração do livro de Rute dá-se no período dos
juízes, quando uma família israelita migra para
Moabe. Originária desta terra, Rute abraça a fé no
Deus de Israel, o qual a insere no seu plano
redentivo fazendo com que ela entre na genealogia
davídica, da qual o Messias haveria de nascer. Este
livro era comumente lido pelos judeus na festa de
Pentecostes. Samuel foi o último dos juízes e o
primeiro a exercer o ofício profético (embora não
fosse o primeiro profeta). Os livros que levam o seu
nome relatam o período de transição de um governo
teocrático dos Juízes para a monarquia de Saul e
Davi. Os dois livros de Reis abrangem cerca de
quatro séculos da história dos Reis de Israel e Judá;
do rei Salomão ao exílio babilônico. Após
descrever a divisão da nação em dois reinos, estes
livros recontam a história de cada rei enfocando sua
fidelidade ou infidelidade a Deus junto ao povo. Os
livros das Crônicas, Esdras e Neemias foram escritos
para os judeus que tornaram do exílio para a
Palestina, recontando os atos pré e pós-exílicos.
Esdras e Neemias eram originalmente um só livro e
relatam as três etapas de regresso do cativeiro
babilônico; a reconstrução do templo , a
reconstrução dos muros e a renovação espiritual da
nação sob a liderança de Esdras. Com a ascenção do
Império Persa, enquanto parte do povo regressava
para a Palestina, outra parte moveuse para a
Pérsia, em cuja capital ,Susã, Ester torna-se rainha
do Império, sendo o instrumento de Deus para
permitir o livramento de Israel contra certas
conspirações. Porém Jesus, sendo o ápice plano de
Deus, foi feito Juíz, Profeta, Rei e Libertador de
seu povo.
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