Fort Lauderdale, Flórida, 25 de Maio de 2003 Ano XI  Lição Nº 21


 

Corta a tua Mão!

Robison Monteiro    Brasil

Brasileiro, pastor da Igreja Presbiteriana de Itambaú, Brasil.

Histórias com alpinistas, aventureiros e esportistas de alto risco sempre são muito dramáticas, seja pelos perigos enfrentados, seja pelas manifestações explícitas das virtudes e defeitos da natureza humana quando se depara com seus limites. A mais recente envolveu Aron Ralston, o alpinista americano que amputou a própria mão no último dia 30 de Abril, depois de ficar cinco dias preso numa rocha na região do Grand Canyon, no estado americano do Colorado. Pragmático, Ralston explicou a jornalistas atônitos na coletiva de imprensa, o porquê da sua atitude: "Eu fiz o que tinha que fazer". Após quebrar os dois ossos do braço à altura do pulso, usou um canivete para rasgar a pele, os músculos, tendões e enfim, separar a mão do restante do corpo. Frieza à parte, o episódio ilustra algumas verdades um tanto quanto esquecidas neste nosso mundo plastificado, confortável e hedonista. Primeiro, há valores que sobrepujam outros e se tornam prioritários e absolutas. Entre a vida sem mão - ou com uma prótese, como deve ser o caso - e a morte, a opção tornou-se óbvia. No dia-a-dia, você é levado constantemente a fazer opções não tão óbvias, mas igualmente dramáticas. O que é prioritário para você? O que é inegociável? O que vale a pena perder para se ganhar algo mais importante? Segundo, há decisões que são tão importantes que que devem ser tomadas solitariamente. No alto de um penhasco e há pelo menos 10 km de outra alma viva, todo o peso de decidir recaiu sobre ele e embora várias pessoas devem ter passado por sua mente naqueles momentos, em última instância, era uma questão eminentemente pessoal, mas não egoísta, pois decidir viver é uma decisão acima de tudo, altruísta. No dia de hoje, talvez você não esteja pendurado a um penhasco, mas a uma série de questionamentos e indecisões. Na aventura da vida é preciso coragem para fazer o que tem que ser feito. Ao mesmo tempo, há coisas que lhe prendem não pela mão, mas pelo coração em suas múltiplas paixões. Eu penso que foi isto que Jesus quis dizer ao afirmar: "Se a sua mão ou o seu pé faz você pecar, corte e jogue fora! Pois é melhor entrar na vida eterna sem mão ou sem pé do que ficar com eles e ser jogado no fogo eterno"  (Mateus 18.8).

Os Livros Históricos

Manuela Barros Estados Unidos

Brasileira,  professora, diretora de Evangelismo e Tesoureira da Igreja.

 

O título "Livros Historicos" são os chamados "Primeiros Profetas" do Tenach, o Antigo Testamento Judaico. São conhecidos como Primeiros Profetas contrastando com os Últimos Profetas (Isaías, Jeremias , Ezequiel e os Doze Profetas Menores, não por sua cronologia histórica, pois são em parte sobrepostos cronologicamente. Os Primeiros fornecem o cenário histórico dos Últimos de caráter exortativo. São doze os livros históricos do Antigo Testamento: Josué, Juízes, Rute, I & II Samuel, I & II Reis, I & II Crônicas, Esdras Neemias e Ester. Todos os doze livros históricos são anônimos em suas escrituras, porém a tradição remonta a provável participação de Josué, Samuel, Natã, Esdras, Neemias e Mardoqueu como seus autores. Estes livros registram a história de Israel, desde a ocupação da Palestina sob a liderança de Josué, passando pelas apostasias que levaram o povo a ser expulso pelos assírios e babilônicos até a restauração parcial dos persas. O período cobre aproximadamente mil anos, de 1405 até 426 a.C. Estes livros dão a estrutura histórica ao restante do Antigo Testamento até a época de Neemias e Malaquias. O Livro de Josué relata a preparação e conquista da Terra Prometida de Canaã, a repartição da mesma e a mensagem de despedida de Josué. O Livro de Juízes relata  a historia de Israel em Canaã desde a morte de Josué até aos tempos de Samuel, periodo no qual é revelado o declínio moral e espiritual das tribos trazendo consequentes opressões sobre a nação. A narração do livro de Rute dá-se no período dos juízes, quando uma família israelita migra para Moabe. Originária desta terra, Rute abraça a fé no Deus de Israel, o qual a insere no seu plano redentivo fazendo com que ela entre na genealogia davídica, da qual o Messias haveria de nascer. Este livro era comumente lido pelos judeus na festa de Pentecostes. Samuel foi o último dos juízes e o primeiro a exercer o ofício profético (embora não fosse o primeiro profeta). Os livros que levam o seu nome relatam o período de transição de um governo teocrático dos Juízes para a monarquia de Saul e Davi. Os dois livros de Reis abrangem cerca de quatro séculos da história dos Reis de Israel e Judá; do rei Salomão  ao exílio babilônico. Após descrever a divisão da nação em dois reinos, estes livros recontam a história de cada rei enfocando sua fidelidade ou infidelidade a Deus junto ao povo. Os livros das Crônicas, Esdras e Neemias foram escritos para os judeus que tornaram do exílio para a Palestina, recontando os atos pré e pós-exílicos. Esdras e Neemias eram originalmente um só livro e relatam as três etapas de regresso do cativeiro babilônico; a reconstrução do templo , a reconstrução dos muros e a renovação espiritual da nação sob a liderança de Esdras. Com a ascenção do Império Persa, enquanto parte do povo regressava para a Palestina, outra parte  moveuse para a Pérsia, em cuja capital ,Susã, Ester torna-se rainha do Império, sendo o instrumento de Deus para permitir o livramento de Israel contra certas conspirações. Porém Jesus, sendo o ápice plano de Deus, foi feito Juíz, Profeta, Rei e Libertador de seu povo.  

 

OS LIVROS HISTÓRICOS - II

Manuela Barros Estados Unidos

Brasileira, professora, Diretora do Evangelismo e Tesoureira da Igreja.

Texto Áureo da Lição

 Vinde, pois, e reedifiquemos o muro de Jerusalém e não estejamos mais em opróbrio. (Nemias 2:17)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: A PALAVRA DE DEUS É UM TESOURO, número 306 da Harpa Cristã.

 

1. AS MEMÓRIAS DO PÓS-CATIVEIRO  
Uma nação que conheceu o seu Deus: 2 Cr 7:1-3; 12:5-8; 14:11,12; 18:14-16.
Uma nação que traiu ao seu Deus: 2 Cr 26:16,19; 33:6-9; 36:14-16.
Uma nação que esqueceu-se de seu Deus: 2 Cr 12:1; 33:10 Ne 9:34.
2. AS VITÓRIAS DO PÓS-CATIVEIRO
Vitória Política: 2 Cr 36:22,23; Ed 1:1-4; Ne 2:2-8; Et 7:3-6.
Vitória Social: Ne 2:17b; 7:73; 8:12,17.
 Vitória Espiritual: Ne 8:5,6; 9:1-3; 10:28-33,35; Ed 3:11-13.
3. A RENOVAÇÃO DO PÓS-CATIVEIRO
Reconstrução do Templo — Zorobabel: Ed 1:5,7,11; 2:1,2; 3:1-3; 6:15-17.
Reedifição dos Muros — Neemias: Ne 2:17; 4:6-9,17; 6:15,16.
Restituição do Culto — Esdras: Ne 8:2-4,8,9; 12:44,45; Ed 6:18,19; 7:6,10-16.

Texto da Lição:

Esdras  1:1-11

Esdras 1:1  No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: 2 Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. 3 Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em
Jerusalém.
4 E todo aquele que ficar em alguns lugares em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, e com ouro, e com fazenda, e com gados, afora as dádivas
voluntárias para a Casa de Deus, que habita em Jerusalém.
5 Então, se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a Casa do SENHOR, que está em Jerusalém.
6 E todos os que habitavam nos arredores lhes confortaram as mãos com objetos de prata, e com ouro, e com fazenda, e com gados, e com coisas preciosas, afora tudo o que voluntariamente se deu. 7 Também o rei Ciro tirou os utensílios da Casa do SENHOR, que Nabucodonosor tinha trazido de Jerusalém e que tinha posto na casa de seus deuses. 8 Estes tirou Ciro, rei da Pérsia, pela mão de Mitredate, o tesoureiro, que os deu por conta a Sesbazar, príncipe de Judá. 9 E este é o número deles: trinta bacias de ouro, mil bacias de prata, vinte e nove facas,
10 trinta taças de ouro, quatrocentas e dez taças de prata doutra espécie e mil outros objetos. 11 Todos os utensílios de ouro e de prata foram cinco mil e quatrocentos; todos estes levou Sesbazar, quando os do cativeiro subiram de Babilônia para Jerusalém. (ARC)