Quando a palavra de deus
nÃo é a verdade
Dr. Anibal
Pereira dos Reis
Brasil |
Brasileiro,
ex-padre, professor e escritor. |
E
pode ser isso? Quando a Palavra de Deus não é a verdade? O que
significa: Não é a verdade? Quer dizer: Mentira? Então? E a
Palavra de Deus pode ser mentira? Isso é blasfêmia!!! É blasfêmia,
sim! Mas, acontece. E muito! Elias, o grande profeta, ao ser
perseguido por Jezabel, a ímpia rainha de Israel, refugiou-se na
casa da paupérrima viúva de Zarefate. Prodigiosamente o Senhor
multiplicara-lhe o pão e o azeite tendo em vista o sustento do
ministério de Elias. Enfermara o filho da pobre viúva, vindo a
morrer. Aflitíssima, a mãe reclamou do profeta: “Que tenho eu
contigo, homem de Deus? Vieste tu a mim para trazeres à memória a
minha iniquidade, e matares a meu filho?” (1Rs 17.18). Clamou
ao Senhor Elias e o rapaz ressuscitou. Ao contemplá-lo redivivo,
em grande júbilo, a mãe exclamou: “Nisto conheço agora que tu
és homem de Deus, e que a Palavra do Senhor na tua boca é
verdade.” (1Rs 17.24). Na boca de Elias a Palavra de Deus
é a Verdade. Na boca de Moisés, de Abraão, de Davi, de Daniel, de
Isaías, de Jeremias, de João Batista, de Paulo a Palavra de Deus é
a Verdade. Na boca de Jesus Cristo, o próprio Verbo Divino, a
própria Verdade, a Verdade por excelência, a Palavra de Deus é a
Verdade. Porém, a Palavra de Deus na boca do diabo ao induzir Eva,
ao investir contra o Mestre, ao tentar os pobres mortais, é
mentira. A Palavra de Deus na boca dos escribas e fariseus,
conhecedores das Escrituras, é mentira. Na boca de Herodes, de
Judas Iscariotes, dos falsos profetas, de Anás e Caifás, do médium
espírita, do pastor mercenário, do missionário curandeiro, do
sacerdote católico, na boca do diabo é mentira. A Palavra de Deus
na boca de quem contrafaz a mensagem divina é mentira. Em si
mesma, em sua intrincidade, a Palavra de Deus sempre é a Verdade!
Torna-se mentira quando contrafeita, quando deturpada, quando
inquinada, quando infectada, quando poluída, quando podada, quando
enxertada, quando forçada, quando subjugada a maus propósitos,
quando avacalhada por seus falsos e hipócritas seguidores.
Enquanto os espíritas e macumbeiros querem encontrar nos
Evangelhos um Cristo dando “passes”, os padres querem encontrar
nos gestos de Jesus Cristo a base para suas benzeduras e
sacramentos, obras de feitiçaria. O Evangelho é o Poder de Deus! É
o poder de Deus em favor de quem? De todo aquele que crê. Para
quem não crê deixa de ser o poder de Deus. Para o incrédulo, o
ímpio, o contrafeitor, torna-se em mentira.
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Cânon
Vania
DaSilva
Estados Unidos |
Brasileira, missionária, professora e secretária da Igreja. |
A palavra Cânon, do hebraico
significa “cana de medir”; e no grego significa
“regra, norma ou padrão”. O termo Cânon foi usado
nos primeiros três séculos depois de Cristo para as
doutrinas e normas cristãs da Bíblia Sagrada. No
entanto, após o surgimento de falsos mestres e
doutrinas, o termo Cânon foi designado para
reafirmar a autenticidade e inspiração divina da
Bíblia Sagrada, à partir do século quatro. Por
isso,
seus
livros também são chamados de Livros Canônicos.
Segundo a Tradição e História Judaica, os livros que
compõem o Antigo Testamento (Pentateuco, Livros
Históricos, Livros Poéticos e Livros Proféticos)
foram reunidos pelo sacerdote Esdras, hábil escriba
na Lei de Moisés (Es 7.6). Nenhum livro foi
acrescentado ao Antigo Testamento após 430 a.C.
Depois da destruição de Jerusalém e do Templo no ano
70 d.C. pelo General Tito, fez-se necessário a
ratificação da canonicidade do Antigo Testamento (Tenach).
Esta ratificação foi realizada no ano 90 d.C, sem
nenhuma alteração daquilo que já havia sido
estabelecido no passado. Portanto, qualquer outra
escritura, como os Livros Apócrifos, não são aceitos
como canônicos ou inspirados por Deus. À parte do
Antigo Testamento, os judeus também servem-se da
utilização do Talmude, que é a copilação da
lei civil e cerimonial baseada no Torah (Pentateuco).
Esta escritura consistia da interpretação da lei
pelos Rabis, e ficou conhecida como a “Tradição
dos Anciãos” (Mt 15.1-6).
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