Fort Lauderdale, Flórida, 17 de Novembro de 2002 Ano X  Lição Nº 46


 

A Providência Divina

Pr. Ezequias Amancio Marins Brasil

Brasileiro, pastor, professor e conferencista.

Para um desenvolvimento teórico da Providência Divina é importante salientar de modo claro que todas as coisas que ocorrem na vida humana fazem parte de um grande plano de Deus. E como disse o teólogo Louis Bekhof, “é o permanente exercício da energia divina, pelo qual o Criador preserva todas as Suas criaturas, opera em tudo que se passa no mundo e dirige todas as coisas para o seu determinado fim.” , Deus move todas as coisas para o atendimento de seus propósitos para os salvos em Cristo Jesus. A providência estimula o crente a perseverar em sua fé. Confirma a tese de que nunca estamos sozinhos, mas sempre poderemos contar com a presença significativa de Deus em nós e por nós. Uma pobre mulher viúva colhendo alguns gravetos para preparar a última refeição dela e de seu único filho. E nesta situação Deus envia Elias para apresentar àquela estrangeira o caráter providente Divino (1 Reis 17.8-24). Temos sabido que Deus intervém em nossa sorte quando o homem está em situação embaraçosa. E isto foi evidente na história da viúva que precisava de uma intervenção urgente de Deus na grave crise que ela vivia. Deus na maioria das vezes espera que cheguemos ao fundo do poço a fim de recorrermos à Ele com obstinada dependência. Todos os vestígios de auto esforço daquela mulher estavam se esvaindo. Ela estava no fundo do poço. E Deus começa agir na total privação de recursos para a sobrevivência. Deus pretendia ministrar àquela mulher uma lição de total dependência. Como aquela viúva, quantas vezes não visualizamos a atuação de Deus porque ainda estamos satisfeitos com nossos próprios meios de obtenção de recursos! Somente quando não temos absolutamente nada, podemos usufruir do tudo de Deus para nós. Olhe, a mulher confidencia a Elias no verso 12: "Vive o teu Deus que não tenho nem um bolo...". Aquela mulher era síria, mas já havia ouvido falar do Deus de Israel. Mas em meio a essa situação periclitante ela não enxerga espaço em si mesmo para uma manifestação de fé. Ela não vê saídas, não crê em absolutamente ninguém. A mulher já não tinha mais motivação alguma. Sua vida interior estava em frangalhos. Ela não visualizava nenhum horizonte positivo ao olhar para a frente. Vejo pelas ruas várias pessoas que vivem esta atmosfera de embaraço total. E tenho para mim que na maioria das vezes, sofremos para crescer um pouco mais. Mas não é o que acontece com muitos de nós? Somos à semelhança daquela criança que reclamava do pai por que não tinha sapatos até que encontrou na rua um homem que não tinha os pés. Que Deus nos ajude a vencermos nossas próprias limitações de fé, a fim de vivermos uma vida com propósitos. Jamais nos esquecendo de que tudo o que é essencial para nosso planos e projetos vem de nosso Deus.

 

Concerto

Adriana DaCosta USA

Canadense,  professora e tesoureira da igreja.

Aliança, pacto, ajuste ou acordo. Era um contrato, ou convenção que solenemente se realizava entre homem e homem, ou entre homem e Deus (Gn 21.27; 31.44-45; Js 9.6-15). O concerto entre Deus e o homem predomina de tal modo nas Escrituras Sagradas, que deu ao Cânon já completo os títulos de Antigo e Novo Testamento, isto é, Antiga e Nova Aliança. No Antigo Testamento vemos primeiramente o termo "concerto" sendo usado para as promessas de Deus a Noé (Gn 6.18;9.9-16). Entretanto,  o fato característico do pacto entre Deus e o seu povo escolhido, Israel, principia em Abraão, com as promessas a ele feitas nos caps. 12 a 15 do livro de Gênesis. Moisés escreveu todas as palavras do Senhor no "Livro do Concerto", e depois dos sacrifícios expiatórios leu-o diante do povo. Em resposta, o povo contestou: "Tudo o que falou o Senhor, faremos, e obedeceremos" (Ex 19.4-6). As tábuas da Lei foram mais tarde colocadas na "Arca do Concerto", que era considerada um símbolo do Senhor, e lugar da sua manifestação (Ex 25.21). As referências que no A.T. se fazem ao concerto estabelecido entre Deus e o seu povo são abundantes. Infelizmente, houve quebra da parte dos israelitas, ao esquecerem-se do concerto, transgredindo os mandamentos divinos. Todas estas incriminações do povo de Deus, culminam na grande profecia de Jeremias 31.31-34. O profeta anuncia o novo concerto, não somente exigindo obediência, mas demonstrando o poder do amor de Deus. A lei não deveria estar escrita tão somente na testa ou no braço, mas sobretudo no coração. Jesus instituiu o novo concerto, e seu ministério sacerdotal é incompara-velmente superior aos dos sacerdotes terrenos. O novo concerto é um acordo, uma promessa e uma declaração do propósito divino em outorgar graça e bênção àqueles que se chegam a Deus mediante a fé. Trata-se de um concerto de promessa para aqueles que, por fé, aceitam a Cristo como Filho de Deus, e se dedicam pessoalmente a Ele e aos preceitos da nova aliança.

LIÇÕES DO PACTO ABRAÂMICO

Marcello Zorzi Portugal

Brasileiro, professor e membro honorário.

Texto Áureo da Lição

Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos.  (Deuteronômio 7.9)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: AS FIRMES PROMESSAS 459 da Harpa Cristã.

 

1.  O Pacto e sua definição  
Um acordo entre duas partes: Js 2.1-14
Um sinal de testemunho do acordo: Js 2.18,19
Pactos entre Deus e o homem: Gn 2.15-17; 9.11-13; Ex 34.28
2.  O pacto com Abraão e sua semente
A parte de Deus: Gn 12.2,3; 15.14,18; 17.4-8; Dt 7.1
A parte de Abraão e Israel: Gn 12.1; 17.9,10; Dt 7.2-5
 O sinal do pacto: Gn 17.11; Lv 12.3; Hb 6.13
3.  O supremo pacto de Deus com o homem
A parte de Deus:  Gn 3.15,21; Jo 3.16a; Rm 5.8
A parte do homem: Jo 3.16b; At 16.31; Rm 10.9; 1Jo 5.5
A confirmação do pacto: Gn 3.21; Jo 20.22; At 19.4,5; 1Jo 5.7,8

Texto da Lição:

Gênesis 15.18-21; Deuteronômio 7.1-8

 Gn 15.18 Naquele mesmo dia, fez o SENHOR um concerto com Abrão, dizendo: À tua semente tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates, 19 e o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu, 20 e o heteu, e o ferezeu, e os refains, 21 e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu.

Dt 7.1 Quando o SENHOR, teu Deus, te tiver introduzido na terra, a qual passas a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de
diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete
nações mais numerosas e mais poderosas do que tu;
2 e o SENHOR, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas concerto, nem terás piedade delas; 3 nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos e não tomarás suas filhas para teus filhos; 4 pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós e depressa vos consumiria. 5 Porém assim lhes fareis: derrubareis os seus altares, quebrareis as suas estátuas, cortareis os seus bosques e
queimareis a fogo as suas imagens de escultura.
6 Porque povo santo és ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há. 7 O SENHOR não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava; e, para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão
forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito.
(ARC)