Pai Nosso, Que estás nos
Céus!
Rev.
Eronides DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro,
pastor, conferecista, professor e articulista. |
Quando a nossa lógica de ver as coisas ao nosso
redor falha, a de Deus, entretanto, sempre permanece, independente
das circunstâncias e meios de comunicação existentes! A
comunicação do homem ou mulher de Deus, não necessita ser talhada
pelos meios e princípios dos mais eruditos escolásticos
da nossa era ou doutra passada para ter sentido e afirmação no que
significa e o que tenciona dizer ou fazer! Seria, numa analogia,
como um prado que se envolve entre campinas e valados, trazendo
assim, uma beleza harmoniosa, que somente o criador pode e sabe
fazer. Na oração devocional de Jesus, por exemplo, proferida no
Monte das Bem-Aventuranças, uma aparente intrigante colocação
deixa o leigo sem entender o que realmente ele queria dizer.
Uns sugerem que devemos repeti-la
várias vezes até que seja ouvida nos céus; outros, numa ênfase
de súplica isolado, de quem às margens da derrota invoca a Deus
para uma alternativa de vida mais salutar. Entretanto, os caminhos
do Senhor sãos mais altos do que os nossos, e por conseguinte,
só poderemos entendê-los e caminhar por eles, quando possuímos a
mente de Cristo! Pelo menos essa oração pode ser arranjada
em dois episódios indispensáveis à comunicação do homem com Deus:
no primeiro, aparece Deus se relacionando conosco; no segundo, nós
com ele. O primeiro, é desenvolvido em três pensamentos que
colocam a soberania e riqueza
de Deus sobre nós: no primeiro, Deus deve ser reconhecido como
ele é – santificado seja o teu nome; no segundo,
Deus deve ter soberania sobre nós – venha o teu reino;
e no terceiro, seu reino e glória sejam estabelecidos em toda a
terra, da mesma maneira como foram nos céus – assim na terra
como no céu! No segundo episódio, entretanto, a ordem é
inversa, pois uma súplica sempre se inicia do temporal para o
perene; sempre se inicia colocando as nossas debilidades e pobrezas
à mercê da majestosa
bondade de Deus: no primeiro pensamento, ele sugere que tenhamos
nossas
necessidades supridas – o pão nosso de cada dia; no
segundo, que sejam retiradas as nossas sequelas
emocionais e culpas passadas – perdoa as nossas dívidas;
e no terceiro pensamento, o homem eleva seu olhar para o céu, e
vislumbra de onde pode vir o seu socorro espiritual para perdão e
livramento dos seus pecados presentes
e futuros – nãos nos induzas à tentação, mas livra-nos do
mal (Mateus 6.9-13)! A doxologia deste célebre modelo de
oração de Jesus, é que tenhamos sempre em mente que ele é soberano
e nós permanentemente dependentes dele! Por isso amados da
Betânia, nunca passe por nosso pensamento que possamos fazer
alguma coisa sem sua magna presença e cooperação –
porque sem
Ele
nada podemos fazer!
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Aliança
Neuza Rocha
Estados Unidos |
Brasileira,
professora e seminarista. |
Vocábulo hebraico - berith, que designa-se como
pacto ou concerto.
As alianças bíblicas iniciam-se desde a criação. A
primeira delas é a aliança Edênica (Gn 2.17). Após o
pecado do homem contra uma ordem específica de Deus,
este passou a conhecer o bem e o mal. Ainda depois
de haver desobedecido, Deus faz uma aliança com Adão.
A primeira ocorrência da palavra pacto está em
Gênesis 6.18, quando Deus faz uma aliança com Noé -
“Mas contigo estabelecerei o meu pacto (ou
concerto)".
Após o dilúvio Deus fez aliança com Abraão, quando
promete que nele, seriam benditas todas as nações da
terra (Gn 12.2,3; 18.18; Hb 6.13-14). Tempos mais
tarde, Deus volta a renovar o seu pacto com o povo
de Israel, através da pessoa de Moisés (Ex 6.7,8).
Deus queria que Israel, o povo escolhido, fosse luz
para os gentios (Is 49.6; At 13.46,47). Deus ainda
faz aliança com seu servo Davi, prometendo-lhe que
não faltaria rei que se assentasse no seu trono. A
evidência das Escrituras Sagradas mostram que Deus
em todas as suas alianças, demonstrou sua soberania,
amor, benignidade e solicitude redentora pela
humanidade. O propósito de Deus sempre foi estar em
comunhão com o homem a quem ele criou. Como o homem
é falho, Deus estabeleceu uma nova aliança (Hb
12.24). Esta, foi anunciada pelos profetas (Jr
31.31-34) e seria uma aliança eterna (Is 55.3; Hb
9.15). Jesus Cristo, o ungido de Deus, através do
seu sangue, assegura a todos que se chegam à
Ele um novo concerto (Mt 26.28; Hb 9.22). Pois Ele
próprio, é o Mediador da nova aliança (Hb 12.24;
8.6).
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