Amálgama Política
Rev.
Eronides DaSilva
Estados Unidos |
Brasileiro,
pastor, conferecista, professor e articulista. |
A 53 anos
atrás o urso branco soviético fez todas as nações da terra
tremerem por dentro e por fora. Daí nasceu o famoso Tratado do
Atlântico Norte - OTAN, um tipo de cinturão para conter os confederados
soviéticos do lado de fora do nosso quintal.
Isolados, blasfemaram contra Deus e contra o Diabo, e, à
guisa de uma santa revolução, o genocídio de 32 milhões
de compatriotas foi o preço para que o Comunismo viesse a
existir. Um consolo
para os pobres soviéticos e um estopim para os lutadores do Terceiro Mundo.
União Soviética, Comunismo e Russos eram sinônimos de ignomia, só
em tão somente neles pensar. O ícone da Foice e o Martelo fez dois terços da população mundial tirar o chapéu e a maior
democracia da história — os Estados Unidos da América, proibir a
existência do Partido Comunista em seu terreiro! A
OTAN tranca suas porteiras com cadeados nucleares: ninguém sai
nem entra! Quando a dez anos atrás mencionei que Gog e Magog
— Rússia Confederada, de Ezequiel 38, tornar-se-ia irmã-amiga
dos Ocidentais, quase fui crucificado pelos meus colegas escatólogos da época. Questionei, mas como ela poderá mobilizar as nações
confederadas para a grande batalha contra Israel, no início da
Grande Tribulação, estando o urso enjaulado do lado de fora? Como ela poderá romper o grande cerco a ela
imposta pelo sistema feudal dos de dentro, e o sistema liberal dos de fora?
A resposta veio, mesmo que já um pouco tarde para muitos. Ela deixou meio mundo de boca aberta, quando a
cimeira dos maiorais da OTAN, realizada neste mês de maio de 2002,
em Roma e às barbas do vaticano, desceu a cortina do projeto
The Roman Revelation. O Presidente da Rússia, Vladimir V.
Putin foi ovacionado pelos generais sem estrelas da
Organização do Atlântico Norte, enquanto desfilava com um riso
branco diante de um mural de 19 bandeiras dos
Estados Europeus e dos de além-mar! A excursão do Presidente George Walker Bush, na conquista da globalização
política, de mercado e militar fez esta amálgama tornar-se mais
ainda revenida. Quem não é por nós é contra nós, é o novo slogan para,
agora mais do que nunca, manter os Russos do lado de cá, e os nômades
armados terroristas dos
cinco Continentes do lado de lá! Ironicamente, agora o urso,
o leopardo, a águia e as raposas podem comer todos junto num mesmo
caldeirão, e saborear a mesma comida! Que esperamos mais? Oh, igreja de Jesus Cristo, o tempo é chegado, a nossa casa está
pronta, e o tempo de nossa partida tão próximo quanto não
imaginamos! Levantemos os nossos olhos e vejamos que o verão já
chegou, e o trigo da grande seara está a se perder. Corramos e
colhamos os que as nossas últimas forças nos permitam. Pois, a
qualquer momento ouvir-se-á o brado:
aí vem o noivo!
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Bezerro de Ouro
Vania
DaSilva
Estados Unidos |
Brasileira, missionária, professora e secretária da Igreja. |
A
imagem de bois ou bezerros faziam grande parte da arte e religião
do Antigo Egito, Mesopotâmia, Ásia Menor, Fenícia e Síria. Para
estas nações, o boi ou novilho representava força, e fertilidade,
e por isso, era considerado como um deus. Em várias regiões do
Egito seu nome variava: em Mênfis era conhecido como Ápis; em Heliópolis
como Mnevis, e na região de Gosén como Horus. Em Canaã, Fenícia
e Síria, a imagem era identificada com o deus Baal ou Hadade.
Existem duas menções sobre a construção de bezerros de ouro nas
Escrituras, a primeira é feita no segundo livro do Pentateuco, o Êxodo
(32.1-8). A passagem registra como Israel depois de três meses de
sua saída do Egito pediu a Arão para fazer um deus que eles
pudessem ver, ou seja, a materialização do Deus a quem eles tinham
ouvido 40 dias antes ditando-os o Decálogo (Ex 20). Enquanto Moisés
recebia a Lei de Deus no Sinai, o povo que havia dito: “Fale tu
conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não
morramos” (Ex 20.19), pede a Arão: “Faze-nos deuses, que
vão adiante de nós...” (Ex 32.1). Por causa da insistência
do povo, Arão recolheu os pendentes de ouro, ou seja, os brincos
das orelhas das mulheres, e com isso construiu o bezerro de fundição
(Ex 32.2-4). Segundo os costumes pagãos de todas as nações
vizinhas, o culto aos deuses era seguido de orgias, ritos lascivos,
danças, sacrifícios humanos, tortura própria, prostração e
beijos na imagem adorada (I Rs 18.28). Israel não foi uma exceção
a estes costumes tão vís. A voz de Deus para Moisés no monte foi:
“Desce, porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem
corrompido” (Ex 32.6,7,19). O povo quiz inferiorizar a Deus ao
nível de imagens feitas por mãos de homens - “E mudaram a glória
do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível,
e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis ” (Rm 1.23). É
pena que a Igreja Católica Romana retirou um capítulo de suma
importância da Bíblia, para seus fins lucrativos e conveniência
doutrinária, o Salmo 115 - “Os ídolos deles são prata e ouro...
tem boca mas não falam... olhos, mas não vêem... tornem-se
semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles
confiam.”
A segunda menção está no primeiro Livro dos Reis
(12.25-33), quando Jeroboão I, rei de Israel, assume o trono. Por
falta de confiança no Deus que o havia colocado naquela posição,
e medo de que o povo ao ir à Jerusalém para sacrificar na casa do
Senhor, voltasse seu coração ao rei Reoboão, rei de Judá, ele
decidiu começar seu ministério com as bases erradas. Fez assim,
dois bezerros de ouro, colocando um na cidade de Dã, e outro em
Betel. A alternativa de culto dada por Jeroboão para ganhar o povo
para si, não só extraviou as Dez Tribos do Norte a trilhar 200
anos de apostasia e idolatria, como confrontou o próprio Deus. A ação
de Jeroboão teve as mesmas implicações desastrosas que o bezerro
no Sinai, como também seus resultados, pois Deus não se deixa
escarnecer. No deserto custou a vida de 3.000 pessoas (Ex 32.28); à
Jeroboão custou seu reinado (I Rs 13,14), e às 10 tribos custou
sua Diáspora permanente para a Assíria (II Rs 17.22,23). O pecado
de Jeroboão tão mencionado nos livros dos Reis e das Crônicas
resultou uma mudança de equidade, de justiça e de moral, que
apoiada pela imoralidade da religião, produziu a desintegração do
Reino do Norte e a perda total do sentido de povo escolhido no meio
de nações pagãs. O Rei Acabe, nos caminhos de Jeroboão, casou-se
com Jezabel, princesa fenícia de Sidom, cidade na costa do Mediterrâneo
considerada como o centro da depravação e impiedade. Jezabel foi
habitar na cidade de Jezreel, onde havia pessoas pias e que serviam
ao Deus verdadeiro. Baal, o deus-sol dos fenícios, era representado
pela imagem de um boi, que segundo eles, tinha poder sobre as plantações,
rebanhos e fertilidade dos animais e humanos. Acabe
influenciado por Jezabel, construiu templos e proliferou a adoração
à Baal em todo o Israel, ao ponto de terem 450 profetas para
ministrar o seu culto. Profetas e homens santos como Nabote que se
opuseram aos caprichos de Acabe e as abominações de Jezabel foram
disseminados por sua ordem. Porem, Deus levantou dois homens de
coragem que puseram fim a adoração à Baal em Israel: Elias,
confrontou e matou os 450 profetas de Baal (I Rs 18.22-40); e Jeú matou a Jezabel, exterminou a casa de Acabe, matou a todos os adoradores de Baal, queimou as estátuas
e
derrubou a casa de Baal (II Rs 10). Estes relatos nos provam que
Deus, de nenhuma maneira pode ser inferiorizado ao nível de uma
representação ilustrada ou esculpida. Deus é soberano, e a Bíblia
diz que nenhum homem verá o seu rosto e viverá (Ex 33.20).
Qualquer esforço humano de criar uma imagem do Deus invisível em
forma física ou palpável está trabalhando em pról de sua própria
destruição e juízo. (Ap 22.15).
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