Fort Lauderdale, Florida, 11 de Fevereiro de 2001 Ano IX  Nº 07


 

Vamos, atira-te!

  Rev. Ricardo Bitum Brasil

Brasileiro, Pastor da Igreja Evangélica Manaim.

Jesus vinha de um retiro espiritual tremendo. Quarenta dias orando e jejuando, jejuando e orando. Só? não, melhor do que isso. Ele e o Pai. Foram dias e noites gastos a sós com seu Pai que tudo via e que o acompanhava em secreto. Logo aparece uma necessidade. A fome. Atrás da necessidade ele, nosso arqui-inimigo. Começava Jesus a ser tentado no deserto não mais tão secreto como anteriormente, agora descoberto por mais alguém. O diálogo começa. Desafios vão, respostas vêm. Olhares meio que desconfiados, arredios, sem muita comunhão, nem intimidade. A segurança do mestre na sua própria palavra se destaca, principalmente a certeza de ter ouvido um pouco antes em seu batismo a voz do Pai que dizia que Ele, Jesus, era o Filho amado, verdadeiramente amado. O tentador convida o mestre para uma volta até a cidade. Não qualquer cidade, mas a santa. Chegando a cidade não perde tempo, vai logo para o templo. Não a qualquer lugar do templo, mas para o pináculo, o lugar mais alto. Olha para Jesus cheio do Espírito, estando no lugar em que todo aquele que está cheio deste Espírito gostaria de estar, e lhe desafia a pular: "Atira-te! Vamos, Atira-te!" - "Ah,  (pensaríamos em voz baixa) agora é o melhor momento para mostrar o que um homem cheio do Espírito é capaz de fazer. Agora é a hora. Vou mostrar a este derrotado de uma vez por todas o que sou capaz de fazer. Sou mais que vencedor! Posso todas as coisas! Graças a Deus Ele não pensou como nós. Seria uma verdadeira tragédia. Uma tragédia tão grande quanto a que estamos assistindo nestes últimos dias. Homens de Deus, cheios do Espírito Santo, sendo tentados a voar. Ícaros destemidos atrás da ingênua tentação de atingir lugares, os quais não são para homens e sim para pássaros ou ingênuos de plantão momentaneamente enganados. Sim, momentaneamente, pois logo descobrem que lhes faltam o chão e aí despencam e caem. Suas asas, como as de Ícaro, logo se desfazem, desmancham, são frágeis ao calor do sol, sensíveis a quentura dos holofotes, e aí, caem, feito meninos tentando andar pela primeira vez. Nosso rival conhece os lugares que desejamos estar. Muitos deles bonitos, pomposos e terrivelmente "espirituais". Estes lugares de tremenda espiritualidade, podem se transformar rapidamente em trampolins. Levando-nos a desejar e a experimentar apenas uma "puladinha" rápida ao sucesso, que, em troca compromete valores, princípios, ética e nossa vida eterna com Deus! Chegar ao lugar alto exige renúncia, preparo, um monstruoso desejo de servir aqui na terra, mais do que o de aparecer voando com anjos nas alturas. Chegando lá devemos resistir a tentação do poder, caminhando em direção a cruz tão esquecida em nossos dias. Que Deus nos ajude a resistirmos a tentação dos lugares altos junto ao templo e que Ele nos livre de pularmos na incerta espiritualidade!

O Pecado

Maria Aparecida Ghigliotty E.U.A.

Brasileira, Coordenadora das Missões Nacionais.

 

Palavra que no vocábulo grego (Hamartia) ou hebraico (Hatta'th) significa qualquer pensamento, obra, omissão, desejo, ou palavra contra as Sagradas Escrituras (Tg 4.17; Sl 51.4). Em sua primeira epístola, João distingue entre o pecado mortal, ou congênito, o qual todos os homens herdaram de Adão e já nascem com ele, do pecado venial, ou ativo, o qual é praticado diariamente pelo homem. Pecado é toda iniquidade, injustiça, desobediência (1 Jo 3.4). A Bíblia nos diz que Deus abomina todo o pecado, mas em especial o de idolatria, rebelião e feitiçaria, pois estes negam a existência, o domínio e o poder do Senhor (1 Jo 3.4; 1 Sm 15.23). Aqueles que desobedecem e transgridem a Palavra de Deus serão punidos (Hb 2.2). Toda a humanidade herdou o pecado do primeiro homem (Rm 3.23; 5.1) com a exceção de Jesus, o qual veio para dar liberdade a todos aqueles que ficaram encerrados debaixo do pecado (Rm 11.32; Gl 3.22). São inúmeras as consequências do pecado, mas podemos destacar as três mais importantes: a) Morte física; b) Perca da imagem divina; c) Morte eterna ou separação de Deus (Rm 5.12; Ez 18.4; Tg 3.9). Por causa do pecado, Deus julgou a Serpente (Gn 3.14); b) a mulher (Gn 3.16); c) o homem (Gn 3.17); e a terra (Gn 3.18).  Todo sofrimento, dor, catástrofes, enfermidades, depravações, discenções são resultados do pecado na vida do homem. Desde o Eden, esse mal tem dominado, escravizado, controlado e afligido a humanidade. O pecado é comparado a uma enfermidade incurável e contagiosa, a qual o único antídoto para combate-la é o sangue de Cristo. Segundo as Escrituras, essa doença nasceu no coração do Querubim Ungido, pela multidão de todos os seus negócios (Is 14.13-15; Ez 28.15). Sendo expulso dos céus, ele planejou vingar-se de Deus e usa a Eva como seu instrumento contra a veracidade e a integridade divina. Querer ser Deus ou igual a Deus, é um sentimento que está enraizado no coração de todo o homem. O caráter do pecado esta exatamente na contradição, em todos os aspectos da perfeição de Deus. Ao transgredir a lei que lhe foi dada, Eva repudiou a autoridade divina, duvidou da sua bondade, disputou acerca da sabedoria divina e desprezou sua graça. Desde o Calvário, Deus na pessoa de Jesus Cristo tem dado a cada ser humano a oportunidade de ser resgatado dessa condenação pronunciada no Eden (Gn 2.17).

A Doutrina do Pecado

Clemilda Siqueira Ângelo E.U.A.

Brasileira, Seminarista, Membro da Diretoria

 

Texto Áureo da Lição

Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram. (Romanos 5:12)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: HÁ PODER NO SANGUE DE JESUS — 491 da Harpa Cristã.

1. A projeção do pecado

  • Nasceu no íntimo de Satanás: Ez 28:13-17; Is 14:12-15.

  • Atingiu a toda humanidade: Gn 3:16,17; Rm 5:12.

  • Propagou-se sobre toda a terra: Jr 4:23-25; Is 33:9; Mt 27:45,46

2. As conseqüencias do pecado

  • Milhares de anjos foram destronados: Jd 1:6; Ap 12:7-9.

  • A raça humana tornou-se depravada: Gn 3:8; Rm 5:12; 1 Sm 18:10,11.

  • O universo começou a se deteriorar: 2 Pe 3:7; Rm 8:20-22

3. O julgamento do pecado

  • O julgamento sobre a criação irracional: Gn 3:14-15; 2 Co 11:3.

  • O julgamento sobre a criação racional: Gn 3:16,17; 1 Co 14:34.

  • O julgamento sobre a criação inorgânica: Gn 3:17; Hb 6:6-8

Texto da Lição:

 

Romanos 3: 9-20

 

9 Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado, 10 como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. 11 Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. 12 Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. 13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;14 cuja boca está cheia de maldição e amargura. 15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. 16 Em seus caminhos há destruição e miséria; 17 e não conheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos. 19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. 20 Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.  (ARC)