Vamos,
atira-te!
Rev.
Ricardo
Bitum
Brasil |
Brasileiro,
Pastor da Igreja Evangélica Manaim. |
Jesus
vinha de um retiro espiritual tremendo. Quarenta dias orando e
jejuando, jejuando e orando. Só? não, melhor do que isso. Ele e o
Pai. Foram dias e noites gastos a sós com seu Pai que tudo via e
que o acompanhava em secreto. Logo aparece uma necessidade. A fome.
Atrás da necessidade ele, nosso
arqui-inimigo.
Começava Jesus a ser tentado no deserto não mais tão secreto como
anteriormente, agora descoberto por mais alguém. O
diálogo começa. Desafios vão, respostas vêm. Olhares meio que
desconfiados, arredios, sem muita comunhão, nem intimidade. A
segurança do mestre na sua própria palavra se destaca,
principalmente a certeza de ter ouvido um pouco antes em seu batismo
a voz do Pai que dizia que Ele, Jesus, era o Filho amado,
verdadeiramente amado. O
tentador convida o mestre para uma volta até a cidade. Não
qualquer cidade, mas a santa. Chegando a cidade não perde tempo,
vai logo para o templo. Não a qualquer lugar do templo, mas para o
pináculo, o lugar mais alto. Olha para Jesus cheio do Espírito,
estando no lugar em que todo aquele que está cheio deste Espírito
gostaria de estar, e lhe desafia a pular: "Atira-te!
Vamos, Atira-te!" - "Ah,
(pensaríamos em voz baixa) agora é o melhor momento para
mostrar o que um homem cheio do Espírito é capaz de fazer. Agora
é a hora. Vou mostrar a este derrotado de uma vez por todas o que
sou capaz de fazer. Sou mais que vencedor! Posso todas as coisas!”
Graças a Deus Ele não pensou como nós. Seria uma verdadeira tragédia.
Uma
tragédia tão grande quanto a que estamos assistindo nestes últimos
dias. Homens de Deus, cheios do Espírito Santo, sendo tentados a
voar. Ícaros destemidos atrás da ingênua tentação de atingir
lugares, os quais não são para homens e sim para pássaros ou ingênuos
de plantão momentaneamente enganados. Sim, momentaneamente, pois
logo descobrem que lhes faltam o chão e aí despencam e caem. Suas
asas, como as de Ícaro, logo se desfazem, desmancham, são frágeis
ao calor do sol, sensíveis a quentura dos holofotes, e aí, caem,
feito meninos tentando andar pela primeira vez. Nosso
rival conhece os lugares que desejamos estar. Muitos deles bonitos,
pomposos e terrivelmente "espirituais". Estes lugares de
tremenda espiritualidade, podem se transformar rapidamente em
trampolins. Levando-nos a desejar e a experimentar apenas uma "puladinha"
rápida ao sucesso, que, em troca compromete valores, princípios,
ética e nossa vida eterna com Deus! Chegar ao lugar alto exige renúncia,
preparo, um monstruoso desejo de servir aqui na terra, mais do que o
de aparecer voando com anjos nas alturas. Chegando lá devemos
resistir a tentação do poder, caminhando em direção a cruz tão
esquecida em nossos dias. Que
Deus nos ajude a resistirmos a tentação dos lugares altos junto ao
templo e que Ele nos livre de pularmos na incerta espiritualidade!
|
O
Pecado
Maria
Aparecida Ghigliotty
E.U.A. |
Brasileira,
Coordenadora das Missões Nacionais. |
Palavra
que no vocábulo grego (Hamartia) ou hebraico (Hatta'th) significa
qualquer pensamento, obra, omissão, desejo, ou palavra contra as
Sagradas Escrituras (Tg 4.17; Sl 51.4). Em sua primeira epístola,
João distingue entre o pecado mortal, ou congênito, o qual todos
os homens herdaram de Adão e já nascem com ele, do pecado venial,
ou ativo, o qual é praticado diariamente pelo homem. Pecado é toda
iniquidade, injustiça, desobediência (1 Jo 3.4). A Bíblia nos diz
que Deus abomina todo o pecado, mas em especial o de idolatria,
rebelião e feitiçaria, pois estes negam a existência, o domínio
e o poder do Senhor (1 Jo 3.4; 1 Sm 15.23). Aqueles que desobedecem
e transgridem a Palavra de Deus serão punidos (Hb 2.2). Toda a
humanidade herdou o pecado do primeiro homem (Rm 3.23; 5.1) com a
exceção de Jesus, o qual veio para dar liberdade a todos aqueles
que ficaram encerrados debaixo do pecado (Rm 11.32; Gl 3.22). São
inúmeras as consequências do pecado, mas podemos destacar as três
mais importantes: a) Morte física; b) Perca da imagem divina; c)
Morte eterna ou separação de Deus (Rm 5.12; Ez 18.4; Tg 3.9). Por
causa do pecado, Deus julgou a Serpente (Gn 3.14); b) a mulher (Gn
3.16); c) o homem (Gn 3.17); e a terra (Gn 3.18).
Todo sofrimento, dor, catástrofes, enfermidades, depravações,
discenções são resultados do pecado na vida do homem. Desde o
Eden,
esse mal tem dominado, escravizado, controlado e afligido a
humanidade. O pecado é comparado a uma enfermidade incurável e
contagiosa, a qual o único antídoto para combate-la é o sangue de
Cristo. Segundo as Escrituras, essa doença nasceu no coração do
Querubim Ungido, pela multidão de todos os seus negócios (Is
14.13-15; Ez 28.15). Sendo expulso dos céus, ele planejou vingar-se
de Deus e usa a Eva como seu instrumento contra a veracidade e a
integridade divina. Querer ser Deus ou igual a Deus, é um sentimento
que está enraizado no coração de todo o homem. O caráter do
pecado esta exatamente na contradição, em todos os aspectos da
perfeição de Deus. Ao transgredir a lei que lhe foi dada, Eva
repudiou a autoridade divina, duvidou da sua bondade, disputou
acerca da sabedoria divina e desprezou sua graça. Desde o Calvário,
Deus na pessoa de Jesus Cristo tem dado a cada ser humano a
oportunidade de ser resgatado dessa condenação pronunciada no Eden
(Gn 2.17).
|