Alimentando Ovelhas
ou Divertindo Bodes?
Charles
Haddson
Spurgeon |
Inglês,
Pastor, Professor, Escritor e Conferencista. |
"O
diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja
que sua missão consiste em prover
entretenimento para as pessoas". Existe um mal
entre os que professam pertencer aos arraiais de Cristo,
um mal tão grosseiro em sua imprudência, que a maioria dos que
possuem pouca visão espiritual dificilmente deixará
de perceber. Durante as últimas décadas, esse mal tem se
desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como
o fermento, até que toda a massa fique levedada. O diabo
raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja
que sua missão consiste em prover
entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para
Cristo. A igreja abandonou a pregação
ousada, como a dos puritanos; em seguida, ela gradualmente amenizou
seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as
frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou
a tolerá- las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o
pretexto de ganhar as multidões. As Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas
passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma
função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor
Jesus não falou sobre ela? “Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).
Se Ele tivesse acrescentado: “E oferecei entretenimento para
aqueles que não gostam do evangelho”,
assim teria acontecido. No mais: “Ele mesmo concedeu
uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef 4.11). Onde
aparecem nesse versículo os que providenciariam
entretenimento? Os profetas foram perseguidos porque
divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fazê-lo? Os concertos
de música não têm um rol de mártires. Novamente, prover
entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de
Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação
ao mundo? “Vós sois o sal”, não o “doce” da terra.
Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor:
“Deixa aos mortos sepultar os seus próprios mortos” (Lc 9.60).
Ele estava falando com terrível seriedade! Se Cristo houvesse
introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis
em seu ministério, teria sido mais popular em
seus resultados, porque seus ensinos eram
perscrutadores. Não O vejo dizendo:
“Pedro, vá atrás do povo e diga-lhe que teremos um
culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca
pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas. Vá logo, Pedro,
temos de ganhar as pessoas de alguma maneira!” Jesus
teve compaixão dos pecadores, lamentou e
chorou por eles, mas nunca procurou diverti-los. Em vão,
pesquisaremos as cartas do Novo Testamento a fim de encontrar
qualquer indício de um evangelho de entretenimento. A
mensagem das cartas é: “Retirai-vos, separai-vos e
purificai-vos!” Depois que Pedro e João foram encarcerados
por pregarem o evangelho, a igreja se reuniu para
orar, e não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham
tempo para arranjar entretenimento para seus
ouvintes. Espalhados por causa da perseguição, foram a muitos
lugares pregando o evangelho. Eles “transtornaram o
mundo”. Essa é a única diferença! Senhor, limpe a igreja de
todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e traga-nos de
volta aos métodos dos apóstolos. Por último, a missão de prover
entretenimento falha em conseguir os resultados desejados.
Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que
falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados
por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que
buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o
alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo
no processo de sua conversão! A resposta
é óbvia: a missão de prover entretenimento não
produz convertidos verdadeiros! A necessidade atual para o ministro
do evangelho é uma instrução bíblica
fiel, bem como ardente espiritualidade; uma
resulta da outra, assim como o fruto procede
da raiz. A necessidade de nossa época
é a doutrina bíblica, entendida e
experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no
íntimo dos convertidos!
|
A
Pessoa de Jesus
Mbaxi
Divaldo Cabral |
Angolano,
Seminarista e Secretário do Evangelismo |
O
vocábulo acima referido, dá-nos uma explicação mais concisa e
aprofundada, concernente ao nome mais sublime de toda historia;
denominado: Jesus — Salvador, Libertador; Cristo — Ungido. Seu nome aparece 984 vezes nas Escrituras
Sagradas. Os evangelhos sinópticos e o evangelho de João, relatam
certos ensinamentos dados por sua pessoa durante a sua peregrinação,
não havendo nenhuma contradição entre eles. Os mesmos abordam
eventos relacionados com o
seu nascimento, infância, batismo, ministério, discipulado, morte,
ressurreição e ascensão. Nas Palavra de Deus
encontramos alguns nomes que Jesus recebera: a) Cordeiro de Deus,
que fora sacrificado em lugar de todo o pecador (Is 53:7;
Jo 1:29); b) Filho do
homem, nome que descreve seu caracter e missão em termo da
visão descrita pelo profeta Daniel
(Dn 7:13; Lc 17:24); c) Messias
(o
rei ungido), recebe este nome por ser o eterno e unigênito filho de Deus.
A profundidade deste nome é inerente a própria pessoa de Cristo
(ungido); d) Rei
dos judeus, nome que fora subjetivamente dado a Ele por
Pilatos (Mt 27:11); e) Emanuel,
que traduzido é Deus conosco (Mt 1:23). A triunidade da
pessoa de Deus não só enfatiza a santidade divina, como a sua
pessoa, seu objetivo e o que Ele representa. A segunda pessoa da
Trindade, em seu plano salvívico, abrange três dispensações: 1)
como Profeta, 2) como Sacerdote,
3) como Rei. Seu
objetivo fundamental foi de pregar
proclamando o ano
aceitável do Senhor, Curar os cativos e
liberta-los,
e
ensinar as
boas novas de alegria.
Para a Igreja Ele é representado como sacerdote,
altar
e vitima.
Fazendo
uma analogia, comprovaremos que o plano salvívico tem uma grande
relação com o número da graça que reflete cinco virtudes do
Verbo Vivo: a) Maravilhoso, b) Conselheiro, c) Deus forte, d) Pai da
eternidade, e) Príncipe da Paz.
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