Correndo Atrás do Vento!
Pr. Dilson
Bezerra
Estados Unidos |
Brasileiro,
pastor, professor e articulista. |
"Atentei
para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo
era
vaidade e correr atrás do vento." (Eclesiastes
1:14). O livro de Eclesiastes começa
revelando a conclusão da busca incansável de Salomão pelas coisas
desta vida. O conselho do sábio, parece querer nos alertar de que
não precisamos perder o nosso tempo, se encantando com as coisas
que existem debaixo do sol. Salomão levou tempo, não só observando
a natureza, mas as obras das pessoas em busca dessa grandeza tão
desejada. Nós, como seres humanos, sentimos uma sede de aplausos.
Nós não deveríamos viver a vida buscando a
aprovação da sociedade, mas buscando a aprovação de Deus. O sábio
depois de olhar para todas as obras humanas debaixo do sol, chegou
a conclusão que tudo que o homem faz é vaidade. Tudo que fazemos,
parece ser motivado por uma intenção, que sempre termina beneficiando
a nós mesmos. Nossa vida deveria ser vivida para ter a aprovação
de Deus, e não de homens. Se o que fazemos não glorifica
a Deus, é vaidade, é correr atrás do vento. Essa definição de
correr atrás do vento é muito própria, porque nós sempre estamos
correndo por algo que não temos. E é por isso que nunca estamos
satisfeitos. E eu digo isso, porque os filmes, os carros, as
casas, a moda, e tudo enfim, sempre está se reciclando, sempre
está mudando. As coisas daqui sempre vão sofrendo mutações. Elas
perecem, se degeneram, ficam velhas, e nós saímos como loucos
correndo pelas novas, as quais, cedo envelhecerão!
As coisas de Deus são estáveis. Permanecem, duram para sempre.
Elas são eternas, que alívio!
E o sábio então questiona a natureza humana, em sua loucura de
correr atrás do vento; em passar a vida
buscando o que não tem, perdendo oportunidades de ouro de viver o
presente com Jesus, no Reino de Deus. Nós
valorizamos tanto o que não temos, que perdemos completamente a
capacidade de valorizar o que possuímos, e
passamos a vida toda correndo atrás do vento. Não, você não vai
ser feliz buscando os seus interesses. O vazio não vai se apartar
de você até que venha dizer: "Cristo vive em mim!" Lembre-se
meu irmão, minha irmã, Deus vai fazer você muito
maior do que você pensa e imagina. Deus, quando glorificar você,
vai lhe levar para as alturas, vai lhe colocar uma roupa nova, vai
lhe dar um novo nome, vai lhe dar uma coroa de glória. E ai, você
vai ser grande, e muito grande. Grande,
porque Jesus lhe fez grande, e grande será a tua
vida por toda a eternidade! Amém!
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Fertilidade
Dorcas
Copque
USA |
Brasileira, professora
e secretária da Igreja. |
Qualidade de fértil, capacidade de produzir com
facilidade, de fecundar e de abundar. Na
antiguidade, os povos relacionavam as estações do
ano e frutificação da terra com o mito da
fertilidade. Segundo eles, o relacionamento dos
deuses, produzia fertilidade à terra, aos animais e
às pessoas. Cada nação tinha seu panteão, apesar de
diferentes nomes, seus deuses estavam relacionados
ao mesmo fator da natureza (mar, relâmpago, terra,
fogo, água...) ou da circunstância (guerra, paz,
justiça, fertilidade, amor). Alguns desses nomes
estão relacionados na Bíblia: Tamuz da Mesopotâmia (Ez
8.14), Baal de Canãa (Jz 6.25), Asera da Síria (1Rs
18.19), Astarote de Sidom (1Rs 11.5), Moloque de
Amom (1Rs 11.7), e Diana de Éfeso (At 19.27,29),
cujo templo foi uma das sete maravilhas do mundo
antigo. O culto à fertilidade era envolvido de muita
orgia, degradação sexual, prostituição e
imoralidade. O relacionamento sexual entre
sacerdotes, sacerdotizas e prostitutas nos templos
pagãos eram atos de adoração, a fim de adquirir,
segundo eles, poder de procriação para os humanos e
para a terra (Os 4.14). O templo em Corinto da deusa
Afrodite ou Vênus, era uma casa de prostituição,
responsável pela reputação da imoralidade daquela
cidade, tão combatida pelo Apóstolo Paulo (ICo
6.15-20). O travestismo, abominado e proibido por
Deus, fazia parte dos rituais à fertilidade, como
praticado pelo Hititas (Dt 22.5; 1Rs 14.24).
Sacrifícios de animais e crianças eram realizados
pelas pessoas, a fim de receber dos deuses a
fertilidade da terra e da família (2Rs 17.31;
23.10). Não só Deus abomina, como Deus confrontou em
algumas ocasiões a estes rituais e deuses, deixando
estéril a cidades e reinados, para provar que seus
deuses não são nada. Elias confrontou a Baal e Asera
(1Rs 18.17-40); no tempo de Abraão, Deus fechou
todas as madres da casa de Abimeleque, rei de Gerar
(Gn 20. 17,18). Israel conhecia o verdadeiro Deus e
sabia que a fertilidade da terra, de seus animais e
de suas famílias, não dependiam do casamento, de
ritos, ou de mitos. Eles conheciam que a abundância
material e espiritual adivinha de sua obediência aos
estatutos, leis e preceitos do Senhor (Dt
28.1,3,4,11,12).
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