Fort Lauderdale, Florida, 23 de Julho de 2000 Ano VIII  Nº 30


 A Polêmica do Dízimo

Rev. Eronides DaSilva - USA

O desequilíbrio de um equilíbrio: em ciência política como na teologia existem os famosos três; naquela, os da direita, os da esquerda e os do centro; nesta, as linhas de pensamento conteporânea, moderada, e conservadora. A sagrada doutrina do dízimo não ficou fora deste pêndulo. Aqueles que defendem a Linha de Pensamento Conservadora (os formalistas), possivelmente temerosos de perderem os membros de suas igrejas, afirmam que o dízimo foi coisa do passado, coisa da Lei. Os que defendem a Linha de Pensamento Contemporânea (os liberais), fugindo dos princípios básicos da hermenêutica bíblica, afirmam ser o dízimo o requisito da lei para manter minimamente o sustento sacerdotal. Eles dizem: “não estamos debaixo da lei e sim da graça, debaixo da medida bem sacudida e bem recalcada.“ O dízimo para eles é figurativo na quantia e na virtude: o dízimo pode ser dez, vinte ou cinquenta por cento da receita, do tempo ou dos talentos individuais! Entretanto, os que aceitam a Linha de Pensamento Moderada (os fundamentalistas), entendem que a virtude do dízimo está na fidelidade da sua contribuição e do seu valor biblicamente estipulado. E sabem eles, que, sendo os crentes obedientes à Palavra, Deus os fará prosperar materialmente e espiritualmente. Pior ainda, e por exemplo, Os pregadores da Confissão Positiva afirmam que um indivíduo que tenha problemas com adultério, álcool, pornografia, câncer ou crise financeira, os têm porque ele herdou de algum antepassado que teve problemas nestas áreas, ou pela negligência da devolução do dízimo! O texto de Joel 1:4 é o preferido para a nova doutrina dos interesseiros nas despensas dos crentes. Estes amedrontam os crentes leigos, afirmando que os gafanhotos referidos na mensagem profética de Joel são exércitos de demônios ferozes, anjos caídos que estão ao derredor dos que não dizimam para destruírem sua paz, sua família e seus bens! Simplesmente uma interesseira forma de interpretar um texto riquíssimo em história e profecia!

Evangelho de João

 Vania DaSilva

João, que significa graça ou misericórdia de Deus, é um dos mais conhecidos discípulos de Cristo, cognominado de discípulo amado (Jo 13.23). O Novo Testamento menciona os nomes de Mateus e Marcos cinco vezes; o de Lucas três vezes; e o de João 35 vezes. Era filho de Zebedeu e Salomé (Mt 4.21; Mc 15.40) e tinha Tiago por irmão. Era também conhecido como “Filho do Trovão”. Apesar de amoroso, vemos o outro lado do caráter de João quando desejou destruir os samaritanos com fogo (Lc 9.54). João era pescador, e foi um dos primeiros a ser chamado pelo Mestre. Ele conhecia o sumo-sacerdote em Jerusalém, e por causa disso pode entrar na casa de Caifás, aonde Jesus estava sendo julgado pelo Sinédrio (Jo 18.12-16). Ele foi provavelmente o único discípulo a estar presente na crucificação de Jesus, juntamente com as mulheres. João foi um dos três discípulos mais íntimos de Jesus, os quais tiveram o privilégio de ver a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração, e estar no Getsêmani. Depois do Conselho em Jerusalém (ano 49-50 d.C.), João foi para a Ásia Menor, onde foi pastor e residiu em Éfeso. Na perseguição causada pelo imperador Domiciano, João foi exilado na ilha de Pátmos, onde recebeu a revelação do Apocalipse. Regressando a Éfeso, morreu no ano 100 d.C. Depois de Paulo, João é o maior escritor do Novo Testamento; escreveu o quarto Evangelho, três epístolas e o Apocalipse. No evangelho de João, Jesus é apresentado como Filho de Deus. Ele revela seu caráter celestial e ressalta sua natureza divina. No capítulo dois ele prova três aspectos de sua divindade: 1º seu poder (1-11); 2º sua autoridade (13-17); e 3º seu conhecimento (19-22). Enquanto os primeiros três Evangelhos — os Sinóticos, relatam a história do ministério de Jesus, João interpreta os aspectos doutrinários e espirituais dos ensinamentos de Cristo. O Evangelho de João está cheio de simbolismo, e mostra Cristo como cordeiro, água, porta, pão, luz, caminho, bom pastor e videira.

Jesus, o Missionário por Excelência

Pb. Paulo Alves Renato

 

Texto Áureo da Lição: João 3:16

 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 

 

1. Jesus como Missionário

  • Ele teve amor:  Jo 11.32-36; II Co 8.9;  Ef 2.4

  • Ele teve compaixão:  Mt 14.14; Mc 8.1,2; Mt 9.35,36

  • Ele teve interesse: Lc 19.10;  Mt 15.21-24; Lc5.30-32

 2. Jesus e sua Missão

  • Obedeceu ao Pai: Jo 4.33,34; Jo 12.49; I Jo 4.9; Jo 3.17

  • Renunciou seus Atributos: Mt 26.63; Jo 1.14; Fp 2.7,8

  • Assumiu a cruz: Mt 16.21; Mc 8.31; Mt 27.40-42

  3. Jesus como Exemplo Missionário

  • Por sua singularidade: Mt 11.19; Jo 4.6-9

  • Por sua peculiaridade: I Tm 3.16; At 2.22; Jo 1.9;  At 10.39

  • Por sua simplicidade: Mt 11.29; Mc 10.45; Jo 13.12-15

Texto da Lição:

João 3:14-21

14 E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; 15 para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. 19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. 20 Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. 21 Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.

(ARC)