A
Polêmica do Dízimo
Rev.
Eronides DaSilva
- USA
O
desequilíbrio de um equilíbrio:
em ciência política como na teologia existem os famosos três;
naquela, os da direita, os da esquerda e os do centro; nesta, as
linhas de pensamento conteporânea, moderada, e conservadora. A
sagrada doutrina do dízimo não ficou fora deste pêndulo. Aqueles
que defendem a Linha de Pensamento Conservadora (os
formalistas), possivelmente temerosos de perderem os membros de suas
igrejas, afirmam que o dízimo foi coisa do passado, coisa da Lei.
Os que defendem a Linha de Pensamento Contemporânea (os
liberais), fugindo dos princípios básicos da hermenêutica bíblica,
afirmam ser o dízimo o requisito da lei para manter minimamente o
sustento sacerdotal. Eles dizem: “não estamos debaixo da lei e
sim da graça, debaixo da medida bem sacudida
e bem recalcada.“ O dízimo para eles é figurativo na quantia e na
virtude: o dízimo pode ser dez, vinte ou cinquenta por cento da
receita, do tempo ou dos talentos individuais! Entretanto, os que
aceitam a Linha de
Pensamento Moderada (os
fundamentalistas), entendem que a virtude do dízimo está na
fidelidade da sua contribuição e do seu valor biblicamente
estipulado. E sabem eles, que, sendo os crentes obedientes à
Palavra, Deus os fará prosperar materialmente e espiritualmente.
Pior ainda, e por exemplo, Os pregadores da Confissão Positiva
afirmam que um indivíduo que tenha problemas com adultério, álcool,
pornografia, câncer ou crise financeira, os têm porque ele herdou
de algum antepassado que teve problemas nestas áreas, ou pela
negligência da devolução do dízimo! O texto de Joel 1:4 é o
preferido para a nova doutrina dos interesseiros nas despensas dos
crentes. Estes amedrontam os crentes leigos, afirmando que os
gafanhotos referidos na mensagem profética de Joel são exércitos
de demônios ferozes, anjos caídos que estão ao derredor dos que não
dizimam para destruírem sua paz, sua família e seus bens!
Simplesmente uma interesseira forma de interpretar um texto riquíssimo
em história e profecia!
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Evangelho
de João
Vania
DaSilva
João,
que significa graça ou misericórdia de Deus, é um dos mais
conhecidos discípulos de Cristo, cognominado de discípulo amado
(Jo 13.23). O Novo Testamento menciona os nomes de Mateus e Marcos
cinco vezes; o de Lucas três vezes; e o de João 35 vezes. Era
filho de Zebedeu e Salomé (Mt 4.21; Mc 15.40) e tinha Tiago por irmão.
Era também conhecido como “Filho do Trovão”. Apesar de
amoroso, vemos o outro lado do caráter de João quando desejou
destruir os samaritanos com fogo (Lc 9.54). João era pescador, e
foi um dos primeiros a ser chamado pelo Mestre. Ele conhecia o sumo-sacerdote
em Jerusalém, e por causa disso pode entrar na casa de Caifás,
aonde Jesus estava sendo julgado pelo Sinédrio (Jo 18.12-16). Ele
foi provavelmente o único discípulo a estar presente na crucificação
de Jesus, juntamente com as mulheres. João foi um dos três discípulos
mais íntimos de Jesus, os quais tiveram o privilégio de ver a
ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração, e estar no
Getsêmani. Depois do Conselho em Jerusalém (ano 49-50 d.C.), João
foi para a Ásia Menor, onde foi pastor e residiu em Éfeso. Na
perseguição causada pelo imperador Domiciano, João foi exilado na
ilha de Pátmos, onde recebeu a revelação do Apocalipse.
Regressando a Éfeso, morreu no ano 100 d.C. Depois de Paulo, João
é o maior escritor do Novo Testamento; escreveu o quarto Evangelho,
três epístolas e o Apocalipse. No evangelho de João, Jesus é
apresentado como Filho de Deus. Ele revela seu caráter celestial e
ressalta sua natureza divina. No capítulo dois ele prova três
aspectos de sua divindade: 1º seu poder (1-11); 2º sua autoridade
(13-17); e 3º seu conhecimento (19-22). Enquanto os primeiros três
Evangelhos — os Sinóticos, relatam a história do ministério de
Jesus, João interpreta os aspectos doutrinários e espirituais dos
ensinamentos de Cristo. O Evangelho de João está cheio de
simbolismo, e mostra Cristo como cordeiro, água, porta, pão, luz,
caminho, bom pastor e videira. |