O Pulpito 
 
TEMPOS MUDARAM
 

LOCAL E DATA: Fort Lauderdale, Florida, 13 de Abril de 2008.

TEXTO BÍBLICO: 1 Timóteo 4.1-2

INTRODUÇÃO:
Os tempos mudaram e nós também. Na minha cidade não tinha rádio, televisão nem telefone. Não tinha xampu, sabonete nem posto de gasolina. O Primeiro carro, Ford Bigode, do dono da Usina Açucareira, desfilou na praça da estação em 1950. Sim, os tempos mudaram! No templo, os irmãos sentavam-se na direita e as mulheres na esquerda; na santa-ceia só tinha cesso mostrando o cartão de membro devidamente carimbado. O ministério pastoral diaconal era privilégio bíblico para os homens, e estes consagrados ao Senhor. O púlpito era para pregação única da Palavra de Deus; políticos de qualquer origem, jamais poderiam a ele ter acesso. Os tempos mudaram, e com ele uma enorme quantidade de valores políticos, tecnologicos e teologicos. Felizmente, e para exaltação do Altíssimo, algumas coisas não mudaram, e jamais mudarão!

ESBOÇO:
1. A sociobiologia não mudou – o Criador também não: (Tg 1.17) – “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.”

2. A ciência matemática não mudou – A Palavra de Deus também não: (Mt 24.35) – “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.”

3. A verdade não mudou – a moral dos Evangelhos também não: (Gn 6.11,12) – “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.” (Rm 1.23-25) – “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente.”

4. As leis físicas no mudaram – a Igreja também não: (1 Tm 3.15) – “Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa, 15 mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.”

CONCLUSÃO:
O filósofo e matemático Francês, René Descartes, na sua rebuscada teoria do existencialismo, acertou em cheio à comunidade européia, hávida por mudanças progressistas e emergentes, com o seu discurso Método Universal de Encontro da Verdade. Por sua frase eternizada no Vernáculo, deu à sua filosofia um cunho doutrinário, quando disse: Cogito Ergo Sum – Je Pense, Donc Je Suis – Penso, Logo Existo! Com esse rico cardápio à mão, muitos anfitriões do ecumenismo têm se proposto a defender e eternizar várias doutrinas paralelas, como uma chamada Confissão Positiva - Evangelho da Saúde e da Prosperidade, Quebra de Maldições, Maldições Hereditárias, Maldição de Família e Pecado de Geração; pregadas por avivalistas em acampamentos cristãos, em congressos, em escolas bíblicas de férias, em reuniões convencionais e na televisão; e por mentores católicos carismáticos no exercício do Toque do Tom, da Cura Diferencial e do Exorcismo. Todos estes, evangélicos ou não, sem nenhuma consulta à exegese bíblica ou filtro teológico, estão sentados, cômodos, nos nichos das igrejas pós-modernas e emergentes. Entretanto, a anti-tese é acertiva e pragmática: não existimos porque pensamos; mas pensamos porque existimos! Por isso, e para isso, nós não mudamos!

PRELETOR:
Rev. Eronides DaSilva, Senior Pastor

 


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