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Fort Lauderdale, Flórida,  30 de Setembro de 2012 Ano XX  Lição Nº 40


 

PARÁBOLAS DE JESUS — O FERMENTO

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA

Referências: Mateus 13.33-35; Lucas 13.20-21 — AMBIENTE: Jesus partiu para Magdala com os discípulos, após a sua bem-aventurada experiência com a grande multidão que o ladeava. Cegos, coxos, mudos, mancos e outros portadores de diversas moléstias, foram todos curados; e a fome de aproximadamente 12 mil pessoas, saciada, com a multiplicação dos pães e dos peixes naquele final de tarde, onde a alegria abundava nos corações de todos!  Nessa época, o meio de transporte favorito de Jesus, enquanto na Galiléia, eram os barcos à vela ou à remo. Antes de ancorar na praia, veja a quem Jesus contempla ainda de longe: um aquartelado de Fariseus, Saduceus e Herodianos! Jesus segurou numa das cordas das velas, imagino eu, e suspirou: eles, novamente! Ora, de uma certa forma, Jesus já estava cansado de confrontar a hipocrisia e o formalismo religioso dos Fariseus; o ceticismo e racionalismo dos Saduceus; e a virulenta sensualidade política dos Herodianos e, sem diminuir, o interesse da maioria pela comodidade dos milagres! Quando esses malfazejos seguidores de uma religião caducada, perceberam que Jesus tinha colocado seus pés sobre a areia da praia, rosnaram de longe, pedindo  a Ele um sinal: “E, chegando-se os fariseus e os saduceus, para o tentarem, pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu” (Mt 16.1). Com poucas palavras, Jesus os deixou, e direcionou a embarcação para o outro lado do mar, como fugindo para Dalmanuta. Chegando na sua praia, Ele observou aos discípulos: “E Jesus disse-lhes: adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus” (Mt 16.6). EXPLICAÇÃO: O fermento em todas as Escrituras Sagradas é associado com as coisas más e propagadoras da corrupção. O fermento, um agregado de bactérias, quando em contato com a glicose do mel, do vinho ou da massa do trigo, forma uma imediata cadeia molecular, dissociando o gás carboidrato de carbono (CO2), presente nesse micro organismo. O gás, por sua vez liberado, penetra na massa do trigo como um roedor, fazendo-a inchar através da expansão de centenas de bolhas formadas dentro da sua estrutura. Nesse momento, se inicia a fermentação, a deterioração da estrutura original molecular, quer seja do vinho, da cerveja, do mel ou da massa! A primeira menção bíblica do fermento, foi pela visita teofânica dos anjos do Senhor a Ló, em Sodoma, o qual lhe ofereceu bolos sem levedura: “E porfiou com eles muito, e vieram com ele, e entraram em sua casa; e fez-lhes banquete, e cozeu bolos sem levedura, e comeram” (Gn 19.3). Na santa convocação da primeira Páscoa, Deus exortou a Moisés que evitasse a levedura: “Sete dias comereis pães asmos [sem fermento]; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel” (Ex 12.15). Portanto, o mandamento da abstenção do fermento no sacrifício no culto ao Senhor, permaneceu em toda a história do Seu povo (Lv 2.11; Dt 16.4), até as últimas instruções apostolares (1 Co 5.6-8; Gl 5.9). Ao contemplar a ignorância dos discípulos a respeito do fermento e sua ação escondida e poluente, Jesus expôs duas parábolas: O Fermento na Massa e o Fermento dos Fariseus! Naquela, Fermento na Massa, Jesus quis demonstrar como, na sua cultura, o fermento trabalhava de imediato e sem parar, até o bolo ir ao forno. Nesta, Fermento dos Fariseus, numa semelhança do ensino herético, proclamado pelos hereges e apóstatas contemporâneos, permeava a alma do ouvinte, em busca da massa genuína em seus corações — a Palavra de Deus, a fim de lhe dar uma nova forma de curso e estrutura ao regenerado do Reino de Deus! É bom atentar para exegese bíblica, pois, a massa — a Palavra de Deus — no coração do homem, não é alterada em nada na sua substância, mas, infelizmente,  na sua qualidade: “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito” (Rm 8.5). Mudanças são tão empíricas na qualidade da Palavra no coração do servo de Deus, que até os seus próprios membros sofrem esdrúxulas alterações: “Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei [levedura], mas debaixo da graça [massa original](Rm 6.13-14). As alterações são tão iníquas e inevitáveis, que a nossa alma torna-se associada com as coisas do mundo, como a massa fermentada com a natureza do fermento: “Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento [a ação contínua em cadeia do fermento com a massa], e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte” (Rm 7.24)? E por esta razão, e outras, Jesus respondeu à oração de Paulo — “E disse-me: a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2 Co 12.9)! INTERPRETAÇÃO: Na parábola, o Fermento na Massa, Jesus traça um paralelo entre o processo da fermentação, e a dinâmica do Evangelho do Reino durante a Grande Tribulação: a levedação da massa e a proclamação do Evangelho do Reino! Na parábola existem quatro elementos que a compõe, a saber: i. a cultura do fermento na massa (fungo, Saccharomyes Cerevisiae, agente catalisador); ii. três medidas de farinha; iii. a mulher que introduziu o fermento; iv. e o bolo da massa. Portanto, na proclamação do Evangelho e o crescimento em potencial do Reino, existem de igual forma, quatro elementos, a saber: a. o Evangelho; b. a Trindade operante no processo da proclamação; c. Israel reconhecida; d. e o Reino institucionalizado. Nas duas parábolas em apreço, a massa representa sempre a Palavra de Deus, o Evangelho, o Messias encarnado: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” — processo fermentativo e de alterações (Jo 12.24). A mulher que introduziu três medidas de farinha se refere a Israel, na dispensação futura. As três unidades falam do trabalho laborioso da Trindade — o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Lembremo-nos que a massa muda apenas de forma e textura, mas ela é a mesma! Um grande amigo de um pastor texano, o convidou para um jantar. Quando à mesa, esse hóspede que tinha chegado ainda em tenra idade, do Tennessee ao Texas, pronunciou o seu orgulho em ter feito aquele delicioso pão, com a massa fermentada trazida por ele há setenta anos atrás, ainda por seus bisavós! O germe naquela massa fermentada nunca morreu, mas muito pelo contrário, servia para corromper a massa genuína onde fosse nela colocado: “um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gl 5.9). Jesus, portanto, traçou um inigualável paralelo entre o Reino dos Céus e o processo da fermentação, com a sua dinâmica, prudência, persistência e realização: “E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz” (Lc 16.8)! Em suma, durante a instalação do governo do Anticristo, a mulher terá apenas 42 meses para alcançar a população com a proclamação do Evangelho do Reino e, portando, devendo ser rápida e dinâmica; seu trabalho prudente e discreto; sua aparência formidável, como um pão exposto na vitrina à venda; e sua forma exterior e poder nutritivo, de esmerada qualidade! Infelizmente, em todos os momentos de mudanças socais, políticas e religiosas das nações, é o mal que chega primeiro! E como regra, a primeira notícia que chega é a que recebe mais imediata credibilidade!  Sendo assim, não havendo quase ninguém que escape do seu persuassivo e destrutivo poder — “Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós, lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho” (At 20.29). Termino, relatando um breve testemunho que ocorreu comigo, em 1982, na travessia da Baia de Maputo para Catembe, em Moçambique. Subindo à parte alta da popa da embarcação, disse para mim mesmo: “graças a Deus que o Evangelho está chegando primeiro em Moçambique”! Que doce engano meu, quando olhando para as partes baixas da balsa, contemplei um grupo de heréticos que estava distribuindo suas literaturas de evangelismo. Pasmei e gelei, pois o Reino dos Céus, futuro, ou Reino de Deus, presente, “...é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado” (Mt 13.33)!

 

APÓSTOLO PAULO

 

Mbaxi Divaldo Cabral Estados Unidos

Angolano, Diácono, professor da Escola Bíblica Dominical, músico


Paulo é o nismo. A narrativa neotestamentária o designa de apóstolo dos gentios, por ter sido o legado deixado a todas as nações que não faziam parte da linhagem abraâmica. Nascido no ano 5 d.C em Tarso, capital da Cilícia, na Ásia Menor, atual Turquia. Sua jornada cristã perdurou até ao ano 67 d.C. Sua filiação é oriunda de uma família judaica pertencente à tribo de Benjamim. Seu nome é originário do hebraico Sha’ul, que quer dizer “o que se pediu ou alcançado por meio das orações”. Por volta do ano 25 d.C. ele vai para Jerusalém estudar aos pés de Gamaliel, mestre de grande prestígio daquela época, onde aprimorou o seu conhecimento no Torah. Em vista disso, era poliglota dominando o aramaico, hebraico, grego e latim. Antes de sua conversão, ele era denominado de Saulo de Tarso, o perseguidor dos cristãos da Igreja Primitiva; ao ponto de ser um dos cúmplices na morte do diácono Estevão (At 7.54-60). Mais além, em caminho de uma missão radical contra os cristãos, ele se encontra com Jesus no caminho de Damasco, que o pergunta: “Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões” (At 26.14). O resultado desta intervenção divina o deixou cego por três dias. No entanto, dai por diante, de perseguidor ele se torna perseguido (At 21-23). Alguns anos mais tarde, ele é chamado para a obra missionária como relata o doutor Lucas: "E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13.2). Logo, do ano 46-48 d.C, Barnabé e Marcos acompanhados de Paulo, partem em sua Primeira Viagem Missionária, saindo da Antioquia da Síria e navegando até a Selêucia (At 13.1-4). Visto que Chipre era a cidade onde nascera Barnabé, o apóstolo Paulo leva o evangelho ao povo que estava situado na costa oriental, na cidade de Salamina (At 4.36; 13.4, 5). Depois, embarcou para Pafos onde o procônsul Sérgio Paulo fora alcançado pelo evangelho. Mais tarde, Paulo passa por Perge e vai para a Antioquia da Pisídia onde evangelizou alguns judeus. Infelizmente, o apóstolo Paulo foi expulso daquela cidade e se dirigiu para a província romana de Licaônia, onde estabeleceu igrejas na cidade de Derbe e Listra. Naquela região ele é usado por Deus de uma forma extraordinária onde um coxo é curado (At 13.50; 14.8-10). Por esta razão, ele foi apedrejado e arrastado para fora da cidade, ficando quase morto (At 14.19). Lamentavelmente, Marcos o abandonou por escandalizar-se com o paganismo da região da Panfilia, voltando assim para Jerusalém. Ao terminar a sua primeria viagem missionária e após o Concílio de Jerusalém, por volta dos anos 50-52 d.C, ele decide realizar a sua Segunda Viagem Missionária, no intuito de visitar as igrejas previamente estabelecidas por ele. Durante o seu percurso com Silas por Listra, Derbe, Icônio e Antioquia da Pisídia, Paulo encontra a Timóteo, que também o levou consigo. Eles passaram pelo norte da Galácia, seguindo assim para a Mísia e Bitínia, onde o Espírito Santo os impede de pregar o evangelho (At 16.6,7). Por esta razão foram para Trôade, conhecida como a antiga Tróia da Ilíada de Homero, onde o Espirito Santo lhe urge a ir para a Macedônia. Nesta altura, Lucas se alia a comitiva missionária paulina. Sendo assim, Paulo estabelece uma igreja em Filipos, na casa de Lídia, uma vendedora de púrpura (At 16.8-15). Após dali, ele leva o evangelho para Tessalônica, onde se hospedou por três semanas. Com a perseguição dos judeus em Tessalônica, Paulo vai para Beréia, onde o povo recebeu o evangelho de bom grado. Ele parte para Atenas, o centro da filosófia grega, e finalmente, vai para Corinto, onde se hospeda na casa de Áquila e Priscila por um ano e meio ensinando as Sagradas Escrituras. Com desejo de continuar a obra do Senhor, entre os anos 53-58 d.C, ele realiza sua Terceira Viagem Missionária, indo para Éfeso, Corinto, e visitando as igrejas da Macedônia e Cesaréia (At 18.11-26). Paulo redigiu treze cartas, das quais algumas foram destinadas à igrejas e outras à obreiros. No final de sua carreira, ele é preso em Jerusalém, onde se defende perante o Sinédrio e depois perante Félix, Festo e rei Agripa. Por fim, ele apela para César, e é dirigido como prisioneiro à Roma (At 21-26). No ano 67 d.C. o imperador Nero que iniciara uma perseguição contra todos os cristãos do império, manda decapitar a Paulo. Entretanto, o amado apóstolo termina sua carreira em vitória, recitando “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa de justiça me está guardada, a qual o meu Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que amarem a sua vinda” (2 Tm 4.7,8).

 

A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES

 

Sokoloko Bangu Cabral Estados Unidos

Angolana, Departamento de Mídia, cooperadora, professora da EBD

Texto de Memorização
“Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Filipenses 4.12-13).


  1. AS AFLIÇÕES DO APÓSTOLO PAULO
  Perseguições. At 13.50; 2 Co 11.32,33; 2 Tm 3.11
  Abandono: 2 Tm 1.15, 4.10,16; Sl 27.5; Mt 28.20
  Prisões: At 16.19,23; 2 Co 6.4,5; 11.23-25
  2. PROVEITO DO CRENTE NAS AFLIÇÕES
  Amadurecimento cristão : Fp 4.11,12; Hb 12.6
  Fortalecimento da fé: Jó 19.25,26; Fp 4.13; 2 Tm 4.17
  Experiência pessoal: 1 Sm17.34-37; Rm 5.3,4
  3. PROMESSA DIVINA À IGREJA
  Protegê-la em meio às aflições: Sl 9.9; 46.1; Is 16.19; Ap 3.10
  A consolar em meio às aflições: Is 51.12; 2 Co 1.3-5; At 27.23,24
  Dar-lhe vitória em meio às aflições: Is 43.2; Mt 16.18; Jo 16.33







Filipenses 4.10-13 (ARC)






10 - Ora, muito me regozijei no Senhor por finalmente reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.
11 - Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.
12 - Sei estar abatido, e sei também ter abundáncia; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundáncia, como a padecer necessidade.
13 - Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.



 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente. Rev. Eronides DaSilva

Índice Anual

Justiça Social

Editoração. Vania DaSilva

Índice 2011

Os Dois Evangelhos

Revisão. Manuela Barros

Índice 2012

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