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Fort Lauderdale, Flórida,  15 de Abril de 2012 Ano XX  Lição Nº 16


 

PARÁBOLAS DE JESUS — GUIA CEGO

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA

Israel, depois de 400 anos de silêncio da parte de Deus, procurava desesperadamente por líderes para a conduzir. Os fariseus e os saduceus, somente pela indumentária e apostura religiosa imposta, se apresentavam como esses líderes! Jesus conhecia, não somente os seus corações, mas que eles próprios não tinham passado pelo crivo das Bem-Aventuranças do Sermão do Monte, a fim de adentrarem no Reino Messiânico. Nessa região montanhesca dos Galileus, ao contrário do Monte Sinai, do Monte Sião, do Monte Tabor ou do Monte Hermon, ele elegeu para fazer uma das maiores exposições morais da Lei! Foi nessa montanha legada a Issacar e Zebulon, que deveria chamar o povo para ouvir as boas novas, pois “De Zebulom disse: Zebulom, alegra-te nas tuas saídas; e tu, Issacar, nas tuas tendas. Eles chamarão os povos ao monte; ali apresentarão ofertas de justiça, porque chuparão a abundância dos mares e os tesouros escondidos da areia” (Dt 33.19). Sim, à briza do mar, Jesus pronunciou as oito significativas bem-aventuranças: (1) os pobres de espírito – coração vazio de malícia; (2) os que choram – coração vazio de vaidade; (3) os mansos – coração vazio de soberba; (4) os que têm fome e sede de justiça – coração vazio de vingança; (5) os misericordiosos – coração vazio de egoísmo; (6) os puros de coração – coração vazio de lascívia; (7) os pacificadores – coração vazio de contendas; e (8) os que são perseguidos por praticarem a justiça – coração cheio de Deus! No Sermão do Monte, Jesus rejeitou definivamente a possibilidade de alguém liderar a nação, estando este no estado pior do que ela própria — “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (Mt 5.20). Ora, a fim de que alguém pudesse ensinar a outra pessoa, era imperativo saber e ver as coisas que estariam ensinando. Eles não viam, nem conheciam! Jesus quis ajudá-los a retirar esse impedimento, mostrando a realidade deles através da parábola do Guia Cego! Portanto, e nesse contexto, as duas seguintes questões fundamentais foram levantadas: i. Por que os fariseus não poderiam liderar a nação ao Reino Messiânico? ii. Qual seria o perigo iminente de alguém seguir o farisaísmo com a meta de alcançar o Milênio? A resposta única de Jesus foi que, tanto a nação como seus líderes, estavam cegos! O prólogo do Evangelho de João — “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.5), o epílogo do profeta Malaquias — “Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria” (Ml 4.2), nos transporta à realidade da cegueira espiritual: falta de conhecimento! Jesus foi a revelação do Pai, a qual os líderes por capricho rejeitaram. Não podiam ver, por não terem recebido a iluminação do celestial! Jesus explicou na parábola do Guia Cego, que tanto a cegueira do líder, como a do liderado, era causada por um elemento comum: madeira, coisas materiais — "E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um" (1 Co 3.12-13)! A única diferença estava no tamanho do impedimento: um era uma tábua (trave) e outro era um cisco (argueiro). A tábua estava segura pelas próprias mãos dos fariseus; mas o cisco estava encravado no olho da nação! Em outras palavras, o portador do cisco estava enfermo, como o publicano da oração diante do templo — “tem misericórdia de mim, pecador”. Olho irritado, enfermado, necessitando que alguém pusesse um líquido sanativo em seus olhos! O portador da tábua, o fariseu, entretanto, a tinha posta por única conveniência pessoal e lucros religiosos. Seus problemas internos não deveriam vir à luz — "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 Jo 1.7)! Para enxergar bastava retirar a tábua, como paradoxalmente mostrado na oração do fariseu em frente ao templo — "graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros" — uma enorme tábua! Acusar, não retira o problema do olho do enfermo; exercer um ministério com fins únicos lucrativos e benefícios pessoais, não agrada e nem cumpre o chamado dos céus! Era necessário retirar a tábua dos seus olhos primeiro, para que pudesse ver o cisco no olho infeccionado do enfermo que tinha sofrido um acidente. Depois de sarado, ambos poderiam caminhar na vereda da justiça do Reino dos Céus! Assim, todos aqueles que submetem suas vidas a uma direção errônea e desprovida do conhecimento verdadeiro, terão um fim trágico! Pode um indouto guiar alguém? Sim, pode, mas ambos cairão no abismo, sem de lá jamais poderem sair! Finalmente, pode um líder que está cego pela presunção, pelo orgulho, pelo sofisma religioso, pelo egoísmo, pela intolerância étnica, pela avareza e pelo amor a este mundo, liderar alguém no caminho celestial do Reino Messiânico ou da vida eterna? Absolutamente não! Esta foi a admoestação de Jesus aos fariseus acerca da verdade proposta: ver para depois guiar! O fim dos líderes e da nação foi o mesmo: rejeição daquela geração por Jesus Cristo — o Messias!

 

É F E S O

Mbaxi Divaldo Cabral Estados Unidos

Angolano, Diácono, professor da Escola Bíblica Dominical, músico


O nome Éfeso significa desejável, e aparece por volta de dezessete vezes em o Novo Testamento. No prisma histórico, geograficamente era considerado um ponto estratégico, tanto comercialmente como militarmente. A cidade abarcava uma grande extensão da costa oeste da Ásia Menor, tendo um grande centro comercial marítimo e rodoviário. Ela se localiza na desembocadura do rio Caister, entre as serras montanhosas e o mar. Financeiramente, era uma cidade muito próspera, sendo a quarta maior cidade do Império Romano, por volta do século primeiro. Os oficiais romanos, como governadores, faziam os seus negócios naquela região, usando uma grande estrada de vinte e dois metros de largura, ladeada por colunas, e a mesma atravessava toda a cidade até ao porto. Acima de tudo, Éfeso era reconhecida pelos seus elegantes prédios públicos, pelos seus renomados santuários religiosos, e pelos seus espaçosos teatros; e por esta razão se tornou o maior centro administrativo da Ásia Menor. O maior teatro, edificado no monte Piom, no centro da cidade, podia sentar quase cinquenta mil espectadores. Atualmente, a cidade se encontra desabitada, e é denominada de Turquia Asiática. Muitos historiadores crêem que com o passar dos anos ela se tornou uma das maiores ruínas da Ásia Menor. No âmbito social, por volta do ano 560 a.C., a cidade foi conquistada por Croeso, e três anos depois, capturada pelos persas. No ano 133 a.C., a cidade foi anexada ao reino Pérgamo, e depois ao domínio romano. Ainda que Pérgamo era a capital da Ásia Menor, Éfeso também era uma cidade de grande valia, porque a sua população era de aproximadamente 333.000 habitantes. Na panorâmica espiritual, o que levou Éfeso a completa ruína foi o paganismo. Naquela altura foi edificado um templo que se localizava a 2.5 km da região nordeste. Ele era originalmente consagrado à adoração da deusa da fertilidade, Anatoliana; mais tarde, para a adoração da deusa Diana. Naquela mesma região, segundo o mandato do Imperador Justiniano, foi edificada uma igreja a São João. A moeda de Éfeso também foi cunhada em alusão à deusa promíscua, Diana, cujo nome em grego era Artemisa. Dentro do templo havia uma imagem memorável a ela e muitos acreditavam que a sua imagem tinha advindo dos céus. Devido a invasão dos Gôdos no ano 260 a.C. e ao grande incêndio na cidade de Éfeso no ano 365 a.C, o templo de Diana teve de ser reconstruído. O paganismo aumentou muito durante o governo romano, onde o imperador era adorado. No ano 52 d.C., o evangelho chega a Éfeso através de Paulo e seus cooperadores, Áquila e Priscila, durante a segunda viagem missionária do apóstolo (Atos 18.18,19). No ano 55 d.C., o evangelho teve uma grande proliferação no vale de Lico. A história relata que o apóstolo Paulo foi preso pelo menos três vezes em Éfeso. Quando deixa a cidade, Paulo vai para a Macedônia, mas deixa a Timóteo, que o substitui assumindo a liderança da igreja no zelo da sã doutrina (1Tm 1.3, 2Tm 4.3). Por volta do ano 96 d.C., durante o exílio do apóstolo João para a ilha de Patmos, cartas são enviadas as sete igrejas da Ásia Menor; sendo a primeira dirigida à igreja de Éfeso, que havia perdido o seu primeiro amor (Ap 2.1-7). O apóstolo João depois de ser posto em liberdade, voltou para Éfeso, onde permaneceu até sua morte.

 

ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO

Sokoloko Bangu Cabral Estados Unidos

Angolana, Departamento de Mídia, cooperadora, professora da EBD

 

Texto de Memorização
"Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando näo, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se näo te arrependeres" (Ap 2.5).


  1. O PANORAMA HISTÓRICO DA CIDADE DE ÉFESO
  Era a capital da província da Ásia: At 19.10; Ap 1.11
  Tinha o maior templo pagão da Ásia: At 19.26-28,35
  Foi o berço do Evangelho na Ásia: At 18.18,19; 19.1-20
  2. AS VIRTUDES DESTACADAS NA IGREJA DE ÉFESO
  Sólida na doutrina ensinada por Paulo: At 19.1-6; Ef 1.1; 6.10-19
  Trabalhadora incansável na obra de Deus: Ef 1.15,16; Ap 2.2,3
  Intolerável com os falsos mestres: Ef 5.6,7,11,12; Ap 2.2,6
  3. A PALAVRA DIVINA À IGREJA DE ÉFESO
  Foi dirigida ao líder da Igreja - ao anjo da Igreja: 1Tm 1.1-3; Ap 2.1,7
  Mostrou a condição da Igreja - deixou o primeiro amor: Pv 28.13; Ap 2.5
  A urgência de voltar ao primeiro amor - amor Ágape: Mt 22.37-39; 1Co13.1-13



Apocalipse 2.1-7 (ARC)


1 - Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:
2 - Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que näo podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o näo säo, e tu os achaste mentirosos.
3 - E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e näo te cansaste.
4 - Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
5 - Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando näo, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se näo te arrependeres.
6 - Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
7 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.



 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente. Rev. Eronides DaSilva

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A Polêmica do Dízimo

Editoração. Vania DaSilva

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Revisão. Manuela Barros

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