PENTECOSTALISMO

O pentecostalismo não é uma denominação, mas sim um movimento dentro do meio evangélico que ensina a realidade da participação do Espírito Santo na vida dos salvos, a disponibilidade do revestimento de poder de Deus através do Batismo no Espírito Santo, a realidade dos dons espirituais e a atual operação de curas e milagres da parte de Deus. O nome deste movimento vem do relato bíblico de sua primeira ocorrência. Jesus mesmo, durante seu ministério, orientou seus discípulos a esperarem o revestimento de poder, prometido pelo Pai (Lc 24.49; Jl 2.28) . Jesus antes de ascender aos céus repetiu a orientação, e os discípulos, em obediência, esperaram por esta manifestação em Jerusalém até o dia de Pentesostes, quando a promessa foi cumprida (At 2.4). O cumprimento do revestimento de poder veio com uma clara evidência, a qual se repetia em todos os que o recebiam – o falar em línguas estranhas (At 2.38,39; 10.45,46; 19.6). A igreja dos apóstolos, dos primeiros séculos, apesar de sofrer severa perseguição, viveu um evangelho genuíno, repleto da manifestação do poder de Deus e do testemunho de Jesus trazido pelos apóstolos, que com ele andaram. No entanto, no princípio do quarto século, o Imperador romano Constantino deu fim às perseguições contra a Igreja Cristã, e deu início ao seu vínculo com o governo estadual. O que gerou uma igreja forte institucionalmente, mas fraca espiritualmente. Regras, novas doutrinas, política, acordos humanos, entre outros, formaram uma Igreja que passou a ser regida por sua Tradição religiosa, e não mais genuinamente pelas Escrituras Sagradas. Durante a Idade Média, na Europa, Deus levantou homens que deram suas vidas por um movimento que veio a ser conhecido por Pré-Reforma. Sua maior luta era traduzir a Bíblia para a língua nacional de cada povo e permitir que fôsse lida por eles, uma vez que a Igreja Católica a mantinha em Latim e proibia sua leitura pelos de fora do clero. Mas de entre o clero, Deus iluminou a Martinho Lutero, ao estudar as Escrituras, e ele foi o líder da Reforma Protestante (1517). A partir daí, a Igreja tomou fôlego para pouco a pouco sair das ruínas espirituais e doutrinárias de uma Igreja Estatal para a pureza da Igreja bíblica. Foram anos, cisões, nascimentos de denominações evangélicas, numa busca de viver um Evangelho Total, tal qual Jesus pregou, tal qual o Espírito concedeu aos apóstolos e à Igreja Primitiva. Neste processo progressivo da teologia e experiência cristã, nomeou-se a Justificação como a primeira obra da graça de Deus, manifestada aos que aceitavam a Jesus como seu Salvador, portanto a fé Cristã. Antes da virada para o século XX, John Wesley liderou o Movimento da Santidade, o qual apontava a Santificação como a segunda obra da graça. Ressurge então, nos anos que se seguiram, a terceira obra da graça, o Batismo no Espírito Santo. Por fim, subsequentemente, a quarta obra da graça ressurge e volta a ser vivida pela Igreja como nos dias de Jesus – a Cura Divina. Assim, o movimento pentecostal, é um movimento que crê no Evangelho pleno, nas quatro obras da graça, um movimento que muitas denominações abraçaram e tem sido o movimento evangélico que mais cresce no mundo, até porque, o revestimento de poder tinha e tem o sublime propósito de capacitar a igreja para a evangelização (At 1.8)