Fort Lauderdale, Flórida, 07 de Setembro de 2003 Ano XI  Lição Nº 36


 

Tiago, irmão de Jesus!

Antônio Gonçalves Filho   Brasil

Brasileiro, pastor, escritor e conferencista.

O autor apresenta Tiago, chamado o Justo, como irmão uterino de Cristo, morto 30 anos após sua crucificação. E vai além: sustenta que Tiago, martirizado, foi até mais influente que Pedro na Igreja primitiva, justamente pelo parentesco com o Messias. Pedro e outros apóstolos defendiam a difusão da mensagem cristã para uma comunidade unificada de judeus e gentios. Tiago, não. Temia, segundo Bernheim, que isso pudesse provocar um movimento de renovação dentro do judaísmo ou criar uma religião afastada de suas raízes. Num texto apócrifo, Evangelho dos Hebreus, que a Igreja ignora, mas muitos estudiosos aceitam pelo valor histórico, o Cristo ressuscitado aparece pela primeira vez ao suposto irmão Tiago, o que estabelece sua preeminência sobre Pedro como autoridade suprema da Igreja. São Jerônimo jamais aceitou que Tiago fosse irmão de Jesus. Era seu primo, segundo o tradutor da Bíblia. Tiago seria filho de uma irmã de Maria que tinha o mesmo nome, Maria de Cléofas. A tradição católica admitiu sua teoria e acabou adotando-o como Tiago Menor, por oposição a Tiago Maior, filho de Zebedeu, ambos santos. Intrigado com a implicância que os evangelistas tinham com os parentes de Jesus, o jornalista A.N. Wilson, autor de Jesus, um Retrato do Homem , faz outra afirmação chocante. Diz que o primeiro casamento do carpinteiro José, antes de conhecer a mãe de Cristo, 'foi provavelmente inventado para satisfazer àqueles que, como os atuais católicos romanos, eram instigados a acreditar na virgindade perpétua de Maria'. O jornalista recorre ao Evangelho de São Marcos para afirmar que Jesus fazia parte de uma grande família e teve quatro irmãos - Tiago, José, Simão e Judas - e duas irmãs. E mais: lembra que praticamente todas as referências à família, tanto nos evangelhos canônicos como nos apócrifos, são de conflito — uma identidade aceitável numa genuína família

Familia

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, missionária, professora, diretora missões e membro da Diretoria.

Do vocábulo grego “Oikos” que quer dizer família, governo familiar, unidade básica do indivíduo, o qual lhe fornece relacionamento, nutrição e suporte. A família é formada de esposo (pai), esposa (mãe) e filhos. Entretanto, na Bíblia a família tem um aspecto mais amplo, abrangendo os avós, filhos casados e seus filhos (Lv 18.6-18), como também filhas viúvas e escravos (Gn 17.12-14). Em Israel era comum viverem juntos até a quarta geração. O chefe da família era o avô ou bisavô, até que morresse, como Jacó (Gn 46.8-27) e era chamado de Pai. Este era responsável pelos cultos (Jó 1.5); poder judicial (Gn 42.37); e devia assegurar o futuro de sua família, servos e bens. A família pertencia a um clã, que por vezes tinha centenas de pessoas (Ed 8.1-14). Os membros de um clã descendiam de um antepassado comum, por isso se consideravam parentes (Rt 4.1-6). O seu chefe chamava-se “Goel” ou Remidor. Por ser a pessoa de maiores possessões e mais importante da família, em qualquer problema advindo com algum de seus descendentes, ele poderia usar da autoridade legal de remidor, se fosse legitimamente o remidor mais próximo. Diversas leis protegiam a família em Israel. Leis que hoje parecem ser absurdas, como a Lei do Levirato, que legava o casamento de uma viúva com o irmão do esposo defunto, não tinham outro fim a não ser defender a família, seu bem estar, e a perpetuação de seu nome e descendência. O prestígio de uma mãe crescia com o número de filhos que esta tivesse. A esterilidade era vista como opróbrio. As filhas de Ló, após a destruição de Sodoma e Gomorra, ao ver impossibilidade de dar continuidade a sua linhagem, embebedaram seu pai, e ambas conceberam dele.  No Novo Testamento, os principais centros da vida comunitária da Igreja Primitiva eram as casas (famílias), cujos responsáveis haviam se convertido ao Senhor. Ao carcereiro de Filipos Paulo disse: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo tu, e a tua casa” (At 16.31). Por esta razão e devido às perseguições, muitas igrejas foram estabelecidas e por algum tempo permaneceram nas casas de família, como na de Filemon.  

 

 RESOLVENDO OS CONFLITOS NO LAR

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro,  professor, conferencista e pastor da Igreja.

Texto Áureo da Lição

 Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer. (1Co 1.10)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: MAIS PERTO DE JESUS, número 254 da Harpa Cristã.

 
1. O CONCEITO DO LAR CRISTÃO
Lugar de repouso: Gn 12.8; Jo 14.2.
Lugar de convívio: Sl 118.15; Lc 10.38.
Lugar de adoração: Mc 14.3-8; Lc 24.28-30.
2. A COEXISTENCIA DO LAR CRISTÃO
Manutenção física: 1 Sm 17.15; 2 Ts 3.10.
Manutenção social: Jz 14.3; 1 Sm 219.
 Manutenção espiritual: Js 24.15; Jó 1.5.
3. OS CONFLITOS NO LAR CRISTÃO
Conflitos intrapessoais: Gl 5.16; Tg 5.16.
Conflitos interpessoais: Jó 5.2; 1 Co 3.3.
Conflitos extrapessoais: Gn 13.7-9; At 6.1

 

Texto da Lição:

 

João 16.33

33 Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

Mateus 6.12,14;10.36

12 Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós.

Mateus 10.36

36 E, assim, os inimigos do homem serão os seus familiares.

(ARC)